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Economia

IGP-M desacelera a 0,52% em maio, com forte contribuição dos combustíveis, diz FGV

No acumulado em 12 meses, o IGP-M registra variação positiva de 10,72%

Data de publicação:30/05/2022 às 09:23 -
Atualizado 2 anos atrás
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O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) registrou alta de 0,52% em maio, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com este resultado, o índice apresentou uma desaceleração em relação ao mês anterior, quando a alta foi bem mais expressiva, de 1,41%. No ano, o IGP-M já registra variação positiva de 7,54%, enquanto no acumulado em 12 meses o avanço é de 10,72%.

IGP-M
Foto: José Cruz/Agência Brasil

Conhecido como a "inflação do aluguel", o IGP-M é usado como base para o reajuste de diversos tipos de contratos, como os de aluguéis de imóveis. O indicador é composto pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que tem um peso de 60% na composição, pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30%, e pelo Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), com peso de 10%.

Em relação a maio de 2021, o IGP-M também apresentou uma forte desaceleração. Naquele período, o indicador havia avançado 4,10% e no acumulado em 12 meses registrava alta de 37,04%.

O que levou o IGP-M a desacelerar em maio?

Segundo relatório da FGV, a principal contribuição para a desaceleração veio dos combustíveis. Dentro do IPA, índice com maior peso na composição do IGP-M que recuou de 1,45% para 0,45%, o grupo de Bens Finais desacelerou de 3,10% em abril para 0,51% neste mês, puxado pelo subgrupo de combustíveis para o consumo, que caiu de 10,80% para 0,01% em maio.

Além disso, seis dos oito grupos componentes do IPC também apresentaram queda, com destaque para Habitação, que caiu de 0,93% em abril para -2,57% em maio, puxado pelo subgrupo de eletricidade residencial, que caiu 13,71% neste mês. No geral, o índice foi de uma alta de 1,53% no mês passado para uma menos expressiva, de 0,35%, agora.

"Os recuos observados nas taxas de variação do IPA (1,45% para 0,45%) e do IPC (1,53% para 0,35%), refletem a desaceleração dos preços dos combustíveis fósseis. No índice ao produtor, o óleo diesel, combustível de maior peso, variou 3,29% em maio, ante 14,70% em abril. Já no IPC, a gasolina, combustível com maior destaque no orçamento familiar, subiu 1,01% em maio, depois de ter avançado 5,86% em abril."

André Braz, Coordenador dos Índices de Preços na FGV

Já o INCC foi o único componente do IGP-M a avançar em maio em relação a abril, com uma variação positiva de 1,49%, ante 0,87% no mês anterior. Todos os grupos do INCC subiram na passagem do mês: Materiais e Equipamentos (de 1,35% para 1,67%), Mão de Obra (de 0,46% para 1,43%) e Serviços (de 0,73% para 0,92%).

Sobre o autor
Bruna Miato
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