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Santander atropela Itaú e Bradesco em março e lidera a valorização na B3, com alta de 12,92%

Avanço da Selic favorece as três instituições financeiras brasileiras

Data de publicação:21/03/2022 às 01:35 -
Atualizado 2 anos atrás
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Na corrida dos três maiores bancos privados do País na B3, em março, o Santander (SANB3) está à frente do Itaú e do Bradesco. A ação ordinária do banco espanhol acumula valorização de 12,92% (dados atualizados até o dia 18), enquanto a do Itaú (ITUB3), maior banco do País e da América Latina, sobe 4,29%. E o Bradesco (BBDC3) avança 2,67%.

Embora o Santander tenha a melhor perfomance no mês e também em 24 meses que foi impulsionada por suas operações de crédito, é o Itaú quem coleciona um número maior de pole positions em diferentes períodos e, por isso, suas ações são consideradas como refúgio em épocas de incerteza.

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Já os resultados de Bradesco não têm agradado e atraído tanto os investidores. Os três bancos, no entanto, são favorecidos pela alta da Selic.

Os dados são de levantamento exclusivo feito pela nova ferramenta da Mais Retorno, o Comparador de Ativos. Ela põe ao alcance da mão do usuário os dados comparativos de todos os ativos distribuídos e negociados no mercado financeiro brasileiro de todas as classes de ativos - desde títulos de renda fixa e ações até fundos de investimento. Acesse e confira a nova ferramenta aqui.

Mais dados comparativos entre o comportamento das ações dos três bancos e a evolução da Selic podem ser encontrados neste link.

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A Selic e o desempenho dos papéis

É possível ver a correlação da alta do juro, da Selic, com a valorização dos papéis no gráfico acima. A Selic é um dos fatores cuja trajetória influencia o desempenho dos bancos, porque é o piso do custo de captação de recursos que os bancos repassam, acrescido de margem, ao tomador de crédito.

A diferença de juros, entre captação e repasse, é o spread, o ganho das instituições. Portanto, quanto mais a Selic sobe, mais os bancos faturam em receitas com a concessão de crédito.

E esse ingresso maior de recursos em caixa atrai os investidores para as ações do setor, que, ao lado do segmento de commodities, compõe um dos de maior peso na Bolsa de Valores e no Ibovespa.

A taxa básica define os valores cobrados nas linhas de empréstimos, desde os do crédito consignado, crédito imobiliário até para o agronegócio e de todos os demais. A Selic subiu de 2,00% ao ano, em março de 2021, para 11,75%, agora.

Crédito para energia solar move Santander

O Santander acumula forte valorização em março impulsionada pelo vigor da política de crédito adotada para o setor de energia solar, avalia Pedro Candido, especialista da SVN Investimentos.

O banco anunciou que pretende duplicar também em 2022 o tamanho da carteira de crédito para projetos de energia solar a empresas de pequeno porte. “É o terceiro ano consecutivo de dobra da carteira de crédito.”

Itaú é destaque em períodos mais longos

Quem toma a dianteira em espaços de tempo mais elásticos, sustentando a liderança em quase todos os períodos, é o Itaú. É uma ação muito sólida, que mantém certa regularidade de valorização, segundo especialistas.

Dentre as ações do setor bancário, as do Itaú são as mais seguras e as que ficam mais atraentes em momentos de incerteza, de acordo com analistas. “É para elas que os investidores tendem a correr na instabilidade e por isso as ações sobem”, analisa Candido.

Resultados do Bradesco decepcionam

Os resultados dos últimos balanços do Bradesco, principalmente do quarto trimestre, abaixo do previsto, decepcionaram o mercado, afirma o especialista da SVN. Investidores e gestores estão de olho agora no balanço do primeiro trimestre deste ano.

A expectativa é que venham com resultados que reflitam os efeitos positivos das novas altas da taxa básica em 2022 sobre as receitas do banco com o crédito.

Perspectivas para evolução do crédito

O especialista prevê o setor bancário em contínuo crescimento. “Os bancos estão muito fortes. Podem ter quedas pontuais, mas vão sempre dar lucros no longo prazo”, acredita. “E um dos setores mais sólidos da Bolsa, nunca vão quebrar”, porque, em caso de dificuldades, serão absorvidos por instituições maiores.

Em relação ao Santander, Candido considera que “é um banco menor que o Itaú e o Bradesco, mas tem espaço, potencial enorme para crescer.” Sua carteira de crédito ampliada apresentou uma evolução de 11,8% no ano passado.

O Itaú, que cresceu 18,1% em sua carteira de crédito em 2021, deve ser difícil apresentar uma evolução tão expressiva e dentro dessa mesma dimensão para este ano, especialmente pela deterioração do cenário macro, segundo o diretor presidente da instituição financeira, Milton Maluhy Filho.

Nessa mesma toada, caminha o Bradesco que registrou crescimento de 18,3% em sua carteira de crédito no ano passado, mas espera um avanço mais modesto em 2022, entre 10% e 14%.

Sobre o autor
Tom Morooka
Colaborador do Portal Mais Retorno.

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