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Mercado Financeiro

Mercado: agenda externa, com EUA e China, atrai atenção na semana

Dados da inflação no EUA e da evolução do PIB chinês estão no radar

Data de publicação:12/07/2021 às 05:00 -
Atualizado 3 anos atrás
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O mercado financeiro inicia a semana com o olhar atento à agenda econômica mais carregada no exterior, mas sem deixar de dispensar atenção ao cenário doméstico no qual a crise política se agrava com o aumento de tensão entre os Poderes.

O destempero verbal do presidente Bolsonaro, com ataques à CPI da Covid no Senado e ao sistema de votação por urna eletrônica, acirrou o embate do Executivo com os demais Poderes - Legislativo e o Judiciário.

Foto: Arquivo
Dados da inflação americana podem trazer pistas sobre o rumo dos juros nos EUA - Foto: Envato

Especialistas não acreditam, contudo, que a crise política, agravada também com novas frentes na CPI que miram a ação do governo na Saúde, venha a influenciar as decisões no mercado financeiro.

Isso, apesar do fato de que a persistente valorização do dólar, que coleciona oito altas consecutivas, seja vista por alguns analistas como sinal de certo desconforto dos investidores com os possíveis desdobramentos do embate político.

Dados sobre a inflação e o crescimento econômico global são temas que devem atrair mais diretamente a atenção dos mercados, de acordo com analistas. E há uma penca deles programada para esta semana.

A forte agenda externa começa nesta terça-feira, 13, com a divulgação, nos Estados Unidos, da inflação ao consumidor, o CPI (Consumer Price Index), de junho.

O índice mede a evolução de preços de uma cesta de bens e serviços, excluindo alimentos e energia elétrica, que os americanos consomem e dá uma ideia de como está o nível de consumo e seus possíveis impactos sobre a inflação americana.

Uma possível evolução de preços pode influenciar a orientação do Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA), sobre os juros ou a redução de estímulos monetários, como a diminuição gradual da compra de títulos.

Outro dado que o mercado aguarda é o índice de preços ao produtor (IPP) americano, que será anunciado na quarta-feira, e que também costuma influenciar o debate sobre a inflação nos EUA.

Um evento fora dos EUA que pode influenciar os mercados, nesta semana fraca de agenda doméstica, são os dados de desempenho da economia chinesa.

Davi Lelis, especialista e sócio da Valor Investimentos, afirma que os dados recentes mais tímidos têm causado certa decepção no mercado. Os dados sobre a evolução do PIB chinês serão divulgados na quarta-feira, 14.

Um tema que deve atrair o interesse do mercado internamente é a proposta de reforma tributária, na qual que ganha força na Câmara a ideia de reduzir as alíquotas do imposto de renda das empresas.

NY: futuros em baixa

No cenário externo, os contratos futuros das bolsas de Nova York operam em baixa com o mercado no aguardo da divulgação de dados econômicos do país nesta semana, do início da divulgação da temporada de lucros do 2º trimestre, além dos desdobramentos da nova variante delta do coronavírus.

No fechamento da última sexta-feira, o índice Dow Jones avançou 1,30%, aos 34.870,16 pontos, o S&P 500 subiu 1,13%, aos 4.369,55 pontos, e o Nasdaq teve alta de 0,98%, aos 14.701,92 pontos.

No mesmo dia, a Pfizer anunciou que pedirá autorização para a aplicação de uma terceira dose de sua vacina contra a covid-19 no país.

"As notícias de que a Pfizer está planejando começar a testar uma injeção de reforço específica para a delta forneceram otimismo para vencer a guerra contra a covid-19", avalia Edward Moya, analista da Oanda. A Pfizer pedirá autorização em agosto nos EUA para a aplicação de uma terceira dose de sua vacina.

Segundo a farmacêutica, outra injeção do imunizante, meses após as duas primeiras, poderia aumentar "drasticamente" a imunidade e talvez proteger contra novas cepas do coronavírus.

O presidente dos EUA, Joe Biden, assinou um decreto que, segundo a Casa Branca, tem o objetivo de aumentar a competição entre as empresas do país. Durante um discurso, o democrata afirmou que a medida fortalecerá as leis antitruste americanas e disse que há "muita concentração" no setor das chamadas "big techs". 

CPI da Covid: Covaxin

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid recebeu na última sexta-feira, 9, mais um servidor do Ministério da Saúde. Desta vez, o colegiado ouviu o técnico da divisão de importação da Pasta, William Amorim Santana.

Segundo Santana, ele se recusou a dar andamento à importação da Covaxin após erros e inconsistências em três versões da documentação enviada pela Precisa Medicamentos ao Ministério da Saúde.

O técnico apontou falhas nas invoices (documentos com informações fiscais) encaminhadas pela companhia à pasta e reforçou que o aval para a continuidade do processo foi dado pela fiscal do contrato, Regina Célia Oliveira, que também foi ouvida pelo colegiado na semana anterior.

Após reiteradas cobranças feitas pela CPI, o Ministério da Saúde enviou à comissão os documentos relativos à contratação da vacina indiana Covaxin, cuja compra é investigada pela CPI por suspeitas de irregularidades e corrupção.

Bolsas asiáticas fecham em alta

As bolsas asiáticas fecharam em alta generalizada nesta segunda-feira, após Wall Street renovar máximas no último pregão, apesar de preocupações sobre a disseminação da variante delta do novo coronavírus e à medida que investidores aguardam a nova temporada de balanços dos EUA.

O índice Xangai Composto subiu 0,67% hoje, aos 3.547,84 pontos, depois que o Banco do Povo da China (PBoC, o BC chinês) anunciou um corte de compulsório bancário no fim da semana passada, liberando recursos para mais empréstimos.

 Já o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 1,98%, aos 2.485,15 pontos. Em outras partes da Ásia, o japonês Nikkei saltou 2,25% em Tóquio, aos 28.569,02 pontos, enquanto o Hang Seng se valorizou 0,62% em Hong Kong, aos 27.515,24 pontos

O sul-coreano Kospi subiu 0,89% em Seul, a 3.246,47 pontos, interrompendo uma sequência de três sessões negativas, e o Taiex registrou alta de 0,87% em Taiwan, a 17.814,33 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana também ficou no azul hoje, impulsionada por produtoras de minério de ferro. O S&P/ASX 200 avançou 0,83% em Sydney, aos 7.333,50 pontos. /com Júlia Zillig e Agência Estado

Sobre o autor
Tom Morooka
Colaborador do Portal Mais Retorno.

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