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Fundos de Investimentos

Conheça dois fundos de crédito privado que chegam a pagar de 145% a 153% do CDI, em 12 meses

Mesmo em 2022 ou em períodos mais longos, os dois fundos batem com folga o CDI

Data de publicação:06/06/2022 às 01:13 -
Atualizado 2 anos atrás
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Além da alta dos juros, os títulos de crédito privado têm dado reforço adicional à rentabilidade dos fundos de renda fixa com o portfólio alocado nesses papeis. Dois desses fundos têm conseguido pagar muito acima do CDI, a remuneção chega a algo equivalente entre 145% e 153% do CDI, em 12 meses.

O chamado prêmio ou a parcela de juro além do CDI, embutido nos títulos, dá robustez à atratividade dessa classe de ativos. Fundos, ademais, já contemplados por taxas em níveis elevados e com a perspectiva de que a Selic, de 12,75% ao ano, continue subindo.

crédito privado
Fundos de crédito privado pagam mais para compensar grau de risco mais elevado e menos liquidez - Foto: Reprodução

Pelo perfil da carteira, formada por títulos de emissão privada, são fundos com menos liquidez e que embutem risco maior em relação aos fundos de renda fixa que investem apenas em títulos públicos.

Em compensação, os produtos com as carteiras privadas costumam levar vantagem em rentabilidade sobre os portfólios com papeis emitidos pelo Tesouro Nacional, na avaliação de especialistas.

Dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) apontam que o índice IDA-DI, que acompanha o desempenho de títulos indexados ao CDI emitidos por empresas, acumulou uma rentabilidade de 9,09%, em 12 meses, até março.

O indicador equivalente para os títulos públicos, o IMA-S, que reflete o comportamento de títulos atrelados à Selic, acumulou valorização de 6,99%, menos que a do IDA-DI em igual tempo. Ambos, contudo, ficaram acima da variação do CDI no período, em torno de 6,45%.

Carteira com mais risco e menos liquidez

Como compensação à menor liquidez – menos facilidade com que o gestor vende os papeis para pagar ao cotista que pede o resgate – e ao risco maior de crédito – o de o emissor do papel eventualmente não honrar o resgate no vencimento -, os fundos de crédito privado costumam acenar com um retorno superior ao de seus pares com títulos públicos.

Por essas características, são produtos que exigem uma gestão de caixa mais conservadora. Um cuidado que para boa parte dos gestores remete à escolha de títulos high grade, de baixo risco, atrelada ao CDI, na carteira.

Estratégias de gestão

A rentabilidade dos fundos de crédito privado espelha também as diferentes estratégias de investimento adotadas pelos gestores.

Os três gráficos abaixo foram gerados no 'Comparador de Ativos' da Mais Retorno. Nesse que vai a seguir os dados refletem o desempenho de dois fundos que costumam ficar bem posicionados em ranking desse tipo de fundos, no período de três anos e meio, de 17 de dezembro de 2018 a 31 de maio de 2022.

O campeão é ao ARX Everest FIC FIRF CP, da ARX Investimentos, que vence não só o CDI mas também a inflação do período. O CA Indosuez Vitesse supera o CDI no mesmo intervalo de tempo, mas não a inflação.

crédito privado fundos
Fonte: Comparador de ativos da Mais Retorno

O ARX Everest FIRF CP aloca o portfólio em títulos classificados como high grade. Mas não deixa de ser a carteira mais apimentada da gestora, segundo o gestor do produto, Pierre Jadoul.

Ele explica que o rendimento é atrelado ao CDI e, quando o indexador do ativo for o IPCA, busca proteção em derivativos. Uma das estratégias de gestão consiste em abrir mão de liquidez, a troca por ativos menos líquidos, mas mais rentáveis, em carteira. “Sempre em busca de melhor retorno para o cotista, sem necessariamente correr mais risco de crédito.”

Papeis de liquidez mais baixa, como os Fidcs, embutem prêmio mais atraente que os ativos mais líquidos, como CDBs e debêntures, explica o gestor. A liquidez do fundo é 60 dias, tempo que o cotista leva para ter o dinheiro em mão após o pedido de resgate.

Rendimento em 2022

Levantamento no banco de dados da Mais Retorno aponta que o campeão em 2022 até maio é o CA Indosuez Vitesse, com valorização de 5,69%, o que corresponde a 131% do CDI, de 4,36%, no mesmo período.

Já o ARX Everest acumula um rendimento de 5,39% no ano, ou “o equivalente a cerca de 124% do CDI. Ambos, no entanto, superam a inflação medida pelo IPCA, de janeiro a maio, de 4,91%.

A rentabilidade nominal dos fundos de crédito privado tende a crescer ligeiramente ainda, à medida que a Selic ficar mais elevada, mas o spread (diferença) acima do CDI pode encolher, acredita Jadoul.

crédito privado fundos campeões
Fonte: Comparador de Ativos da Mais Retorno

O CA Indosuez Vitesse FIRF CP tem sua performance obtida com títulos de baixo risco e boa qualidade.

“A estratégia é rentabilizar os cotistas com uma carteira formada por títulos high grade”, afirma o responsável pela área de investimentos da gestora, Fábio Passos.

Com a maior parte dos títulos em carteira indexada ao CDI, “a proposta do fundo é oferecer de modo consistente uma rentabilidade em torno de 110% a 115% do CDI”, diz Passos.

Rendimento em 12 meses

No período de 12 meses, o CA Indosuez Vitesse também apresenta o melhor resultado, de 12,11%, rendimento que equivaele a algo em torno de 153% do CDI, de 7,92%. Nesse mesmo intervalo de tempo, o fundo supera a inflação acumulada, de 11,84%.

A rentabilidade do ARX Everest foi de 11,52%, ou cerca de 145% do CDI do período. O fundo tem pequena perda em relação à inflação.

crédito privado fundos

No CA Indosuez Vitesse, à frente de uma equipe que diz ter uma gestão ativa e arrojada, Passos afirma que a equipe mira papeis indexados ao CDI, mas com ampla flexibilidade de análise e escolha.

“Pela liberdade de gestão que tem, a equipe olha e acompanha outros ativos. Um trabalho seguido de uma análise sobre os melhores títulos de mercado para a carteira", afirma o gestor.

São essas escolhas, por uma equipe craque em análise e experiente em gestão sólida, que fazem a diferença e dão atratividade a esse produto para o investidor final, destaca Passos. A liquidez do fundo é de 30 dias.

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Sobre o autor
Tom Morooka
Colaborador do Portal Mais Retorno.

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