Apesar da cautela com risco fiscal, Bolsa sobe 0,29% na semana, puxada por commodities; dólar avança 1,59%
No dia, a Bolsa subiu 0,42%, após inverter sinal, e dólar anaçou 1,65%, a R$ 5,32
No primeiro pregão do segundo semestre de 2022, a Bolsa de Valores brasileira, a B3, inverteu o sinal e fechou em alta de 0,42%, aos 98.954 pontos, acompanhando a virada no exterior e com o desempenho positivo das ações da Petrobras, na esteira da alta do petróleo. O Ibovespa operou em queda durante a maior parte do dia, com as preocupações internas, com a elevação do risco fiscal, e externas, com a deterioração do cenário macroeconômico global.
Na semana a Bolsa fechou praticamente estável, com leve variação positiva de 0,29%. Durante os últimos cinco dias, o principal índice acionário do País oscilou entre altas, puxadas pelas empresas ligadas às commodities (principalmente petróleo e minério de ferro), e baixas, acompanhando, justamente, a cautela com risco fiscal e cenário macro.
No entanto, mesmo com a valorização do Ibovespa, o dólar registrou altas expressivas, em uma busca dos investidores por proteção, já que esta divisa é considerada a mais segura do mundo. Nesta sexta-feira, 1, a moeda americana se valorizou 1,65% e fechou cotada a R$ 5,32. Já em relação ao fechamento da última sexta, a variação foi positiva em 1,59%.
De acordo com analistas do BTG Pactual, "o desempenho hoje foi em linha com a valorização global da moeda americana e com receios internos, especialmente no âmbito fiscal, com a aprovação da PEC dos Combustíveis, que eleva auxílios e cria novos benefícios para caminhoneiros e taxistas. O gasto, fora do teto, é de R$ 41,3 bilhões".
Sobe e desce na Bolsa
Maiores altas da Bolsa
Empresa | Código | Tabela |
IRB Brasil | IRBR3 | +6,40% |
MRV | MRVE3 | +5,12% |
BRF | BRFS3 | +4,78% |
Marfrig | MRFG3 | +4,13% |
Cielo | CIEL3 | +4,00% |
Maiores baixas da Bolsa
Empresa | Código | Tabela |
Magazine Luiza | MGLU3 | -5,98% |
Americanas | AMER3 | -5,06% |
Cogna | COGN3 | -3,74% |
JHSF | JHSF3 | -3,43% |
Fleury | FLRY3 | -2,33% |
Mercados internacionais
O segundo semestre de 2022 começou com aversão ao risco no exterior, com o mercado se preparando para mais uma fase de volatilidade nas bolsas em meio à alta da inflação e das taxas de juros, segundo o BTG Pactual. No entanto, os sinais inverteram nos mercados americanos e europeus e as bolsas fecharam em alta, com os investidores aproveitando as oportunidades.
Na agenda econômica do dia, mais dados de inflação. Na zona do euro, a inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) atingiu 8,6% em maio, ante 8,1% em maio, segundo dados reportados pela Eurostat durante as primeiras horas do dia. Já o PMI industrial do bloco recuou para 52,1 pontos em junho, contra 54,6 em maio, porém acima do esperado pelo mercado, que projetava 52 pontos.
Fechamento das bolsas americanas
- Dow Jones: alta de 1,05%
- S&P 500: alta de 1,06%
- Nasdaq 100: alta de 0,71%
Fechamento das bolsas europeias
- Stoxx 600 (Europa): baixa de 0,01%
- DAX (Frankfurt): alta de 0,23%
- FTSE 100 (Londres): baixa de 0,01%
- CAC 40 (Paris): alta de 0,14%
Fechamento das bolsas asiáticas
- Xangai Composto (China): baixa de 0,32%
- Shenzhen Composto (China): baixa de 0,21%
- Nikkei (Japão): baixa de 1,73%
- Kospi (Coréia do Sul): baixa de 1,17%
- Taiex (Taiwan): baixa de 3,26%
Leia mais
- A maior queda da Bolsa no semestre foi de Magalu, 67%; confira as ações que mais caíram e que mais subiram no período
- ‘Pacote de bondades’ aprovado no Senado agrava incerteza fiscal; onde buscar proteção?
- Ranking de junho: dólar sobe 10,13%; bolsa cai 11,50% e bitcoin despenca 40,65%; no semestre os três estão no vermelho
- Mais Retorno lança novo guia completo sobre Fundos Imobiliários (FIIs)
- Com nova temporada de Stranger Things, Netflix pode reverter fuga de assinantes?
Com Agência Estado