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Bolsa
Fundos de Investimentos

Entre os 10 fundos de ações mais rentáveis em 2021, o campeão rendeu 58,78%; confira

Retorno dos 10 fundos mais rentáveis em 2021 supera com ampla folga a inflação e o Ibovespa

Data de publicação:12/08/2021 às 05:00 -
Atualizado 3 anos atrás
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Em levantamento feito com a base de dados da Mais Retorno, selecionamos os 10 fundos de ações com a maior rentabilidade de janeiro a julho de 2021. Nesse ranking, todos eles superaram em larga margem de vantagem a inflação do mesmo período.

Entre eles, o de melhor desempenho foi o Trígono Flagship 60 Small Caps FIC FIA, que acumulou rendimento de 58,78%. O fundo superou em nada menos que 51,57% a inflação de 4,76% calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Foi a fatia que o seu cotista ganhou acima da inflação.

E o que menos rendeu nesta lista também não fez feio. Ao contrário, o Itaú Index Ações Estratégia S&P 500 FIC FI proporcionou um retorno de 18,40%, e o investidor beliscou ganho real, acima da inflação, de 13,02%.

Em relação ao seu principal benchmark, o Índice Bovespa, o desempenho dos fundos também superou com boa distância a sua evolução, de 2,48%, de janeiro a julho deste ano.

A rentabilidade desses fundos poderia estar ainda mais gorda não fosse o tropeço e resultado negativo da bolsa no mês de julho. Ainda assim, quatro deles conseguiram proporcionar rendimento positivo e, portanto, bem acima do Índice Bovespa.

A coluna que traz o rendimento em 12 meses mostra a valorização acima de 100% de dois deles, mas revela também ganhos expressivos nos demais.

O desempenho em julho

No balanço mensal, quando o Índice Bovespa (Ibovespa) recuou 3,94%, o fundo de melhor desempenho foi o BB Ações Siderurgia FIC FI, com ganho de 3,57%, seguido pelo Itaú Index Ações Estratégia S&P, com 2,48%. Seguem-se em terceiro o Trígono Flagship 60 Small Caps FIC FIA, com 2,35%, e o Trígono Delphos Income FIC FIA, com 1,58%.

São resultados que superam com alguma folga a inflação de 0,96% calculada pelo IPCA no mês e a rentabilidade das tradicionais aplicações de renda fixa, apesar da contínua elevação da taxa Selic, que subiu para 5,25% ao ano. Uma comparação vantajosa que pende em favor dos fundos de ações com melhor desempenho também na base de comparação em 12 meses.

Dos demais seis fundos de ações que tiveram desempenho negativo em julho, quatro perderam menos que o Ibovespa e dois tiveram uma desvalorização maior que o principal índice da B3.

Fundos de ações ativo e passivo

Os fundos de ações têm como benchmark o Ibovespa, mas nem sempre o rendimento dos fundos que procuram replicar o Ibovespa segue a mesma trajetória desse índice. Para entender por que isso ocorre é preciso separar as duas modalidades de fundo existentes: o passivo e o ativo.

O fundo ativo, ao contrário do passivo, tem uma gestão mais arrojada, em que o gestor escolhe a dedo o setor e a empresa cujas ações considera com maior potencial para performar a carteira de seu fundo. São fundos que, no fim das contas, são mais bem-sucedidos que outros e costumam suplantar o principal indicador da bolsa.

Em julho, o Ibovespa foi deprimido pelo desempenho negativo de empresas de commodities, como Vale, que teve a receita afetada pela instabilidade no mercado de minério de ferro; do setor financeiro, com queda de ações de bancos, pela proposta de tributação de dividendos contida na reforma tributária, e pelo recuo de Petrobrás. Empresas que, juntas, formam quase a metade do Ibovespa.

Os fundos de ações que performaram bem rodaram com uma carteira de ações de empresas que sinalizam boa perspectivas de receita e lucro. O gestor da Trígono, que posicionou dois fundos no topo dos mais rentáveis, explica que a estratégia de gestão está fincada em ações de companhias com receita atrelada de alguma forma ao dólar.

