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Fundos de Investimentos

Entre os 10 maiores fundos de ações, confira os que estão com rendimento positivo no mês, ano e em 12 meses

Apenas um fundo, o Western Asset, apresenta rendimento positivo nos três períodos

Data de publicação:18/10/2021 às 05:00 -
Atualizado 3 anos atrás
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Os fundos de ações com carteiras ancoradas em maiores volumes de patrimônio também não escaparam dos efeitos da trajetória negativa da Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, em setembro. Dos dez fundos com patrimônio entre R$ 3,9 bilhões e R$ 1,3 bilhão pesquisados com exclusividade pela Mais Retorno, apenas um sustentou desempenho positivo no mês passado, em 2021 e em 12 meses. 

O vencedor solitário, com rendimento mensal de 0,50%, foi o Western Asset FIA BDR Nível I. Sob gestão da Western Asset Management Company Ltda., o fundo andou na contramão de seu benchmark, o Ibovespa (Índice Bovespa), que teve forte queda de 6,57% no mês. No ano e em 12 meses, o fundo também exibe um bom desempenho, com valorização acima de 17%.

O Western tem patrimônio líquido médio de R$ 3,03 bilhões, índice de Sharpe de 0,84 (em 12 meses) e aplica mais de 95% (97% em maio) dos recursos em investimentos no exterior. O valor mínimo de aplicação exigido é R$ 1.000 e o valor mínimo de permanência, R$ 500.

O campeão do mês deixa a posição quando se olham os dados de desempenho dos demais fundos em outros períodos. Perde a liderança, no ano, para o Safra Consumo Americano FIA BDR. Sob gestão da Safra Asset Management, o fundo rendeu 19,04% no ano, até setembro.

O valor de aplicação mínima nesse fundo é R$ 1.000; o valor mínimo para permanência, R$ 100; a taxa de administração varia entre 1% ao ano (mínima) e 2,50% ao ano (máxima). O Safra Consumo Americano aplica em ativos de renda variável, principalmente em BDRs (Brazilian Depositary Receipts), do setor de consumo.

O vencedor no período de 12 meses, até setembro, foi o BB Ações Bolsa Americana FIA. Com gestão de BB Gestão de Recursos, o fundo exige aplicação inicial de R$ 0,01, válido também para aplicação adicional, resgate mínimo e saldo mínimo; taxa de administração de 1% ao ano e taxa de performance de 10% sobre o superar o S&P 500.

Maiores fundos de ações não são os mais rentáveis

Os dados de levantamento da Mais Retorno deixam evidenciam que os fundos com maior patrimônio não foram necessariamente os mais rentáveis em setembro. De um total de 481 fundos de todos os tamanhos, dos maiores aos menores em patrimônio, pesquisados, apenas 35 proporcionaram rendimento positivo ao cotista em setembro. Destes, só seis fundos renderam mais que a inflação de 1,16% medida pelo IPCA no mês.

Em um claro sinal ainda de que tamanho não é documento, o único fundo com maior musculatura patrimonial que garantiu lugar na lista dos 35 que proporcionaram rendimento positivo em setembro foi o Western Asset FIA BDR Nível I, na 27ª posição, com rentabilidade de 0,50%.

Para o estudo, foram considerados os fundos de ações com patrimônio a partir de R$ 17 milhões, com 60 cotistas ou mais, abertos ao público e em operação há, pelo menos, um ano.

Os fundos com melhor rendimento não são os maiores

Ao cruzar os dados de fundos de maior patrimônio com a rentabilidade que proporcionam, a ideia é mostrar que o fundos que capta mais não é necessariamente o que terá melhor desempenho. Isso está relacionado muitas vezes à praticidade e a uma rede de maior acesso ao investidor.

Com as comparações é possível identificar os fundos que apresentam os dois predicados, tamanho do patrimônio e melhor rentabilidade, em favor do investidor.

Como já publicado aqui no portal da Mais Retorno, a rentabilidade acumulada de janeiro a setembro deste ano entre os 10 fundos de ações campeões ficou entre 21,18% do Focus FIA BDR, e 53,64% do Trígono Delphos Income. São números que superam os apresentados pelos maiores fundos.

Em 12 meses, a valorização registrada até setembro também impressiona e beira os 100%, com o Trígono Verbier, 99,56% e o Trígono Delphos Income, 97,30%. Esses fundos da Trígono têm a formação calcada em ações small caps, de empresas que ainda não estão no Índice Bovespa, mas são bem administradas e com potencial de crescimento.

Sobre o autor
Tom Morooka
Colaborador do Portal Mais Retorno.