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Fundos de Investimentos

Com resgates acima de 75% do patrimônio, Captalys fecha fundo Orion para novas aplicações

Clientes insatisfeitos com cota negativa sacaram cerca de R$ 1,2 bilhão do fundo em setembro

Data de publicação:06/10/2022 às 05:00 -
Atualizado 2 anos atrás
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A gestora Captalys fechou o fundo Captalys Orion para novas captações após receber pedidos de resgate em valor total próximo de 75%, ou R$ 1,2 bilhão, do patrimônio líquido. Um movimento que levou a acentuada queda no valor das cotas na última semana de setembro.

As novas aplicações estão suspensas desde segunda-feira, 3, e não há prazo previsto para a reabertura.

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Captalys comunica a cotistas que objetivo é assegurar retorno integral do capital - Foto: Reprodução

Em comunicado enviado aos cotistas, a gestora informa que Margot Greenman, presidente da Captalys, se dedicará a partir de agora exclusivamente ao apoio à gestão do fundo, “com o objetivo de assegurar o retorno integral de capital aos cotistas”.

O administrador do fundo, Santander Caceis Brasil, afirma em nota divulgada na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que a decisão da gestora não altera o regulamento nem o direito de resgate dos cotistas.

O fundo aceita pedidos de resgate apenas quatro vezes no ano, com pagamento ao cotista quatro meses depois da solicitação. Uma trava que visa à proteção do passivo e mantê-lo adequado aos prazos dos títulos, já que a carteira é formada apenas por ativos ilíquidos. Outra condição é que o valor total das solicitações não ultrapasse 20% do patrimônio por cotista.

O Orion segue diversas estratégias de investimento, com uma carteira diversificada de ativos de crédito privado, como crédito direto ao consumidor, imobiliário, consignado, crédito para pequenas e médias empresas, além de antecipação de recebíveis de setor imobiliário.

A insatisfação dos cotistas com o Orion começou com a primeira cota negativa da história do fundo. Foi em setembro, impactada pela marcação a mercado dos ativos concentrada nesse mês.

A gestora Margot atribuiu o resultado negativo, na época, à reprecificação no mercado secundário dos ativos que remuneram com taxas prefixadas. São títulos que sofrem com a alta dos juros, porque, com taxas menores de emissão, perdem valor na atualização diária do mercado.

O retorno negativo entre 3% e 4% em setembro, até o dia 22, segundo a gestora, reforçou a insatisfação, já que o resultado impactou diretamente o valor que chegaria aos cotistas que pediram o resgate em março.

A marcação a mercado redundou na variação negativa das cotas em setembro porque concentrou a reprecificação dos ativos que sofreram, direta e indiretamente, com a elevação da Selic.

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