“A estratégia de proteção no dólar começou em 2015, antes mesmo do lançamento do Trígono Flagship 60 Small Caps, em 2018”, explica Werner Roger, gestor da Trígono Capital. O aumento da temperatura política, segundo ele, só fez subir o dólar, que cotado por R$ 3,15 em meados daquele ano está valendo R$ 5,20 hoje ou 65% mais.

Desde abril de 2018, quando foi lançado, o Trígono Flagship acumula rentabilidade de 240%, comparada com uma valorização de 69% do índice small caps (SMLL) e de 42,5% do Ibovespa. A carteira é formada por ações de 15 empresas, a maior parte do setor industrial, ligadas a bens de capital, além de mineração e siderurgia.

Dois fundos que também são influenciados pelo câmbio, mas por sua exposição ao mercado internacional, são o BB Ações Siderurgia FIC FI e o BB Ações Exportação FIC FI. É possível investir nesses fundos com apenas R$ 0,01 (um centavo), explica Verana Regattieri, gerente de fundos indexados do Banco do Brasil.

O campeão em julho

O BB Ações Siderurgia, que registrou valorização de 3,57% no mês, é um fundo que aplica em ações setoriais de siderurgia e em alguns papeis da cadeia siderúrgica, de empresas de bens de capital. “É um fundo que foi beneficiado em 2020 pela revisão de preços em um momento de baixos estoques, o que ajudou também a reforçar a captação”, analisa Verana.

Otimista com a perspectiva de um cenário de recuperação de atividade e de demanda global e local, tanto para produtos de siderurgia quando para papel e celulose, Verana acredita que os dois fundos do BB se manterão bem performados. “Como empresas exportadoras, deverão ser favorecidas pelo dólar alto, com receitas mais atraentes.”

Ações de empresas setoriais são também o foco do Organon FIC FIA, um fundo que aparece bem situado no balanço do ano e dos últimos meses, apesar do tropeço de 5,85% em julho. Em sete meses do ano, o fundo acumula rentabilidade de 57,21% e nos últimos 12 meses, de 81,56%.

O fundo Organon FIC FIA é relativamente novo, começou a captação em janeiro, explica o gestor Raphael Maia, que diz escolher as ações com base em análise fundamentalista dentre as pequenas e médias empresas que tendem a apresentar melhor desempenho na bolsa de valores. O fundo é aberto à captação para investidores qualificados, com patrimônio acima de R$ 1 milhão, e cobra taxa de administração de 1,8% ao ano.

O brilho das small caps

Uma característica dos fundos de ações mais bem ranqueados é a presença na carteira de ações de empresas menores, as chamadas small caps, com boas perspectivas de faturamento e lucro. “A análise para a escolha está pouco ligada ao cenário macroeconômico, damos mais atenção ao aspecto específico do desempenho da empresa, às companhias com boas chances de performar e que oferecem o máximo de segurança.”

Estão nesse critério de escolha os vistosos resultados do fundo. “Os destaques que estiveram por trás da performance deste ano foram duas ações, as de Ferbasa, do setor de metalurgia, e de Santos Brasil, do setor de operação de contêineres”, conta Maia.

A aposta agora são as ações da Tupy, empresa em que o gestor prevê muita demanda por seus produtos, e da Marcopolo. “A Tupy vai se beneficiar de investimentos nos EUA por atuar muito na região do Nafta (North American Free Trade Agreement ou Acordo de Livre Comércio da América do Norte), grupo econômico que reúne EUA, Canadá e México.

O cenário macroeconômico, muitas vezes ignorado na análise dos gestores desses fundos em favor dos fundamentos das empresas, às vezes prega suas peças. Os juros futuros dispararam em julho, puxados por incertezas fiscais, e representaram um percalço no caminho do Organon, ao prejudicar o setor de propriedade em que o fundo estava alocado, com redução de cerca de 40% na locação.

Conheça os fundos e suas estratégias

Entenda pouco mais cada um dos fundos campeões no estudo elaborado por Vinicius Bastos, da SVN Investimentos.

Trígono Flagship 60 Small Caps FIC FIA

O fundo tem no comando gestores com mais de 30 anos de mercados nacional e internacional. O produto investe predominantemente em ações de empresas com valor de mercado entre R$ 2 bilhões e R$ 10 bilhões e/ou liquidez diária abaixo de R$ 10 milhões.

