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Bolsa de Valores
Mercado Financeiro

Na semana, Bolsa andou de lado e apresentou queda residual de 0,06%; dólar subiu 2,82%

A Bolsa subiu 2,03% no pregão, aos 112.833 pontos, mas caiu 0,06% em relação ao fechamento da semana passada, enquanto o dólar disparou 2,82%

Data de publicação:08/10/2021 às 18:07 -
Atualizado um ano atrás
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Após uma semana andando de lado, a Bolsa de Valores viveu um pregão de forte recuperação nesta sexta-feira, 08, com a divulgação da inflação de setembro, que veio menor do que as projeções dos analistas. O exterior também contribuiu para a reação, com o relatório de empregos dos Estados Unidos (payroll), mostrando que o número de vagas criadas no último mês ficou bem abaixo das expectativas.

O Ibovespa reportou alta acentuada de 2,03% no pregão, aos 112.833,20 pontos. No entanto, em relação à última sexta-feira, o índice caiu 0,06%, ainda influenciado pela forte queda registrada na última segunda-feira, 4, quando as notícias de que Paulo Guedes, ministro da Economia, e Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central teriam investimentos milionários em paraísos fiscais, por meio de conta offshore, nas Ilhas Virgens Britânicas, derrubaram o mercado.

Foto: Arquivo bolsa caiu
Foto: Arquivo

Refletindo o otimismo interno com sinais de que a inflação pode começar a desacelerar, o dólar foi perdendo fôlego ao longo do dia e fechou praticamente estável, com baixa residual de 0,07%, cotado a R$ 5,515. Na comparação semanal, no entanto, a moeda americana andou 2,82%, por conta do sentimento de aversão ao risco que toma conta do mercado, sobretudo com a crise energética global e a inflação acentuada no mundo todo.

Cenário interno

Na manhã desta sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o resultado do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro, que mede a inflação oficial do País. O índice subiu 1,16% no período, abaixo das expectativas dos analistas, que esperavam uma alta maior, entre 1,25% e 1,27%. No acumulado de 12 meses, a alta ficou em 10,25%, também abaixo do projetado pelo mercado, em 10,37%.

Os números trouxeram certo alívio aos investidores, depois de outros dados econômicos negativos que saíram durante a semana, com destaque para a produção industrial e as vendas no comércio.

Com os sinais de que o IPCA pode estar começando a desacelerar, os juros futuros fecharam em baixa. Os contratos com vencimento em outubro de 2023 foram os que mais caíram, com uma variação negativa de 0,235%.

As perspectivas de desaceleração na inflação e consequentemente, um horizonte de juros também mais baixos no médio e longo prazo favoreceram as empresas que dependem da renda da população para a geração de caixa, como as varejistas e o setor de construção civil.

Neste contexto, as gigantes do varejo Magazine Luiza, Lojas Americanas e Via saltaram 6,70%, 3,73% e 3,47% na Bolsa. Já as construtoras Cyrela e Eztec subiram 4,31% e 4,91%, respectivamente. Na mesma esteira de alta, a Cielo liderou as altas da B3 nesta sexta-feira, disparando 14,29%.

Os bancos também se beneficiaram do movimento. Itaú, Bradesco e Santander avançaram 0,74%, 0,68% e 2,07%, na sequência.

Commodities

Embora o dia tenha sido de alta generalizada, as ações que mais contribuíram para sustentar o forte avanço da Bolsa foram as ligadas às commodities.

Acompanhando a valorização do preço do minério de ferro no mercado internacional, a Vale, que corresponde a cerca de 14% da carteira teórica da B3, subiu 0,62%. Os papéis da CSN, Usiminas e Gerdau também reportaram alta, com variações positivas de 3,09%, 4,95% e 1,08%.

Romero Oliveira, Head de Renda Variável da Valor Investimentos, explica que outro fator que contribuiu para a subida do Ibovespa foi a notícia de que a Petrobras vai elevar o preço da gasolina nos postos de combustíveis e do gás de cozinha. As ações da petroleira reportaram alta de 1,82% no pregão.

Bolsas de Nova York

No cenário internacional, o destaque ficou com os dados do payroll de setembro nos Estados Unidos, esperados pelas economias do mundo todo por conta dos reflexos que ele pode gerar na condução da política monetária e economia americana, e, consequentemente, aos parceiros comerciais.

De acordo com o Departamento do Trabalho, foram gerados 194 mil vagas de trabalho no período, número muito abaixo do que o mercado no geral apostava, de 500 mil novos postos.

A frustração dos analistas se deu não somente pelo número bem inferior às estimativas, mas porque havia indicação de recuperação mais acentuada dada pela conjunção dos dados do relatório da ADP, que cobre o setor privado, e do volume de pedidos de seguro-desemprego.

O estrategista Jefferson Laatus, do grupo Laatus, diz que o relatório de empregos americano veio bem pior que as expectativas, porém sinalizou que a taxa de desemprego caiu, mostrando que menos pessoas perderam o emprego - uma condição colocada pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) para dar início ao processo de desmonte de estímulos monetários - tapering.

Se por um lado, os números do emprego mostram uma economia americana mais fraca, de outro, pode levar ao entendimento de que o Fed venha a ter mais moderação para iniciar o processo de retirada dos estímulos monetários ao país.

Apesar das perspectivas favoráveis à renda variável, as bolsas de Nova York fecharam em baixa. Os índices S&P 500, Dow Jones e Nasdaq 100 caíram 0,19%, 0,03% e 0,51%, respectivamente.

Sobre o autor
Bruna Miato
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