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Mercado Financeiro

Mercado ao vivo: confira a Bolsa e o dólar nesta sexta-feira, 4 de fevereiro

Geração de emprego mais forte pode fazer com que o Fed acelere o movimento de alta de juros nos EUA, o que traz efeito negativo para os países emergentes

Data de publicação:04/02/2022 às 11:30 -
Atualizado 2 anos atrás
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A Bolsa iniciou os negócios desta sexta-feira, 4, em queda, porém, ao longo da tarde mudou o sinal e passou a subir, puxado pela forte valorização das ações de gigantes exportadoras de commodities, como a Vale e Petrobras, que avançam mais de 2% e 3%, respectivamente, refletindo a alta do minério de ferro e petróleo lá fora.

Às 14h45, o Ibovespa registrava alta de 0,40% e retornava aos 112 mil pontos - 112.151. Já o dólar subia 0,68%, cotado a R$ 5,331.

Mercado ao vivo: confira a Bolsa e o dólar nesta sexta-feira, 4 de fevereiro
Bolsa opera em queda nesta sexta-feira - Foto: Shutterstock

O preço do barril Brent subia 2,33%, às 14h51, atingindo US$ 93,24, maior patamar desde julho de 2014. As tensões geopolíticas entre Rússia e Ucrania, e a oferta global apertada ajudam a influenciar na alta da commodity lá fora.

Payroll acima do esperado manteve a Bolsa no vermelho durante boa parte do dia

Durante boa parte do dia, o Ibovespa ficou no vermelho, impactado pelos números do payroll americano de janeiro, divulgados nesta manhã, que somaram 467 mil novas vagas de trabalho, ante o consenso do mercado de 145 mil.

A visão dos especialistas é que, com o mercado de trabalho mais aquecido, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) pode apertar o passo na elevação da taxa de juros do país, o que traz efeitos negativos para os mercados emergentes, como é o caso do Brasil.

Lucas Carvalho, especialista em Renda Variável da B3, aponta que esse resultado pode ter efeito na redução ainda mais forte dos estímulos monetários para fortalecer a economia.

“Fortes números podem confirmar aquilo que já temos visto nos Estados Unidos. Economia americana caminhando com as próprias pernas, mostrando ser desnecessário a manutenção dos estímulos monetários adotados anteriormente”, ressalta Carvalho.

Durante a manhã, os futuros americanos chegaram a ficar mistos, ao receber um balde de ânimo com os resultados trimestrais da gigante Amazon, que reportou um lucro líquido de US$ 14,3 bilhões, valor bem acima do projetado pelos analistas., mas acabaram perdendo o fôlego. Ao longo do pregão, os principais índices operam sem direção única.

Os números da empresa de Jeff Bezos foram publicados após Nova York sentir o baque com o derretimento de mais de 26% das ações da Meta, controladora do Facebook, que amargou perdas na ordem de US$ 225 bilhões.

“O mercado não perdoa. Empresas desse setor negociam a múltiplos esticados, com o mercado apostando em um forte crescimento futuro. Mas quando tais expectativas são frustradas, o resultado é um movimento de forte correções, como o da véspera”, analisa Lucas Carvalho, especialista em Renda Variável da Blue3.

Principais índices/bolsas americanas

  • S&P 500: + 0,31%
  • Dow Jones: - 0,12%
  • Nasdaq 100: + 1,02% (dados atualizados às 14h55)

Juros futuros

Após caírem na véspera, os juros futuros sobem nesta sexta-feira. Como pano de fundo está a perspectiva de início de aperto monetário nos EUA em março. A agenda local segue esvaziada.

Por volta das 14h40, a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 subia para 11,19%, de 11,03% na abertura. O DI para janeiro de 2025 subia para 11,06%, de 10,95%, e o vencimento para janeiro de 2023 marcava 11,97%, de 11,92%.

Ambiente interno: alta da Selic e ações com menos fôlego

No mercado local, os especialistas apontam que o mercado ainda não sinalizou uma tendência mais clara sobre quais rumos irá tomar após a nova alta da Selic, que subiu de 9,25% ao ano para 10,75% na última quarta-feira, 2, e o Banco Central ter sinalizado uma redução no ritmo de elevação da taxa básica para a próxima reunião do Copom, em março.

Alguns analistas e economistas começam a levantar algumas hipóteses sobre a perda de fôlego do mercado de ações. Alguns associam as baixas com redução no grau de apetite de compra dos investidores estrangeiros, cujas atuações vêm dando sustentação ao mercado, enquanto investidores pessoa física e institucionais, como fundos de pensão e fundos de investimento, têm atuado na ponta vendedora.