As maiores posições do portfólio estão em Ferro Ligas Bahia, Tupy, Schulz e São Martinho. A aplicação inicial é R$ 250, a taxa de administração, 2% ao ano, e a taxa de performance, 20% sobre o que ultrapassar o índice small caps (SMLL11).

Organon FIC FIA

Gestora nova, com destaque na rentabilidade, tem como objetivo a entrega de investimento focado em valor e concentração. A estratégia consiste em conhecimento mais aprofundado das empresas em que investem, com redução de riscos e aumento de retornos. As maiores alocações são Tupy, BR Properties, Marcopolo, Braskem, Pardini.

A taxa de administração é 1,8% ao ano e a de performance, 15% o que ultrapassar o IPCA mais 5% ao ano.

Trígono Delphos Income FIC FIA

Fundo tem foco em empresas geradoras de dividendos/juros sobre capital próprio ou nas que têm potencial para remunerar futuramente os acionistas. Investe também em ações que proporcionam ganhos de capital a longo prazo. Portfólio com posições de destaque em Ferro Ligas da Bahia, Companhia Energética de Brasília, Tupy e São Martinho.

Taxa de administração de 2% ao ano e a de performance, 20% do que superar o índice de dividendos (IDIV).

BB Ações Siderurgia FIC FI

Fundo setorial do Banco do Brasil que investe em papeis de empresas siderúrgicas e foi muito beneficiado pelo ciclo recente do minério de ferro. As principais alocações são Usiminas, Gerdau, Companhia Siderúrgica Nacional e Bradespar.

A taxa de administração é de 2% ao ano. Não é cobrada taxa de performance.

Tarpon FIC FIA

Gestora independente investe em ações com boa margem de segurança, valor agregado e descontado, tendo à frente uma equipe experiente de gestores que passaram por vários ciclos econômicos. Maiores alocações são Kepler Weber, Fras-le, Log-In e Wilson,sons.

Taxa de administração de 2% ao ano e taxa de performance de 20% sobre o que ultrapassar o Ibovespa.

Kadima Equities FIC FIA

Gestora que usa tecnologia avançada e pioneira de base de dados para a tomada de decisão, sob o ponto de vista matemático e racional. Portfólio tem maiores alocações em SLC Agrícola, ISA CTEEP, Unipar e Companhia Siderúrgica Nacional.

Taxa de administração: 2% ao ano e taxa de performance, 20% sobre o que ultrapassar o Ibovespa.

Sul América Selection FIA

A Sul América é uma seguradora/gestora que usa esse fundo para investir seus recursos em carteira concentrada de ações por meio de gestão ativa, baseada em análises fundamentalistas. Maiores posições em Blau Farmacêutica, PetroRio, Grupo Vamos e Usiminas.

Taxa de administração de 2% ao ano e a de performance, 20% acima do IVBX2

Zenith FIC FIA

É um fundo que atua de duas formas, fluxo de caixa e fundamentalista, pelo uso de dois fundos, o Vitória Régia e o Hayp. Na operação de fluxo, as trocas de ações são mais frequentes e, na parte fundamentalista, estão papeis de empresas como GPA, Positivo, Sendas Distribuidora e Technos.

Taxa de administração de 2% ao ano e taxa de performance, de 20% do que ultrapassar o Ibovespa.

BB Ações Exportação FIC FIA

Fundo do Banco do Brasil tem uma gestão ativa em ações que se beneficiam de atividades de exportação, a partir de uma análise fundamentalista. Atualmente o fundo está concentrado em setores de siderurgia e alimentos, em ações como as de Companhia Siderúrgica Nacional, Vale, JBS e Ambev.

Taxa de administração de 2% ao ano, sem taxa de performance.

Itaú Index Ações Estratégia S&P 500 FIC FI

É um fundo que oferece uma gestão passiva, com exposição ao índice S&P500, sem variação cambial. Esse índice é considerado o melhor indicador do mercado acionário mundial.

Taxa de administração de 2% ao ano.

Sobre o autor
Tom Morooka
Colaborador do Portal Mais Retorno.

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