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Qual é o melhor ETF para investir no S&P 500: IVVB11, SPXI11 ou BIVB39?

Três diferentes ETFs acompanham o humor do indicador com uma carteira teórica composta pelas 500 empresas mais negociadas na bolsa americana

Data de publicação:22/03/2022 às 12:30 - Atualizado 3 anos atrás
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No Brasil, três ETFs (Exchange Traded Funds, ou fundos negociados em Bolsa) que acompanham o S&P 500 se destacam: IVVB11, SPXI11 e BIVB39.

Ainda que sigam o mesmo indicador, cada um dos ETFs possui suas particularidades e um deles, o BIVB39, já chama a atenção por sua taxa de administração mais baixa e, mesmo existindo há pouco tempo, mostra bons resultados. Mas será que é mesmo o melhor investimento?

Para aplicar no índice S&P 500, a Bolsa brasileira oferece três ETFs - Foto: Envato

Os dados comparativos entre os ETFs constam da ferramenta de comparação de ativos da Mais Retorno. Qualquer usuário pode acessar e realizar uma pesquisa do tipo, desde que cadastrado no site, aqui.

O S&P 500 é um dos principais indicadores do mundo, conhecido por ter uma carteira teórica composta pelas 500 empresas mais negociadas nas bolsas norte-americanas. Expor seus ativos ao indicador é fazer com que o dinheiro acompanhe o humor da economia mundial, já que as empresas que o compõe são escolhidas de acordo com o volume de negociação nas bolsas e com a liquidez dos respectivos ativos.

Mergulhando no ETF de S&P 500

Em comum entre os três ETFs, há a possibilidade de negociar todos eles diretamente na B3, a Bolsa brasileira. Além disso, como já dito anteriormente, os três estão expostos ao S&P 500. Dessa maneira, automaticamente, eles são compostos por empresas do ramo de tecnologia, varejo e financeiras.

Para ter uma ideia, no top 10 do S&P 500, estão Apple Inc. (AAPL), Microsoft Corporation (MSFT), Amazon (AMZN), Facebook (FB), Alphabet (GOOGL, GOOG), Berkshire Hathaway (BRK.B), JPMorgan Chase & Co. (JPM), Tesla (TSLA) e Johnson & Johnson (JNJ). São, assim, ETFs robustos, acompanhando a economia dos Estados Unidos e mais protegidos de variações exageradas que outros ETFs podem ter.

IVVB11

O IVVB11 conta com gestão da BlackRock, a maior gestora de ETFs do mundo, e cobra uma taxa de administração pelos serviços prestados de 0,24% ao ano. Um dos mais procurados ETFs do mercado, conta com um patrimônio líquido expressivo - aproximadamente R$ 6,2 bilhões.

Criado em 2014, o ETF investe no mínimo 95% de seu patrimônio em ações do S&P 500 Brazilian Real Index, além de também investir em posições compradas no mercado futuro do Índice. Nos outros 5% de sua carteira, o fundo poderá deter ações e outros ativos não incluídos no S&P 500 Brazilian Real Index.

SPXI11

Esse ETF faz parte da família It Now, da Itaú Asset, e cobra uma taxa de administração de 0,21% ao ano. Lançado em 2015, é aberto para todo e qualquer investidor, sem qualquer tipo de restrição. Com gestão passiva, o SPXI11 segue a política de investimentos sem qualquer tipo de análise ativa antes da alocação.

No mínimo, 95% de seu patrimônio é investido em cotas do S&P500. A política do ETF permite ainda que o gestor invista em posições compradas nos mercados futuros do índice S&P500, no Brasil ou exterior, além de permitir tomar posições no mercado futuro de dólar.

Nos 5% restantes, o ETF pode ser composto por ativos que não estejam no índice de referência, trazendo essa pequena diferença na sua composição.

Por fim, atualmente, o SPXI11 tem um patrimônio líquido em suas mãos já na casa de R$ 1,1 bilhão. "No ano, o Fundo em questão tem tido uma das melhores rentabilidades e, por isso, tem chamado a atenção dos investidores", comenta a Levante, em análise sobre o fundo. "[Dentre as vantagens], o investidor diversifica sua carteira com ações internacionais e se protege da alta volatilidade que marca nossa Bolsa".

BIVB39

O BIVB39 é um BDR lastreado em um ETF. Não entendeu? É simples: é uma alternativa, negociada na bolsa de valores, que permite investir em ativos internacionais de maneira indireta. Ou seja: você não faz o investimento direto no ativo, mas sim nesse intermediário. Ele está lastreado no iShares Core S&P 500 Index Fund, um ETF que, por sua vez, também está conectado com o indicador americano S&P500.

Com início das operações em maio de 2020, o BIVB39 conta com uma taxa de administração 0,03% ao ano - bem mais baixa em comparação com os outros, permitindo um rendimento mais interessante. Também com a BlackRock como gestora, ele se diferencia por fazer pagamento de dividendos.

Comparativo de ETFs: resultados

Nos comparativos feitos na nova ferramenta de comparador de ativos da Mais Retorno, os resultados dos três fundos é similar - afinal, todos eles acompanham o mesmo indicador. Ainda assim, porém, o BIVB39 mostra resultados mais positivos. Numa análise de rendimentos desde 1º de dezembro de 2021, o BIVB39 conta com rendimento total de 17,47% contra 17,39% do IVVB11 e, na lanterninha, 17,20% do SPXI11.

Fonte: Mais Retorno

Além disso, mesmo com pouco tempo de vida, o fundo conta com uma porcentagem similar de meses no verde (62,50%) em comparação com IVVB11 (67,71%, o campeão) e SPXI11 (66,28%). Na rentabilidade histórica, em 12 meses, o BIVB39 leva o troféu, com 0,45% contra -0,50% do SPXI11 e, colado no líder, 0,41% do IVVB11.

Fonte: Mais Retorno

Com isso, percebe-se que, mesmo com o IVVB11 à frente nos resultados, o BIVB39 apresenta resultados positivos, com taxa de administração baixa e boas possibilidades de retorno em médio e longo prazo.

Sobre o autor
Matheus MansA Mais Retorno é um portal completo sobre o mercado financeiro, com notícias diárias sobre tudo o que acontece na economia, nos investimentos e no mundo. Além de produzir colunas semanais, termos sobre o mercado e disponibilizar uma ferramenta exclusiva sobre os fundos de investimentos, com mais de 35 mil opções é possível realizar analises detalhadas através de índices, indicadores, rentabilidade histórica, composição do fundo, quantidade de cotistas e muito mais!