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Mercado Financeiro

Mercado ao vivo: confira a Bolsa e o dólar nesta quarta-feira, 16 de fevereiro

Investidores acompanham o conflito geopolítico entre Rússia e Ucrânia

Data de publicação:16/02/2022 às 11:23 -
Atualizado 2 anos atrás
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Após engatar a sexta alta consecutiva no fechamento anterior, a Bolsa começou suas atividades nesta quarta-feira, 16, na mesma toada positiva, com o mercado no aguardo da divulgação da ata da última reunião do Fomc (Copom americano), às 16h (horário de Brasília).

Os investidores esperam encontrar no documento algumas pistas sobre como o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deve conduzir o ciclo de alta de juros nos EUA. A expectativa faz com que lá fora as principais praças financeiras operem em leve baixa. Diferentemente do exterior, às 11h26, o Ibovespa subia 0,43%, atingindo 115 mil pontos – 115.318. Já o dólar recuava 0,19%, cotado a R$ 5,171.

Mercado ao vivo: confira a Bolsa e o dólar nesta quarta-feira, 16 de fevereiro
Mercado aguarda divulgação da ata da última reunião do Fomc (Copom americano) que deve trazer novas pistas sobre a política monetária americana - Foto: wirestock

Os bons ânimos na Bolsa brasileira também são reflexo do início de dia positivo para as ações das gigantes exportadoras de commodities no pregão, como Vale e Petrobras, que sobem mais de 1% e 2%, respectivamente, beneficiadas pela alta nos preços do barril do petróleo e da tonelada do minério de ferro no mercado internacional.

Em relação às gigantes estatais presentes na Bolsa, um outro destaque é a Eletrobras, cujos papéis sobem mais de 3% após o Tribunal de Contas da União (TCU) formar maioria para aprovar a primeira etapa da privatização da elétrica nos moldes desejados pelo governo.

Ata do Fomc: mercado espera novas indicações sobre a política monetária dos EUA

A expectativa do mercado está voltada para a publicação da ata da última reunião de política monetária feita pelo Fomc, no qual o Fed manteve os juros do país perto de zero.

Porém, alguns sinais e declarações de autoridades monetárias após o encontram indicam, entre vários pontos, que o aumento dos juros nos EUA terá início em março e, diante da inflação persistente, pode ser seguido por vários outros reajustes ao longo do ano.

Inicialmente, o primeiro aumento foi estimado pelos analistas em 0,25 ponto porcentual, mas os dados mais recentes que apontam uma forte pressão inflacionária geraram algumas revisões nessas apostas, de uma possível alta de 0,50 ponto porcentual já na próxima reunião do colegiado em março.

Com agenda recheada de dados econômicos nos EUA, o mercado ainda tomou conhecimento durante a manhã da performance das vendas do varejo no país, que cresceram 3,8% em janeiro ante dezembro, somando US$ 649,8 bilhões. O resultado veio bem acima das expectativas do mercado, que esperava avanço de 2,1% no período.

Excluindo-se automóveis, as vendas no setor varejista americano tiveram expansão de 3,3% no confronto mensal de janeiro. Neste caso, a projeção também era de acréscimo bem menor, de 0,8%.

Futuros/bolsas americanas

  • S&P 500: -0,41%
  • Dow Jones: -0,36%
  • Nasdaq 100: -0,58% (dados atualizados às 11h07)

Juros futuros

O dólar em queda ante o real ajuda a colocar os juros futuros mais um dia em baixa, após já terem recuado nesta terça-feira, 15, num dia de agenda local fraca.

Às 9h25 desta quarta, o contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 caía a 11,15%, de 11,22% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2025 cedia para 11,27%, de 11,34%, e o para janeiro de 2023 caía para 12,340%, de 12,393% no ajuste anterior. O dólar à vista caía 0,29%, a R$ 5,1658.

