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Finanças Pessoais

O PIB caiu: o que fazer com os investimentos em um cenário de recessão técnica?

Especialista aposta em cautela e diversificação

Data de publicação:02/12/2021 às 17:58 -
Atualizado 2 anos atrás
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Na manhã desta quinta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre de 2021, que contraiu 0,1% em relação ao trimestre imediatamente anterior. De acordo com a chefe de economia da Rico Investimentos, Rachel de Sá, "seguindo a terminologia econômica, isso significa que o País entrou em uma recessão técnica, uma vez que houve queda do PIB em dois períodos seguidos".

Apesar do resultado negativo, somado à inflação em alta, o tombo no setor agrícola e a escassez de produtos, quando comparado ao mesmo período do ano passado, o PIB subiu 4% - algo esperado, uma vez que naquele momento vivíamos o auge da pandemia. Para Rachel, embora o momento seja de incertezas, "a estratégia de investimentos deve ser a mesma: cautela e diversificação".

petróleo pib
PIB caiu 0,1% no terceiro trimestre de 2021

Por que o PIB caiu?

Os números do PIB do terceiro trimestre vieram um pouco abaixo das expectativas da Rico, que esperava estabilidade no crescimento. "Isso porque acreditávamos que a performance positiva do setor de serviços compensaria a queda esperada na nossa produção industrial e agropecuária", afirma a economista.

Rachel explica que a surpresa negativa veio em uma queda mais forte no setor de produção agropecuária, que despencou 8% no período, especialmente por conta da quebra de safras agrícolas, como do milho, cana de açúcar, algodão e café, e da fraqueza da pecuária (destaque para produção de gado).

Em contrapartida, a economista destaca que o setor de serviços reportou um forte crescimento no último trimestre, puxado pelo avanço da vacinação contra a Covid-19 e normalização das atividades ao redor do país, "levando à volta do consumo de serviços, que por muito tempo acabaram 'trocados' por bens por conta das restrições de mobilidade".

Do lado da demanda - ou seja, aqueles que puxam o PIB demandando por todos esses bens e serviços produzidos - o consumo das famílias foi o destaque positivo, comenta a especialista, o que compensou o resultado fraco dos investimentos e o tombo das exportações. Dito isso, o resultado já sinalizou os impactos da inflação alta no poder de compra das famílias, pois a expansão do consumo poderia ter sido maior.

Perspectivas para o PIB

A chefe de economia da Rico pontua que, com a derrapagem no terceiro trimestre, o PIB brasileiro pode apresentar crescimento mais próximo a 4,5% em 2021, abaixo do avanço de 5% previsto no atual cenário macroeconômico da corretora.

"E não devemos esperar crescimento (ao menos elevado) em 2022. Com juros em alta para controlar a inflação, incerteza política e desafios ainda grandes no cenário internacional (especialmente com escassez de produtos e altos preços), a nossa economia deve seguir próxima da estabilidade no próximo ano", afirma.

O que fazer com os investimentos?

"Para o investidor, especialmente pessoa física, essa queda não deve ter grandes impactos na estratégia de investimentos, nem nos mercados brasileiros. Não porque os movimentos da economia medidos pelo PIB não tenham impacto nas ações de empresas listadas na bolsa ou no mercado de renda fixa e outros ativos financeiros, mas principalmente porque a divulgação do resultado é muito mais um olhar no retrovisor", afirma Rachel.

Ou seja, na ausência de grandes surpresas no resultado, o número costuma refletir dados que já foram analisados nos últimos meses e confirmar expectativas sobre o estado da economia – no máximo ajustando projeções pontuais, explica a economista.

Assim, a especialista considera que o cenário indicado para os investimentos nesse momento segue o mesmo: "bastante cautela por conta de incertezas no palco político-fiscal doméstico e internacionais (variante Ômicron, alta de juros esperada nos Estados Unidos), atenção aos juros em elevação e diversificação entre classes de ativos e geografias".

"Investimentos como títulos de renda fixa indexada à inflação, fundos imobiliários e ações de empresas com fundamentos sólidos seguem boas pedidas, assim como veículos para investimentos internacionais, como BDRs (ações de empresas estrangeiras listadas na nossa bolsa) e ETFs (fundos negociados na bolsa, que replicam índices)", finaliza Rachel. / Texto original publicado na Riconnect

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