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Mercado Financeiro

Bolsa fecha em queda de 0,12%, com Vale e risco fiscal; dólar sobe e vai a R$ 5,23

Investidores estão de olho no cenário externo e atentos aos riscos políticos e fiscais loca

Data de publicação:11/08/2021 às 10:55 -
Atualizado 3 anos atrás
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A Bolsa fechou o pregão desta quarta-feira, 11, com variação negativa de 0,12%, aos 122.056,34 pontos. Durante a tarde, o Ibovespa chegou a operar em alta, puxado pela valorização nas ações da Petrobras e dos bancos.

No entanto, a cautela dos investidores em relação aos cenários político e fiscal do Brasil e a queda nos papéis da Vale trouxeram o índice para o terreno negativo no final do dia.

Foto: B3/Divulgação
Sede da B3 em São Paulo - Foto: B3/Divulgação

Após a Petrobras anunciar elevação no preço da gasolina, as ações da companhia subiram 1,77%, o que segurou uma queda mais acentuada da Bolsa neste pregão.

Os bancos também fecharam o dia no azul. Itaú, Bradesco e Santander reportaram alta de 1,31%, 0,47% e 0,65%, respectivamente.

Já a Vale, que corresponde a 13% da carteira teórica da B3, inverteu o sinal ao longo do pregão e registrou queda de 0,60%.

Sobe e desce da B3

Com o aumento no preço do minério de ferro na China, as siderúrgicas viveram um dia positivo. CSN, Usiminas e Gerdau reportaram valorização de 0,78%, 0,045% e 0,88%, na sequência.

Nesta quarta-feira, algumas empresas contabilizam queda em suas ações após a divulgação de seus resultados obtidos, mesmo positivos, no segundo trimestre deste ano. A BR Distribuidora registrou baixa de 3,08%, Raia Drogasil teve perdas de 3,98%, e Randon recuou 2,70%.

A queda mais forte do dia ficou por conta da Qualicorp, que apresentou um lucro líquido de R$ 90,3 milhões em seu balanço trimestral, recuo de 28,4% ante um ano antes. As ações da companhia despencaram 15,57%.

As ações da Notre Dame Intermedica também caíram 0,44%, após prejuízo reportado no trimestre.

Dólar sobe

O dólar fechou em alta de 0,78% nesta quarta-feira, cotado a R$ 5,230.

A moeda americana acompanhou a valorização externa do índice DXY, que compara o dólar ante seis moedas principais, e também a variação do dólar frente a grande parte das moedas emergentes ligadas a commodities.

Precatórios e voto impresso

O mercado financeiro acompanha de perto a proposta da PEC dos precatórios, que acaba com a regra de ouro do Orçamento e libera o endividamento do governo. E também a votação, que deve ocorrer hoje, sobre as mudanças no Imposto de Renda.

O deputado Celso Sabino, relator do projeto que altera o IR, protocolou seu parecer durante a madrugada, que apresenta um texto que traz propostas de alterações nas alíquotas do imposto de renda da pessoa jurídica, de 15% para 6,5% no próximo ano, e para 5,5% em 2023.

Além disso, os investidores estão de olho nos desdobramentos da crise política institucional, após duas derrotas do presidente Jair Bolsonaro no Congresso na noite anterior.

O plenário da Câmara rejeitou o voto impresso por 229 votos a favor e 218 contrários, e o Senado aprovou projeto que revoga a Lei de Segurança Nacional (LSN) e outro projeto que define crimes contra o Estado Democrático de Direito, como a interrupção das eleições e o uso de fake news nos pleitos.

Bolsonaro disse durante a manhã que "450 deputados votaram sobre o voto impresso e, em sua visão, o placar na Câmara "foi dividido".

"É sinal que metade não acredita 100% na lisura dos trabalhos do TSE", afirmou, demonstrando que pode não corresponder à expectativa do presidente da Câmara, Arthur Lira, que disse esperar que o mandatário do País reconheça os resultados e encerre definitivamente este assunto.

CPI da Covid: kit covid

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado ouve nesta quarta-feira o diretor-executivo da farmacêutica Vitamedic, Jailton Batista. O empresário foi chamado para falar sobre o kit covid, conjunto de medicamentos sem eficácia comprovada contra o coronavírus.

