Mercado ao vivo: confira a Bolsa e o dólar nesta terça-feira, 23 de agosto
Investidores aguardam o simpósio anual do Fed em busca de novas pistas sobre a política monetária americana
Em dia de agenda local esvaziada, a Bolsa começou o pregão desta terça-feira, 23, em alta, descolada do exterior. Às 11h51, o Ibovespa subia 1,58%, aos 112 mil pontos. O dólar recuava 1,40%, cotado a R$ 5,09.
O foco segue voltado para o mercado internacional, com os investidores no aguardo do simpósio anual de Jackson Hole, realizado pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano), no qual deve trazer novos sinais sobre os rumos da política monetária dos Estados Unidos.
Para os especialistas, é possível que o BC americano siga com uma postura mais dura sobre o ciclo de aperto monetário, com vários dirigentes reforçando a necessidade de aplicar novos ajustes na taxa básica de juros para trazer a inflação para a meta de 2%.
Na véspera, as bolsas de Nova York sofrerem perdas de até 2,5%, as maiores em um único dia desde junho.
A grande questão é se o BC americano voltará a elevar juros em 75 pontos-base em setembro, como fez em suas duas últimas reuniões, ou se irá moderar o ritmo de ajuste, após sinais de leve desaceleração da inflação nos EUA.
Em termos de dados econômicos, o mercado digere o PMI de serviços americano de agosto, que caiu a 44,1, atingindo o patamar mais baixo em 27 meses. Após o fechamento, a partir das 20h, o presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, fala em evento.
Bolsas americanas/índices
- S&P 500: +0,21%
- Dow Jones: -0,13%
- Nasdaq 100: +0,34% (dados atualizados às 11h53)
O dia na Bolsa
O Ibovespa sobe forte nesta terça-feira, amparado pelas ações das gigantes de commodities, tanto do mercado de siderurgia e mineração, quanto da área de petróleo. Às 11h42, as ações da Petrobras avançavam 2,43% (ON) e 2,81% (PN), seguida pelas demais petroleiras.
Já a Vale, no mesmo horário, acelerava 4,47%, tendo as demais gigantes do setor na mesma esteira de alta.
O petróleo sobe após o ministro da Energia da Arábia Saudita dizer que a Opep+ pode reduzir a produção da commodity em meio à recente volatilidade do mercado. O minério de ferro também avança, com as medidas de estímulo do governo chinês.
Maiores altas
Empresa | Ticker | Variação |
Magazine Luiza | MGLU3 | +3,14% |
3R Petroleum | RRRP3 | +3,42% |
PetroRio | PRIO3 | +3,20% |
Méliuz | CASH3 | +2,54% |
Usiminas | USIM5 | +2,37% |
Maiores baixas
Empresa | Ticker | Variação |
Americanas S.A | AMER3 | -1,19% |
SulAmérica | SULA11 | -1,04% |
BRF | BRFS3 | -0,92% |
JBS | JBSS3 | -0,94% |
Grupo Soma | SOMA3 | -0,57% |
Brasil: agenda esvaziada e entrevista de Bolsonaro no JN
No ambiente doméstico, a agenda econômica segue esvaziada, com apenas a realização de oferta do Tesouro de LFTs e NTN-Bs.
Os investidores acompanham a participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, em evento, durante a manhã, junto com o presidente Jair Bolsonaro.
Além disso, repercutem a participação do presidente em entrevista no Jornal Nacional, da TV Globo, na qual Bolsonaro sinalizou que pretende manter a política econômica iniciada em 2019 e reiterou que o resultado das urnas será respeitado.
Bolsas europeias
Na Europa, as bolsas operam em queda, com o mercado digerindo dados sobre o PMI composto tanto da zona do euro quanto do Reino Unido.
Na zona do euro, o PMI composto preliminar caiu para 49,2 pontos em agosto, de 49,9 em julho, mas acima do esperado pelo mercado, de 49 pontos.
No Reino Unido, o indicador recuou para 50,9 pontos, de 52,1 em julho e um pouco abaixo da estimativa dos analistas, de 51 pontos.
Bolsas europeias/principais índices
- Stoxx 600 (pan-europeu): -0,58%
- DAX (Frankfurt): -0,31%
- FTSE 100 (Londres): -0,80%
- CAC 40 (Paris): -0,43% (dados atualizados às 12h04)
Bolsas asiáticas fecham em queda com NY
As bolsas asiáticas fecharam em baixa generalizada nesta terça-feira, acompanhando o mau humor em Wall Street, que ontem sofreu o maior tombo em um único pregão desde junho em meio à especulação sobre novas altas de juros nos EUA.
O índice acionário japonês Nikkei caiu 1,19% em Tóquio, aos 28.452 pontos, enquanto o Hang Seng recuou 0,78% em Hong Kong, aos 19.503 pontos, o sul-coreano Kospi cedeu 1,10% em Seul, aos 2.435 pontos, e o Taiex apresentou queda de 0,98% em Taiwan, aos 15.095 pontos.
Na China continental, os mercados tiveram perdas apenas marginais: de 0,05% no caso do Xangai Composto, aos 3.276 pontos, e de 0,04% no do Shenzhen Composto, aos 2.227 pontos.
Contrariando a tendência global de aperto monetário, a China reduziu seus principais juros na véspera, num momento em que enfrenta sua maior onda de calor em seis décadas e um racionamento de energia que está prejudicando a manufatura.
Na Oceania, a bolsa australiana acompanhou Wall Street e hoje sofreu também sua maior queda desde junho. O S&P/ASX 200 caiu 1,21% em Sydney, aos 6.961 pontos. / com Agência Estado
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