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Dia dos Namorados Mercado Financeiro
Finanças Pessoais

Esqueça a flor e o chocolate, há quem defenda ativos financeiros como presente do Dia dos Namorados

Especialistas afirmam que, para cada objetivo do casal, um ativo financeiro faz mais sentido

Data de publicação:10/06/2022 às 05:00 -
Atualizado um ano atrás
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Pode não ser romântico como uma flor ou perfume, nem tão saboroso como um chocolate, mas há quem defenda que ativos financeiros são uma tacada certeira para presentear no Dia dos Namorados.

Para profissionais do mercado, produtos de investimento podem incentivar bons hábitos de educação financeira entre o casal e, além disso, ajudar na construção de um patrimônio que será destinado a realização de alguns sonhos - como uma viagem internacional, a compra de um bem ou os planos de montar uma família.

dia dos namorados mercado financeiro
Ativos do mercado financeiro como presente no Dia dos Namorados é opção defendida por especialistas | Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Pensando nisso, a Mais Retorno conversou com especialistas de diferentes áreas do mercado para entender quais tipos de investimentos são os mais recomendados para cinco diferentes objetivos que um casal pode ter e que podem servir como um presente diferente e inovador neste Dia dos Namorados. O resultado, está abaixo.

Concentre o amor, mas diversifique a carteira

Matheus Lacerda, da mesa de alta renda da CM Capital, destaca que, antes de pensar em um ativo para dar de presente para o parceiro, é necessário ter em mente que a economia é cíclica e, assim, cada setor tende a se beneficiar em cenários diferentes. "Por isso, é muito importante uma carteira de investimentos diversificada", destaca o analista.

Ele pontua que a escolha dos ativos na carteira deve ser feita com base no que o investidor acredita e em seu perfil de tolerância a riscos. Tão importante quanto isso, porém, é ter claro qual a finalidade de cada investimento. "Os ativos devem ser sustentáveis não só no curto prazo, mas principalmente no longo. Precisamos nos perguntar se aquela filosofia do investimento que faz sentido hoje, fará sentido em um prazo maior", explica.

Dessa forma, para escolher um ativo, é essencial saber antes qual o objetivo a ser alcançado com aquele investimento. Só a partir daí, e quando os objetivos estiverem divididos entre curto, médio e longo prazo, é que se olha para os outros pontos mais importantes a serem analisados pelo investidor: a rentabilidade, a volatilidade e a liquidez.

Um CDB por uma viagem romântica

Uma das opções que pode ter o prazo mais curto e o menor custo para ser realizada é uma viagem internacional do casal, já previamente planejada. De acordo com Luciano França, gestor e sócio da Avantgarde Asset (gestora de ações focada em ativos de longo prazo), a escolha de um ativo financeiro pensando em esse tipo de viagem deve atender a uma perspectiva mais conservadora de investimento.

"A realização de uma viagem dos sonhos é um objetivo que pode ser mais de curto prazo", afirma o especialista. Por isso, na hora de investir é necessário correr o mínimo de risco possível. Afinal, se os planos são para um passeio que pode ocorrer nos próximos seis a 12 meses, a pessoa não pode correr o risco de perder dinheiro, trazendo a possibilidade de que a viagem não aconteça da forma como foi pensada.

França considera que, nesta situação, um ativo que pode funcionar como um bom presente é o dólar. "Você já acerta aquilo que vai levar e dolariza o montante, pensando em uma viagem internacional", sem correr o risco de perder para a valorização da moeda americana - que é a principal divisa global da atualidade - para o real.

Em contrapartida, Lacerda, da CM Capital, comenta que, caso a viagem ainda não tenha uma data definida e seja pensada mais para o longo prazo, faz sentido escolher um ativo um pouco mais volátil, como uma ação, que apresenta um potencial maior de valorização com o passar do tempo. Ele diz que, caso haja uma desvalorização do produto, o máximo que poderia acontecer seria um adiamento da viagem.

Sobre quais ações são uma boa alternativa para uma viagem nesse estilo, Lacerda destaca aqueles setores que fazem parte do dia a dia da população e têm um peso importante na economia. "Empresas do segmento financeiro, commodities e utilities (como energia elétrica) estão muito presentes em nossa realidade e vamos depender cada vez mais destes setores. Por que não tirar um bom proveito deste crescimento?", pontua.

