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Fundos de Investimentos

Por que redobrar os cuidados na escolha dos ETFs; confira apostas aqui e no exterior

Diante do atual cenário internacional, especialistas alertam para os cuidados a serem tomados com os ETFs

Data de publicação:21/03/2023 às 08:00 -
Atualizado um ano atrás
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Poucas pessoas imaginariam que os episódios como os que envolveram Silicon Valley Bank, Signature Bank e Credit Suisse poderiam acontecer ao longo de apenas 10 dias. Com esse novo contexto e turbulências lá fora, o cuidado deve ser redobrado especialmente com ativos vinculados diretamente aos mercados globais. Até porque especialistas acreditam que “o pior não passou”.

Entre esses ativos estão os ETFs, que guardam semelhanças com fundos de investimentos e estão atrelados à evolução de índices de diferentes setores econômicos. Entre as disponíveis no mercado nacional e internacional, estão desde o ETF de Ibovespa até mesmo BDRs de ETFs de Cannabis. 

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Crise financeira deve afetar ETF de outros setores - Foto: Reprodução

Dois ETFs vinculados aos AT1, classe de títulos popular entre os bancos europeus mas que viraram pó para viabilizar a compra do Credit Suisse, despencaram nesta segunda-feira, 20. O Invesco AT1 Capital Bond UCITS ETF (AT1) caiu mais de 6%, e o ETF WisdomTree ATI Coco Bond UCITS (COCB) caiu cerca de 9%, segundo a Dow Jones Newswire.

Crise em outros setores

Parece claro que os índices que acompanham as principais bolsas ao redor do mundo ficaram vulneráveis nos últimos dias, com os acontecimentos envolvendo o setor financeiro. Mas os riscos podem ser ainda mais abrangentes. Na opinião de Will Castro, estrategista-chefe da Avenue, não é possível separar uma possível crise financeira de outros nichos. 

“A questão toda é que o sistema financeiro é muito interligado com investimentos e carteiras dos bancos, tendo conexões entre si quase como um castelo de cartas, ou mesmo tal qual nós humanos, que precisamos de certas condições naturais de temperatura e pressão para podermos sobreviver – pense que 4 graus a mais de temperatura corporal podem te deixar de cama. Portanto, aquilo que acontece num dado nicho ou local pode afetar o sistema como um todo”, aponta o especialista em sua coluna Avenue Insights. 

Para Giovanni Vescovi, gestor da Itaú Asset, o momento pede cautela ao mesmo tempo que sugere o aproveitamento de pequenas oportunidades para bons investimentos. Em coluna no íon, o gestor aponta que a interferência do Federal Reserve (Fed, banco central americano) no mercado para ‘salvar’ instituições financeiras são raras e costumam acontecer em momentos de pânico, quando os mercados estão em suas mínimas. O objetivo foi claro de estancar a crise.

Vescovi, no entanto, não acredita que o pior já passou: “Mas novos acidentes estão à espreita. Além dos bancos, começam a surgir discussões sobre a fragilidade do setor imobiliário comercial americano”, relata ele. 

Escolhas de XP e Itaú

A Mais Retorno analisou as recomendações da XP, a Carteira Global de ETFs, e do Itaú, a Carteira Recomendada de ETFs e Fundos Indexados. 

Na carteira da XP, os ativos são divididos entre regionais e temáticos, com escolhas como USAL11, que engloba empresas com 85% do valor de mercado dos EUA, e Nasdaq 100, que reflete as 100 maiores empresas de tecnologia dos EUA. 

Para a corretora, a escolha do ETF de tecnologia se justifica apesar do setor ter sido mais afetado em 2022, e continua sendo atingido, pelo cenário econômico de juros elevados.

 “Continuamos gostando de teses de crescimento por refletirem mudanças estruturais. Dessa forma, optamos pela adição do Nasdaq 100, que reflete de forma mais direcionada do que o S&P 500 as tendências de inovação”, explica a tese. 

Para a XP, as preocupações com cenário internacional se apresentavam, majoritariamente, no conflito entre Rússia e Ucrânia. Para além disso, investimentos em defesa também pareciam promissores considerando outras questões geopolíticas. 

“Vemos as tensões entre os EUA e a China se intensificando. Tendo este cenário em vista, acreditamos que os países dedicarão uma parcela maior de seus PIBs aos investimentos em defesa”, esclarecem os analistas. 

Entre os selecionados pelo Itaú, estão opções atreladas a juros prefixados, índices internacionais e investimentos alternativos. Nas escolhas, há espaço para HASH11, ETF da Hashdex atrelado a criptoativos e BDR de Gold Trust, que reflete a cotação do ouro. 

Nos nomes recomendados, há pouca exposição a ETFs atrelados de forma direta a bancos. Ainda assim, entre as composições de USAL11 e SPXI11 (ETF vinculado ao S&P500), há boa porcentagem de empresas do setor financeiro, mas lembrando que os grandes bancos americanos tendem a ser favorecidos com a crise nos bancos menores. 

Porto seguro no exterior

Entre as recomendações do analista Sanghamitra Saha, da Zacks Research, em seu blog na Nasdaq, estão os investimentos em ETFs que têm bancões. Ao contrário dos bancos regionais, eles recebem agora uma forte migração de recursos.

"Invesco KBW Bank ETF KBWB, iShares U.S. Financial Services ETF IYG, Financial Select Sector SPDR Fund XLF e First Trust Nasdaq Bank ETF FTXO são alguns dos ETFs que os investidores podem comprar na queda, sugere Saha. No entanto, deve-se ficar longe do SPDR S&P Regional Banking ETF KRE", afirma o analista.

Ele indica ainda o iShares International Treasury Bond ETF, que reflete tesouros internacionais, por ser uma opção mais segura na atual conjuntura, alé do iShares Core U.S. Aggregate Bond ETF, indexado ao  Bloomberg US Aggregate Bond Index, que segue o mercado de obrigações tributáveis ​​de taxa fixa denominadas em dólares dos EUA.

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Sobre o autor
Camille Bocanegra
Repórter da Mais Retorno

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