Sobe e desce da Bolsa

Maiores altas

Carrefour (CRFB3)+6,56%
Assaí (ASAI3)+6,24%
Via (VIIA3)+4,13%
Eletrobras (ELET6)+3,49%
Eletrobras (ELET3)+2,65%
Fonte: B3

Maiores baixas

Weg (WEGE3)-3,80%
Locaweb (LWSA3)-3,77%
JBS (JBSS3)-3,52%
Alpargatas (ALPA4)- 3,07%
Yduqs (YDUQ3)-2,31%
Fonte: B3 (dados atualizados às 11h26)

Cenário interno: combustíveis no radar

Com agenda interna esvaziada, os investidores monitoram os passos da votação, no Plenário do Senado, do pacote de projetos para baixar os preços dos combustíveis. De acordo com o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, os projetos “estão maduros” para votação.

Os senadores vão apreciar o PL 1.472/2021, e o PLP 11/2020. O primeiro cria um fundo para estabilizar o preço do petróleo e derivados, e estabelece uma nova política de preços internos. Já o segundo determina um valor fixo para a cobrança do ICMS sobre os combustíveis.

Em paralelo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem audiência às 17h com a Frente Parlamentar de Biodiesel.

Conflito geopolítico entre Rússia e Ucrânia segue mais ameno

Na véspera, o governo russo anunciou que iria enviar algumas das suas tropas que estavam na fronteira com a Ucrânia para casa, o que trouxe um pouco de alívio ao mercado. Porém, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em pronunciamento, disse que, de acordo com seus especialistas, não havia indícios dessa retirada.

Enquanto não haja a retirada efetiva do contingente militar de Moscou da Ucrânia, indicando que uma invasão deixou de fazer parte dos planos do governo russo, o mercado seguirá atento ao conflito.

Dessa decisão, segundo analistas, dependeria a normalização do abastecimento de gás natural e petróleo aos países da Europa, os principais consumidores desses insumos, que chegam à região pelo gasoduto que passa pelo território da Ucrânia.

Bolsas europeias operam em queda

Seguindo o ritmo dos futuros americanos, as bolsas europeias operam em queda, com a redução das tensões entre Rússia e Ucrânia, porém pesam dados que reforçam o avanço da inflação na região.

Segundo dados do Escritório Nacional de Estatísticas (ONS), o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do Reino Unidos subiu 5,5% em janeiro ante o mês anterior. O resultado - o mais alto desde 1992 - superou a expectativa dos analistas, que previam ganho de 5,4% e afastou ainda mais a inflação britânica da meta do Banco da Inglaterra (BoE), de 2%.

O núcleo do CPI, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, recuou 0,4% em janeiro ante o mês anterior, mas registrou acréscimo anual de 4,4%.

Bolsas europeias/principais praças financeiras

  • Stoxx 600 (Europa): -0,33%%
  • FTSE 100 (Londres): -0,54%
  • DAX (Frankfurt): -0,52%
  • CAC 40 (Paris): -0,67% (dados atualizados às 11h14)

Mercados asiáticos fecham em alta

As bolsas asiáticas fecharam em alta nesta quarta-feira, após alívio nas tensões entre a Ucrânia e Rússia e os dados oficiais da economia chinesa apontarem que a inflação do país está desacelerando. / com Tom Morooka e Agência Estado

Fechamento/bolsas asiáticas

  • Nikkei (Tóquio): +2,22% (27.460 pontos)
  • Hang Seng (Hong Kong): + 1,49% (24.718 pontos)
  • Kospi (Seul): +1,99% (2.729 pontos)
  • Taiex (Taiwan): +1,56% (18.231 pontos)
  • Xangai Composto (China continental): +0,57% (3.465 pontos)
  • Shenzhen Composto (China continental): +0,59% (2.296 pontos)
  • S&P/ASX 200 (Sydney): +1,08% (7.284 pontos)
Sobre o autor
Julia Zillig
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