Compra de um carro

França considera que, para a aquisição de um bem como um carro, o investidor ainda precisa manter uma postura um pouco mais conservadora - já que é necessário um valor específico para a compra -, mas também é possível incluir um pouco mais de volatilidade a depender do prazo daquele objetivo.

Se for algo que ainda vai demorar um pouco, os fundos de investimento mais consolidados podem ser uma boa opção. No entanto, se o planejamento demandar um período de tempo menor, o especialista afirma que as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) são uma escolha inteligente para presentear alguém no Dia dos Namorados.

Esses títulos da renda fixa podem ter rentabilidade atrelada a algum indicador econômico, como o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ou até serem pré-fixados, oferecendo um retorno ainda mais previsível. Além disso, são ativos que contam com a isenção do Imposto de Renda.

Entrada em um imóvel

Para a entrada em um imóvel, Daniele Akamine, advogada especialista em crédito imobiliário, afirma que a melhor opção é investir em títulos do Tesouro Direto, com destaque para o Tesouro Selic, que tem sua rentabilidade atrelada à taxa básica de juros da economia brasileira.

Daniele explica que, como os juros estão altos, faz sentido ter um ativo que ofereça um bom retorno para o investidor e, passado o ciclo de aperto monetário, o casal pode usar o valor investido mais os rendimentos para dar entrada na casa ou apartamento de sua escolha, sem sentir o impacto da Selic elevada nos processos de financiamento.

"Importante lembrar que o Tesouro Direto é uma alternativa para a poupança, é um investimento seguro, logo atrativo. Outro ponto positivo é liquidez", comenta a advogada.

Casamento

Para escolher um investimento pensando no casamento, assim como no caso da viagem internacional, é importante entender qual o prazo para a realização de tal objetivo.

Se o casamento já tem uma data definida e envolve um planejamento mais no curto prazo, Matheus Lacerda afirma que o investidor precisa de mais previsibilidade com o dinheiro e, por isso, seria interessante ter um montante investido em algum ativo da renda fixa.

"Seria muito triste estar muito exposto a oscilações negativas em renda variável em uma data próxima ao evento. Planos como este requerem uma maior preservação de capital", afirma o analista. Para isso, os Certificados de Depósito Bancários (CDBs) indexados à inflação aparecem como uma boa oportunidade, já que preservam o patrimônio de quem tem aquele ativo.

Já se a o casamento é um plano mais de médio prazo, com uma previsão de realização entre três e cinco anos, Luciano França pontua que é possível escolher um produto mais arrojado.

"Um fundo sistemático de ações, por exemplo, pode ser uma boa opção. É um produto de investimento que tem um viés de maturação mais longa. Assim, ele pode passar por um ou dois anos de um período de 'vacas magras', mas dentro desse horizonte de investimentos de quatro ou cinco anos faz sentido porque tendem a entregar uma rentabilidade maior."

Luciano França

Planos para montar uma família no Dia dos Namorados

De todos os objetivos colocados nesta matéria, este é, com certeza, o que conta com o maior prazo. Mesmo que o casal já tenha filhos, montar uma família exige gastos que duram toda a vida e, por isso, os especialistas concordam que os investimentos de longo prazo são a melhor opção.

Se o objetivo é dar um ativo de Dia dos Namorados que tem como meta auxiliar no sonho de montar uma família, algumas possibilidades são as mais recomendadas:

O que priorizar neste Dia dos Namorados?

Rodrigo Simões, especialista em Finanças e Economia e professor da FAC-SP, afirma que, embora todos os objetivos que um casal possa ter são possíveis. No entanto, quando o foco é escolher um ativo para presentear alguém neste Dia dos Namorados com o foco na realização de um sonho, algumas metas podem ser mais palpáveis do que outras no atual contexto macroeconômico.

O especialista explica que, para quem está na dúvida sobre qual objetivo realizar primeiro, há uma ordem daqueles que são mais fáceis de serem negociados no curto prazo.

No primeiro lugar dessa lista, entram as festas de casamento. Simões destaca que a pandemia penalizou os buffets e outras empresas envolvidas nesse tipo de cerimônias e, por isso, elas são mais propensas a aceitar outras propostas de investimentos na hora de decidir os detalhes da festa.

