Dez ações para proteger o investidor em março, eleitas pela XP
Suzano (SUZB3) ganha destaque como o melhor hedge para o momento; Equatorial (EQTL3) e São Martinho (SMTO3) também são recomendadas
Diante da perspectiva de mais turbulência pela frente, os especialistas da XP reforçaram o portfólio em ações mais defensivas. Suzano (SUZB3), Equatorial (EQTL3) e São Martinho (SMTO3) ganharam espaço na carteira Top 10 de ações da XP em março. Os papéis retirados nesta passagem foram PetroRio (PRIO3), JBS (JBSS3) e Eletrobras (ELET3).
Em fevereiro, o Ibovespa encerrou em queda de 7,49%, enquanto a carteira recuou 7%, acompanhando o movimento do índice. Desde o seu início, em julho de 2018, a carteira acumula alta de 49,9%, segundo os dados da XP.
Entra e sai da carteira
Em relação à JBS, a retirada foi pensada diante de um provável resultado fraco no quarto trimestre de 2022. Os riscos colocados na balança foram as margens da companhia nos Estados Unidos, que seguem caindo, o risco de gripe aviária chegar no Brasil e o caso recente de doença da vaca louca que levou à suspensão das exportações de carne bovina do Brasil para a China.
No lugar, entra a Suzano, que, de acordo com os analistas da XP, é mais defensiva e tem exposição a uma moeda forte, o dólar. A saída da Eletrobras da carteira tem ligação com possíveis interferências políticas e uma volatilidade adicional no curto prazo. A Equatorial Energia entrou na mesma posição, devido ao trabalho de alocação de capital, segundo a XP.
Já a PetroRio, saiu devido a recentes anúncios do governo sobre os tributos de gasolina e etanol, com o aumento de impostos de exportação de petróleo. "Estamos substituindo por São Martinho (SMTO3) que deverá se beneficiar da melhora na competitividade do etanol", diz o relatório.
Assaí (ASAI3)
Sobre o Assaí, a XP destacou que a companhia ficou à frente do Ibovespa no mês de fevereiro. Além disso, esta é a única companhia exposta ao atacarejo no Brasil.
“Acreditamos que esse desempenho possa ser explicado pelo perfil defensivo da companhia e pelos sólidos e acima das expectativas resultados do 4º trimestre, com as lojas convertidas do Extra operando em linha com o guidance da companhia e expectativas de melhoria na governança da companhia no curto prazo. O papel é uma de nossas preferências no setor”, afirmam os analistas.
Grupo Soma (SOMA3)
Para a XP, o Grupo Soma faz moda para todos os tipos de público, sendo este um dos argumentos para manter os papéis da companhia na carteira, além de ser líder no segmento premium de moda no Brasil.
“Nós destacamos o Grupo Soma (SOMA3) como nossa preferência no segmento por conta de um balanço de risco/retorno assimétrico, execução sólida e perspectivas de crescimento.”
Suzano (SUZB3)
De acordo com o relatório, este papel é "o melhor hedge para os tempos incertos no Brasil”. A expectativa é de resultados sólidos no 4º trimestre. Para a celulose, os analistas esperam preços realizados mais altos, volumes de vendas menores e custos caixa mais altos por tonelada.
"A Suzano é uma das melhores empresas brasileiras listadas para investidores que buscam hedge para o cenário econômico do país (receita 100% indexada ao dólar, maior parte do volume é exportado e grande parte dos custos são indexados ao real). Além disso, a empresa conseguiu compensar grande parte da inflação de custos que o setor sofreu"
Relatório Top 10 XP
Confira o Top 10:
Ação | Ticker | Setor |
---|---|---|
Assaí | ASAI3 | Varejo |
Equatorial | EQTL3 | Energia |
Grupo Soma | SOMA3 | Varejo |
Hypera | HYPE3 | Saúde |
Iguatemi | IGTI11 | Imobiliário e Shoppings |
Itaú Unibanco | ITUB4 | Bancos |
São Martinho | SMTO3 | Agro, Alimentos e Bebidas |
Suzano | SUZB3 | Papel e Celulose |
Vale | VALE3 | Mineração e Siderurgia |
Vamos | VAMO3 | Transportes |
Leia mais: