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Bolsa
Mercado Financeiro

Mercado monitora sinais do Fed de mudança na política monetária dos EUA e tensões no cenário doméstico nesta 4ª feira

Pressão de servidores para reajuste salarial e revisão no teto de gastos são fatores de risco para o equilíbrio fiscal

Data de publicação:05/01/2022 às 00:30 -
Atualizado 2 anos atrás
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O mercado financeiro pode dar continuidade nesta quarta-feira, 5, ao reposicionamento de ativos iniciado na terça-feira a partir de expectativas de que o Fed (Federal Reserve, banco central americano) venha a decidir por um aperto maior na política monetária dos EUA.

A perspectiva de mudança na gestão do Fed, que poderia vir acoplada à ata da última reunião que será divulgada nesta quarta-feira, influenciou o ânimo dos mercados. As bolsas americanas, que vinham de renovadas máximas históricas, perderam força e os juros dos títulos americanos de dez anos, os Treasuries, reagiram com alta.

Mercado
Decisão de maior aperto na política monetária americana tende a impactar o mercado - Foto: wirestock

O dia de ontem terminou com os investidores apostando na redução do volume de recompra de títulos pelo Fed, decisão que diminuiria a liquidez ou a quantidade de dinheiro colocado no sistema financeiro pelo programa de estímulos à economia. E uma corrente de analistas prevendo até o anúncio de uma antecipação da alta dos juros. 

Sob influência de expectativas de mudanças na política monetária dos EUA, a Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, amargou a segunda queda consecutiva do ano. Fechou os negócios com desvalorização de 0,39%, em 103.513 pontos, após movimentar um pregão de elevada volatilidade.

O dia negativo no mercado de ações não foi reflexo apenas do temor de aperto na gestão monetária do Fed, que tenderia a reduzir o fluxo global de recursos, inclusive para a compra de ações na bolsa de valores.

Questão fiscal também pesou no mercado

O mau humor dos investidores e gestores repercutiu também, no cenário doméstico, as preocupações com a possibilidade de desarranjo na política fiscal, por posições em defesa da revisão no teto de gastos, que volta ao debate político nesta virada de ano.

O temor ganha maior dimensão em período eleitoral, que tradicionalmente leva ao afrouxamento das regras fiscais e consequente aumento das despesas públicas para beneficiar candidaturas.

É nesse ambiente da volta de preocupações com a questão fiscal, agravada também pelo movimento de servidores públicos em torno de reajustes salariais, que, de acordo com especialistas, o dólar encontra caminho para avançar.  A moeda americana vem de duas valorizações seguidas e já encosta em R$ 5,70 – fechou cotado por R$ 5,69.

Dólar alto pressiona a inflação e os juros em uma espiral negativa que repercute em um crescimento mais baixo em um cenário de atividade em marcha lenta, quase estagnada, como a prevista por economistas para este ano.

Novos dados econômicos na Europa

Na Europa, a divulgação de novos dados econômicos também pode ajudar a movimentar o mercado. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro, que engloba os setores industrial e de serviços, caiu de 55,4 em novembro para 53,3 em dezembro, segundo pesquisa final divulgada hoje pela IHS Markit.

O número final ficou ligeiramente abaixo da leitura preliminar de dezembro e da previsão de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, de 53,4 em ambos os casos. De qualquer forma, o resultado acima da marca de 50 indica expansão da atividade no bloco. No mesmo período, o PMI de serviços da zona do euro recuou de 55,9 para 53,1, também abaixo do cálculo inicial e do consenso do mercado, de 53,3.

Na Alemanha, o PMI de serviços caiu de 52,7 em novembro para 48,7 em dezembro - ficando abaixo da marca de 50 que sinaliza contração da atividade -, segundo a IHS Markit. A leitura definitiva, porém, superou a estimativa prévia de dezembro e a previsão de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, de 48,4 em ambos os casos.

Já o PMI composto alemão, que engloba serviços e indústria, recuou de 52,2 para 49,9 no mesmo período. O dado final é ligeiramente menor do que a estimativa inicial de 50.

Multas impostas pela China ao setor de tecnologia derrubam bolsas na Ásia

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta quarta-feira, 5, à medida que ações de tecnologia recuaram na esteira de multas impostas pela China a gigantes do setor e do salto recente nos juros dos Treasuries.

Os papéis de tecnologia sofreram tombos de até 11% após Pequim anunciar multas a várias das maiores empresas de internet chinesas por violações de leis antitruste. Ações do setor imobiliário também registraram perdas após uma unidade da China Evergrande revelar planos de adiar pagamento de juros sobre bônus.

  • Hang Seng (Hong Kong): baixa de 1,64%
  • Xangai Composto (China continental): baixa de 1,02%
  • Shenzhen (China continental): baixa de 1,74%
  • Kospi (Coréia do Sul): baixa de 1,18%
  • Taiex (Taiwan): baixa de 0,14%
  • Nikkei (Japão): alta de 0,10%

Além das ofensivas do governo chinês, pesa nas ações de tecnologia asiáticas a recente alta nos rendimentos dos Treasuries, que por sua vez reflete expectativas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) talvez comece a elevar seus juros básicos já a partir de março. Ontem, em Nova York, essa perspectiva ajudou a derrubar o Nasdaq, que é em boa parte composto por empresas de tecnologia.

Na tarde desta quarta, o Fed divulga ata de sua última reunião de política monetária. Na Oceania, a bolsa australiana seguiu o tom predominante na Ásia, e o S&P/ASX 200 caiu 0,32% em Sydney, a 7.565,80 pontos. / com Agência Estado

Sobre o autor
Regina Pitoscia
Editora do Portal Mais Retorno.

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