Outros ainda suspeitam que as compras de capital externo tenham arrefecido e os investidores locais aumentado as vendas após nova elevação da Selic, que leva junto para cima as demais taxas de juro, como as das aplicações financeiras.

O aumento de atratividade da renda fixa, pela melhora de rentabilidade com a Selic em novo patamar, de dois dígitos, estaria levando mais investidores migrar do risco da renda variável, com algum lucro após as recentes altas das ações, para opções mais conservadoras e com menos risco no mercado de renda fixa.

Sobe e desce da Bolsa

Maiores altas

Cielo (CIEL3) + 5,94%
PetroRio (PRIO3)+ 6,11%
3R Petroleum (RRRP3)+ 3,53%
Braskem (BRKM5)+ 3,50%
Locaweb (LWSA3)+ 2,97%
Fonte: B3

Maiores baixas

EcoRodovias (ECOR3)- 5,86%
Eztec (EZTC3)- 5,18%
Qualicorp (QUAL3)- 5,11%
Grupo Soma (SOMA3)- 5,07%
Pão de Açúcar (PCAR3)- 4,67%
Fonte: B3 (dados atualizados às 15h00)

Brasil: PEC dos combustíveis enviada à Câmara

A Câmara recebeu a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) dos combustíveis – que proõe zerar os impostos do diesel, gasolina, álcool e etanol -, cujo texto foi apresentado pelo deputado Christino Áureo, que ainda está coletando assinaturas para a tramitação do documento.

Segundo especialistas, se aprovada a PEC dos combustíveis pode gerar uma perda de receita entre R$ 54 bilhões e R$ 75 bilhões.

“O texto servirá de base para as discussões que devem acontecer nas próximas semanas entre Bolsonaro e o Congresso, fato que pode trazer volatilidade ao mercado devido interferências no campo fiscal do país”, prevê o especialista da Blue 3.

Exterior: bolsas europeias fecham em queda com política monetária

Durante a noite, o euro registrou seu maior salto em mais de um ano, após a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, deixou a porta aberta para aumentos de juros neste ano e disse ainda que a inflação tem se mostrado persistente mais tempo do que o esperado.

No dia anterior, o Banco da Inglaterra (BoE) elevou as taxas para 0,5%, enquanto quase metade de seus formuladores de políticas monetárias queria um aumento mais elevado.

Durante a manhã, a Eurostat divulgou que as vendas no varejo da zona do euro sofreram uma queda de 3% em dezembro ante novembro de 2021, em meio aos efeitos da disseminação da variante ômicron. Analistas consultados pelo The Wall Street Journal previam um recuo em menor nas vendas do período, de 0,5%. Na comparação anual, as vendas do setor subiram 2% em dezembro. Já em todo o ano, as vendas cresceram 5% ante 2020.

Na Alemanha, a Destatis informou que as encomendas à indústria do país cresceram 2,8% em dezembro ante novembro de 2021. O resultado ficou bem acima da expectativa dos analistas, que previam avanço de 0,3% no período. Na comparação anual, houve expansão de 5,5% no período.

Bolsas europeias/fechamento

  • Stoxx 600 (Europa): - 1,39% (462,14 pontos)
  • FTSE 100 (Londres): - 0,17% (7.516 pontos)
  • DAX (Frankfurt): - 1,75% (15.099 pontos)
  • CAC 40 (Paris): - 0,77% 6.951 pontos)

Bolsas asiáticas fecham em alta firme com NY

As bolsas asiáticas encerraram os negócios desta sexta-feira em alta, sustentadas pelo bom desempenho dos futuros de Nova York.

 O Hang Seng liderou os ganhos na região, com salto de 3,24% na Bolsa de Hong Kong, aos 24.573 pontos, depois de não operar nos últimos três dias em razão do feriado do ano-novo lunar. Os mercados da China e de Taiwan, que ficaram fechados nesta semana por causa do mesmo feriado, retomam as operações na segunda-feira, 7.

Em outras partes da Ásia, o japonês Nikkei subiu 0,73% em Tóquio, aos 27.439 pontos, e o sul-coreano Kospi avançou 1,57% em Seul, aos 2.750 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana também ficou no azul, mas a sessão foi volátil. O S&P/ASX 200 teve alta de 0,60% em Sydney, aos 7.120 pontos. / com Tom Morooka e Agência Estado

Sobre o autor
Julia Zillig
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