Logo Mais Retorno

Siga nossas redes

  • Instagram Mais Retorno
  • Youtube Mais Retorno
  • Twitter Mais Retorno
  • Facebook Mais Retorno
  • Tiktok Mais Retorno
  • Linkedin Mais Retorno
Focus
Economia

Focus: projeção de Selic 2026 passa de 9,00% para 8,75%; demais ficam inalteradas

IPCA para 2023 passa de 5,93% para 5,96%, aponta Focus; 2024 segue em 4,13%

Data de publicação:03/04/2023 às 14:09 -
Atualizado um ano atrás
Compartilhe:

A expectativa do mercado para a taxa básica de juros ficou estável para o fim de deste ano no Boletim Focus, divulgado na manhã desta segunda, 3. No mês passado, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a Selic em 13,75% ao ano pela quinta reunião seguida.

A mediana para os juros básicos no fim de 2023 seguiu em 12,75% ao ano, enquanto para o término de 2024 continuou em 10,00%. Há quatro semanas, as estimativas já estavam nesse patamar. 

boletim focus
Expectativas da Selic se mantiveram iguais até 2026

Considerando apenas as 63 respostas dos últimos cinco dias úteis, a mediana para o fim de 2023 passou de 12,75% para 12,50%. Para o fim de 2024, permaneceu em 10,00%, com 60 atualizações na última semana.

Na segunda reunião do Copom no novo governo Lula, o colegiado afirmou que a conjuntura, marcada por alta volatilidade nos mercados financeiros e expectativas de inflação desancoradas em relação às metas em horizontes mais longos, demanda maior atenção na condução da política monetária.

No Focus, a projeção para a Selic no fim de 2025 continuou em 9,00%, mesma mediana de quatro semanas atrás. O boletim ainda trouxe a projeção para a Selic no fim de 2026, que passou de 9,00% para 8,75%, retornando ao nível de um mês antes.

PIB

No Boletim, a mediana para a alta do PIB em 2023 seguiu em 0,90%, contra 0,85% há um mês. Considerando apenas as 33 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2023, por sua vez, recuou de 0,98% para 0,85%.

Para 2024, o Relatório Focus mostrou mudança na perspectiva de crescimento do PIB de 1,40% para 1,48%, contra 1,50% de um mês atrás. Considerando apenas as 29 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB de 2024 também melhorou, de 1,40% para 1,50%.

Em relação a 2025, a mediana aumentou de 1,71% para 1,80%, mesmo patamar de quatro semanas antes. O Boletim ainda trouxe a estimativa para 2026, que recuou de 1,78% para 1,80%, ante 2,00% de quatro semanas antes.

O Banco Central elevou sua estimativa para o crescimento do PIB deste ano de 1,0% para 1,2% no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) da semana passada. Já na grade de parâmetros divulgada no último dia 17 pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, a estimativa do governo para a expansão da atividade em 2023 passou de 2,1% para 1,6%.

Déficit primário

Após a apresentação da proposta de novo arcabouço fiscal pelo Ministério da Fazenda na quinta-feira passada, a projeção para o déficit primário em 2023 apenas oscilou no Boletim Focus, de 1,02% para 1,01% do PIB, contra 1,00% quatro semanas antes. Para o déficit nominal este ano, a mediana continuou em 7,80% na última semana, de 7,85% do PIB há um mês.

O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.

Em relação ao indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2023, a estimativa passou de 61,00% para 61,15% do PIB, de 61,00% há um mês.

Para 2024, a projeção para o rombo primário continuou em 0,80% do PIB, enquanto o déficit nominal previsto variou de 7,40% para 7,10% do PIB. Há um mês, os porcentuais eram de 0,75% e 7,35% do PIB, nessa ordem.

No caso da dívida, a estimativa seguiu em 64,50%, contra 64,00% de quatro semanas antes.

Balança comercial

Os economistas do mercado financeiro mantiveram a expectativa para o superávit da balança comercial em 2023. A projeção seguiu em US$ 55,00 bilhões, contra US$ 57,00 bilhões há um mês. Para 2024, a mediana continuou em US$ 52,44 bilhões, de US$ 55,00 bilhões há quatro semanas.

Em relação à estimativa de déficit em conta corrente do balanço de pagamentos para 2023, a mediana deficitária passou de US$ 50,40 bilhões para US$ 50,84 bilhões, ante US$ 50,00 bilhões de um mês atrás. Para o próximo ano, a estimativa deficitária passou de US$ 51,39 bilhões para US$ 52,50 bilhões, de US$ 51,50 bilhões há quatro semanas.

Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será mais do que suficiente para cobrir o rombo em transações correntes neste e no próximo ano. A mediana das previsões para o IDP em 2023 permaneceu em US$ 80,00 bilhões, mesmo valor esperado há quatro semanas. Para 2024, a estimativa também foi mantida em US$ 80,00 bilhões, repetindo a mediana de um mês antes.

Inflação


A projeção do mercado para a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2023 aumentou no Boletim Focus de 5,93% para 5,96%. Um mês antes, a mediana era de 5,90%.

Para 2024, horizonte cada vez mais relevante para a estratégia de convergência à inflação do Banco Central, a projeção permaneceu em 4,13% na última semana, contra 4,02% de quatro semanas atrás.

Considerando somente as 52 estimativas atualizadas nos últimos 5 dias úteis, a mediana para 2023 também subiu, de 5,96% para 6,03%. Para 2024, passou de 4,18% para 4,05%, considerando 50 atualizações no período.

Atualmente, o foco da política monetária está nos anos de 2023 e, com maior peso, de 2024. A mediana na pesquisa Focus para a inflação oficial em 2023 está bem acima do teto da meta (4,75%), apontando para três anos de descumprimento do mandato principal do BC, após 2021 e 2022. Para 2024, a mediana está acima do centro da meta (3,00%), mas ainda dentro do intervalo que vai de 1,50% a 4,50%.

A mediana para o IPCA de 2025 seguiu em 4,00%, de 3,80% há um mês. A estimativa para o IPCA de 2026 também continuou em 4,00%, contra 3,77% um mês antes. A meta para 2025 é de 3,00% (margem de 1,50% a 4,50%). Ainda não há objetivo definido para 2026.

Na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do mês passado, o BC atualizou suas projeções para a inflação no cenário de referência com estimativas de 5,8% em 2023 e 3,6% em 2024. Em um cenário alternativo, em que a Selic fica estável por todo o horizonte relevante, as projeções da autoridade são de 5,7% para 2023 e 3,0% para 2024.

Meses

Os economistas do mercado financeiro elevaram a projeção para a alta do IPCA de março no Boletim Focus. A mediana passou de 0,76% para 0,77%, de 0,70% há um mês.

Para o IPCA de abril, a estimativa seguiu em 0,59%, ante 0,61% de um mês antes. Para maio, a previsão para o indicador passou de 0,40% para 0,39%, de 0,40% há quatro semanas.

Já a expectativa para a inflação suavizada para os próximos 12 meses cedeu de 5,36% para 5,26%, de 5,60% há um mês.

Câmbio 

O cenário da moeda norte-americana em 2023 e 2024 ficou estável mais uma semana no Relatório. A estimativa para o câmbio neste ano continuou em R$ 5,25, mesmo valor esperado há um mês. Para 2024, a mediana permaneceu em R$ 5,30, igual há quatro semanas atrás. 

A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020. Com isso, o BC espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro. / Agência Estado 

 

Leia mais

Sobre o autor
Mais Retorno
A Mais Retorno é um portal completo sobre o mercado financeiro, com notícias diárias sobre tudo o que acontece na economia, nos investimentos e no mundo. Além de produzir colunas semanais, termos sobre o mercado e disponibilizar uma ferramenta exclusiva sobre os fundos de investimentos, com mais de 35 mil opções é possível realizar analises detalhadas através de índices, indicadores, rentabilidade histórica, composição do fundo, quantidade de cotistas e muito mais!

® Mais Retorno. Todos os direitos reservados.

O portal maisretorno.com (o "Portal") é de propriedade da MR Educação & Tecnologia Ltda. (CNPJ/MF nº 28.373.825/0001-70) ("Mais Retorno"). As informações disponibilizadas na ferramenta de fundos da Mais Retorno não configuram um relatório de análise ou qualquer tipo de recomendação e foram obtidas a partir de fontes públicas como a CVM. Rentabilidade passada não representa garantia de resultados futuros e apesar do cuidado na coleta e manuseio das informações, elas não foram conferidas individualmente. As informações são enviadas pelos próprios gestores aos órgãos reguladores e podem haver divergências pontuais e atraso em determinadas atualizações. Alguns cálculos e bases de dados podem não ser perfeitamente aplicáveis a cenários reais, seja por simplificações, arredondamentos ou aproximações, seja por não aplicação de todas as variáveis envolvidas no investimento real como todos os custos, timming e disponibilidade do investimento em diferentes janelas temporais. A Mais Retorno, seus sócios, administradores, representantes legais e funcionários não garantem sua exatidão, atualização, precisão, adequação, integridade ou veracidade, tampouco se responsabilizam pela publicação acidental de dados incorretos.
É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos, ilustrações ou qualquer outro conteúdo deste site por qualquer meio sem a prévia autorização de seu autor/criador ou do administrador, conforme LEI Nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.
® Mais Retorno / Todos os direitos reservados