XP reduz peso de Itaú entre as ações top 10 para abril

A XP divulgou sua carteira com 10 ações recomendadas para abril, Entre os nomes, houve apenas a alteração de peso entre Vale (VALE3) e Itaú (ITUB4). Enquanto a primeira passará a ocupar mais espaço na carteira, com peso 10% ante os 5% do mês de março, a segunda caiu de 15% para 10%¨. 

De acordo com a XP, a carteira tem por objetivo aliar papeis com três características: 1) visão de longo prazo; 2) diversificação
setorial; 3) ações com valuation atraentes, ou seja, baratas em relação a seus pares; e 4) nomes com boas perspectivas de crescimento. 

Entre os nomes, há aposta principalmente em varejo, ao contrário do Ibovespa, atualmente, cuja composição privilegia mais os setores Financeiro (27%), Petróleo e Gás (20%), Mineração e Siderurgia (13%). 

Redução de Itaú e aumento em Vale

A grande novidade da carteira neste mês foi a redução do peso em ITUB4 e o aumento em Vale. Agora, os 10 nomes escolhidos para a carteira tem peso igual, 10% cada. 

No caso do Itaú, apesar da recomendação da empresa continuar sendo de ‘compra’ para o papel, a XP entende que o estresse no setor bancário interacional teria refletido nas ações aqui no Brasil. Isso justificaria a queda de -4,6% no papel em março. 

Contudo, a visão da XP para Itaú continua positiva, levando em consideração alguns diferenciais, como índice de cobertura saudável e inadimplência sob controle, valuation atrativo e boa exposição a linhas de crédito ao consumo. 

"Reiteramos que o Itaú segue com operação mais eficiente entre os grandes bancos brasileiros, o que o coloca em boa posição para navegar o cenário macroeconômico desafiador que está por vir", garante a XP. 

Já o aumento da Vale se justifica para XP como “valor ainda alto para o acionista, preocupações exageradas”. Uma das maiores produtoras de minério de ferro e pelotas de minério de ferro, a Vale tem como pontos positivos, para a corretora, a forte geração de caixa, múltiplos atrativos e prêmio de qualidade do minério. 

“Destacamos um “gap” de performance entre a ação da empresa e o minério de ferro. Além disso, acreditamos que um período de melhor sazonalidade de demanda na China possa colaborar para sustentar os preços da commodity", diz a carteira. 

Apesar da tendência de queda da Vale no mês de março, com -3,6% vs. 3,0% Ibovespa, vista desde o início do ano, está corrigindo a alta iniciada em dezembro, segundo a XP. Na análise, há o entendimento de que a queda foi causada sobretudo pela quebra de expectativa quanto aos dados econômicos chineses, dos quais esperava-se uma melhora mais rápida, após o fim das restrições da política zero-covid. 

Foco no varejo

A carteira aposta em nomes do Varejo como Assaí e Grupo Soma. Em relação à atacadista, a análise feita pela XP é que a redução da influência da Casino na companhia pode ser positiva para melhoria da governança corporativa. Outro ponto positivo seria o aumento da participação do atacarejo no mercado de varejo alimentar. 

Entre os pontos negativos, a XP elenca ruídos sofridos pela empresa em relação a uma possível oferta primária, que não ocorreu e foi negado pela companhia.

Para o Grupo Soma, a visão da corretora é que a varejista tem performado acima dos pares no setor. A XP entende que isso pode ser explicado pelos resultados que foram divulgados no 4º trimestre de 2022. 

"Assim, reiteramos a ação como uma de nossas preferências no setor, por acreditarmos que a operação “ex-Hering” deve continuar crescendo em um ritmo forte e saudável, além de acreditamos que a companhia será bem-sucedida na reestruturação da Hering", explica a XP. 

Confira o Top 10:

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