Continuando com os possíveis objetivos de um casal, o professor comenta que investir pensando em uma viagem também é uma boa opção, principalmente para aqueles que conseguem desprender um pouco mais de dinheiro para esse sonho, sem sentir falta nas contas do fim do mês. Apesar das passagens aéreas estarem bastante caras por conta do preço da querosene, a viagem tende a ser um objetivo de mais curto prazo e com menos custo.

Em relação aos investimentos que visam constituir uma família, Simões pontua que eles são uma boa opção porque, por terem prazos mais longos, podem ser feito pequenos aportes no decorrer do tempo. Além disso, o professor ressalta que parte desse dinheiro pode ser utilizado para montar uma reserva de emergência.

Já sobre a aquisição de bens, como imóveis e carros, o especialista diz que, se esse for um objetivo que pode esperar um pouco, a melhor alternativa é aguardar até que as taxas de juros no Brasil caíam novamente e voltem, pelo menos, até um patamar neutro, de cerca de 6,5% ao ano, para que os financiamentos não fiquem tão pesados no bolso do consumidor.

Casal que investe junto permanece junto

Caio Mendes trabalha com contabilidade, já estuda sobre investimentos há cerca de três anos e namora com Fernanda Moura há seis. Juntos, eles - que foram morar juntos recentemente - investem pensando em alguns objetivos.

Ele conta que, antes de começar a ter contato com educação financeira e pensar em investir, sua namorada tinha o hábito de deixar o dinheiro aplicado na poupança. Conforme ele foi aprendendo, passou a compartilhar com ela suas ideias e hoje eles buscam diversificar suas opções, afim de obter uma proteção do patrimônio e tentar alavancar os resultados.

Atualmente, o casal separa uma quantia todos os meses para investir. Parte desse montante fica alocado em algum investimento de baixo risco e com liquidez diário, como títulos atrelados ao CDI. Mendes explica que, conforme essa quantia vai rendendo, eles vão retirando para pagar o que ainda falta do apartamento que compraram.

A outra parte é destinada para todos os planos futuros do casal e, para isso, eles diversificam suas opções. Se planejam uma viagem no curto prazo, por exemplo, colocam um pouco dinheiro em algum título do Tesouro com alta liquidez. Para os próximos meses e anos, Mendes pontua que um dos objetivos que compartilha com Fernanda é continuar investindo e otimizando, cada vez mais, sua carteira para realizar seus sonhos e objetivos.

Planejamento financeiro não apenas no Dia dos Namorados

Nem tudo são flores nos relacionamentos e, de acordo com um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 57% dos divórcios realizados no Brasil na última década foram motivados por problemas financeiros. Para evitar esses desgastes, Luiz Gustavo Stachowoski, consultor financeiro da fintech Leve, considera que é necessário que o casal converse abertamente sobre dinheiro.

"O planejamento financeiro é tão importante na vida a dois quanto na vida individual. São contas maiores, sonhos a dois, compromissos que antes não existiam. Hoje em dia, tudo envolve dinheiro e sem ele fica difícil se preparar para o futuro, realizar sonhos de longo prazo, e até mesmo se proteger de imprevistos, que sabemos que acontecem mais do que gostaríamos".

Luiz Gustavo Stachowoski

Para esse planejamento financeiro, que envolve os investimentos para a realização de qualquer objetivo e deve ser feito pensando para além do Dia dos Namorados, o consultor lista sete pontos essenciais na relação do casal:

  1. Conversar sobre o dinheiro;
  2. Combinar a divisão das despesas;
  3. Definir, com transparência, qual será o valor destinado para os gastos individuais;
  4. Manter o controle sobre a receita e os gastos do casal;
  5. Construir uma reserva de emergência;
  6. Definir sonhos e objetivos e traçar metas necessárias para alcança-los;
  7. Participar das decisões financeiras em conjunto, com equilíbrio e transparência.

"O importante é começar com a conversa. A partir dela, entender quais objetivos do casal e qual o padrão de vida que conseguem se proporcionar. A organização das receitas e despesas deve ser feita pelos dois com muita proximidade", finaliza o especialista.

Sobre o autor
Bruna Miato
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