A empresa registrou um crescimento de 682% nas vendas desses remédios entre o período de 2019 e 2020. Somente a ivermectina saltou de 24,6 milhões de comprimidos vendidos em 2019 para 297,5 milhões em 2020, aumento de 1.105%.

NY: bolsas sem sinal único

No cenário externo, os contratos negociados em Nova York fecharam sem direção única, com o mercado repercutindo os dados da inflação de julho do país, que vieram em linha com as expectativas dos analistas.

O índice S&P 500 avançou 0,24%, Dow Jones teve valorização de 0,62% e Nasdaq 100, no sentido oposto, registrou perdas de 0,17%.

O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, em inglês), que dita a inflação dos Estados Unidos, subiu 0,5% em julho ante junho, segundo divulgado pelo Departamento de Trabalho.

A alta veio de acordo com as expectativas dos analistas, que apostavam em 0,5%. Na  comparação com o mesmo mês do ano anterior, o avanço do CPI foi de 5,4% contra estimativas de elevação de 5,3%.

Uma elevação acima das expectativas poderia reacender o debate em torno da flexibilização da política de estímulos monetários, com a redução gradual da recompra de títulos, programa que adiciona ao sistema financeiro americano um volume de US$ 120 bilhões a cada mês.

Um corte nessa ração mensal de recursos é visto como possível medida que poderia ser adotada pelo Fed (Federal Reserve, banco central americano) para enxugar a liquidez na economia e tentar conter eventual surto inflacionário.

 A aprovação do pacote de infraestrutura de US$ 1,2 trilhão no Senado dos Estados Unidos na véspera contribui para o cenário de otimismo.

A Capital Economics avalia que o setor financeiro deve registrar uma alta ainda maior do que a já vista deste mês. A consultoria afirma que há uma "rotação" nas bolsas, já que os investidores buscam ações de empresas que se beneficiarão da retomada econômica.

Entre novembro de 2020, quando foram noticiadas vacinas eficazes contra a covid-19, e meados de maio deste ano, os setores financeiro, de energia e construção foram os que apresentam um desempenho melhor, segundo a consultoria. A alta em energia e materiais, porém, deve ser contida por uma nova queda no preço de commodities, avalia a Capital.

"No petróleo, como reflexo da nossa visão de que a oferta vai se recuperar fortemente. Para metais industriais, é principalmente devido à nossa previsão de que a economia intensiva em metais da China continuará a desacelerar", diz o economista Oliver Allen.

Também no dia anterior, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de St. Louis, James Bullard, afirmou que há progresso suficiente para que a autoridade monetária comece a redução de compras de ativos. A observação se baseou na força do relatório de empregos (payroll) de julho dos EUA, divulgado na última sexta-feira.

Bolsas asiáticas fecham mistas

Os mercados acionários da Ásia fecharam sem sinal único nesta quarta-feira, 11, porém entre as principais bolsas houve ganhos em Tóquio e também em Xangai, embora modestos neste último caso.

Em Tóquio, o índice Nikkei terminou em alta de 0,65%, aos 28.070,51 pontos. Ações do setor financeiro e de siderúrgicas estiveram entre os destaques, com exportadoras apoiadas pelo iene mais fraco, em meio a relatos também de potenciais novos estímulos fiscais no futuro no Japão, afirma a Oanda.

Na China, a Bolsa de Xangai fechou em alta de 0,08%, aos 3.532,62 pontos, e a de Shenzhen, de menor abrangência, avançou 0,13%, aos 2.602,36 pontos. Incorporadoras registraram ganhos no mercado acionário chinês, mas empresas ligadas a bebidas alcoólicas caíram, após críticas à "cultura de bebida" no país feita por um fiscal anticorrupção.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng avançou 0,20%, aos 26.660,16 pontos. Ações de incorporadoras puxaram o movimento, ficando entre as três principais altas do dia.

Na Coreia do Sul, o índice Kospi fechou em baixa de 0,70%, aos 3.220,62 pontos. Ações de tecnologia e internet se saíram mal, na quinta queda consecutiva da Bolsa de Seul, afetada por um surto de casos da covid-19 que influencia negativamente o sentimento dos investidores.

Na Oceania, na Bolsa de Sydney o índice S&P/ASX 200 registrou alta de 0,29%, aos 7.584,30 pontos, novo recorde histórico de fechamento do mercado australiano. Ações do setor financeiro e ligadas a commodities se destacaram no pregão. / com Júlia Zillig e Agência Estado

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