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Bolsa fundo feeder
Mercado Financeiro

Bolsa sobe 1,30% na semana, ajudada por commodities, dólar recua 0,39%

Alta do minério de ferro na China ajudou valorização do IBovespa de 2,17% nesta sexta-feira

Data de publicação:09/09/2022 às 17:52 -
Atualizado 2 anos atrás
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Em semana mais curta pelo feriado de 7 de Setembro, a Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, fecha com uma valorização de 1,30% na semana em nível acima dos 112 mil pontos (112.300). No mesmo período, o dólar apresentou queda de 0,39%.

Nesta sexta-feira, a Bolsa viveu um dia inteiro de alta, embalada pela valorização do minério de ferro na China, o que favoreceu as ações de Vale, que dispararam e fecharam com alta de 7,81%. A divulgação de inflação negativa em agosto, de 0,36% também contribuiu para animar os negócios: o Ibovespa fechou o dia com alta de 2,17%. Já o dólar, em sentido contrário, fechou com queda de 1,13%, cotado a R$ 5,15.

bolsa
Foto: Reprodução

Em relação ao dia na B3, Rodrigo Azevedo, economista e sócio-fundador da GT Capital, explica que "o mercado brasileiro já abriu o dia em alta acompanhando o movimento vindo do exterior. Como principal destaque deste alta, temos as ações da Vale, refletindo a puxada para cima no preço do minério de ferro, que atingiu o maior patamar em duas semanas. Isso porque os novos estímulos do governo chinês anunciados para apoiar a economia animaram os mercados".

Para Azevedo, a deflação registrada em agosto, que veio levemente abaixo da expectativa de mercado, ainda é consequência das medidas do governo de redução da cobrança de ICMS (imposto estadual) sobre combustíveis, energia, transporte e telecomunicações. "Então, o que vemos é um alívio temporário da inflação".

O economista afirma que as expectativas para setembro ainda são de deflação. No entanto, ele ressalta que "o mercado segue atento aos últimos três meses do ano em que os efeitos dos cortes de tributos e movimento recente do preço dos combustíveis já deve ter passado".

E mesmo com cenário de deflação, o Banco Central deve manter a taxa de juros altas por mais tempo ainda, uma vez que os efeitos da política monetária ainda são lentos, pontua Azevedo.

Entre as maiores altas do pregão, o destaque foram os papeis de Americanas (+8,79). Já os de frigoríficos pelo segundo dia seguido estão entre as maiores quedas depois das notícias de novo surto de gripe aviária nos Estados Unidos: BRF caiu 2,18%, e Minerva Foods, 1,31%.

Bolsas internacionais

Lá fora, as bolsas americanas continuam reagindo ao discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, feita na quinta-feira, 8. Segundo a especialista em renda variável da Blue3, Letícia Sanches, o recado foi o de que o Fed está "fortemente comprometido em controlar a inflação local, o que leva a incerteza por parte do mercado quanto ao peso do próximo aumento de juros na economia americana".

A expectativa é a de que o ajuste venha entre 0,50 e 075% ponto porcentual, mas os efeitos sobre a economia deverão ser sentidos apenas no médio e longo prazos, fato que movimentou o pregão de forma positiva nesta sexta-feira.

Dow Jones fechou com alta de 1,19%; Nasdaq, de 2,11%, e S&P 500, de 1,53%.

Na Europa, as principais bolsas fecharam em alta. No dia anteiros, o Banco Central Europeu aumentou os juros 0,75 ponto porcentual, fato que poderia ser negativo para a bolsa, ressalta Letícia, no entanto, o mercado passou a olhar o favorecimento que a alta dos juros pode trazer aos setor bancário.

Sobre o autor
Regina Pitoscia
Editora do Portal Mais Retorno.