Bolsa opera em baixa no primeiro pregão do ano; dólar avança
Confira os movimentos do pregão desta segunda-feira, 03
A Bolsa de Valores opera com bastante volatilidade nesta segunda-feira, 03, primeiro pregão de 2022, acompanhando os mercados internacionais e pressionada pela alta dos juros futuros. Às 15h50, o Ibovespa registrava queda de 0,55%, aos 104.248 pontos, depois de abrir e operar em terreno positivo nas primeiras horas desta manhã. No mesmo horário, o dólar avançava 1,45%, negociado a R$ 5,66.
De acordo com análise do BTG Pactual Digital, no radar dos investidores seguem as expectativas em relação ao aumento das taxas de juros pelo mundo neste ano, inclusive nos Estados Unidos - o que pode beneficiar os títulos públicos americanos, considerados os títulos mais seguros do mundo, levando a uma redução nos investimentos em ativos de risco.
O mercado também permanece atento às novas notícias sobre a ômicron, a variante do coronavírus. Até aqui, o que se sabe sobre esta cepa é que seu nível de transmissão é mais alto do que as cepas anteriores, mas a variante apresenta um risco menor de casos graves e mortes.
A alta dos juros futuros, refletindo expectativas de aperto monetário por aqui e também nos EUA. Juros mais altos afetam as bolsas pela concorrência da renda fixa, que se torna mais atrativa, e por tornar o crédito mais caro, prejudicando o crescimento das empresas e o consumo.
Cenário doméstico: projeções macroeconômicas
Por aqui, os investidores repercutem a divulgação do primeiro Relatório Focus do ano, reunindo as projeções de dezenas de economistas do mercado ouvidos pelo Banco Central (BC) para a economia brasileira. As expectativas para a inflação em 2022 são de mais um ano com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acima do teto da meta do BC, de 5%. A mediana das projeções aponta para um IPCA de 5,03% ao fim do ano.
Já as expectativas para a Selic, taxa básica de juros, são de 11,50% ao ano para 2022, ante 11,25% há quatro semanas. Os especialistas esperam que a taxa caía para o patamar de 8% ao ano em 2023 e para 7% ao ano em 2024. As projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro neste ano continuam em queda, passando de um avanço de 0,42% há sete dias para uma alta menos expressiva, de 0,36%, nesta semana.
Com as estimativas apresentadas pelo Focus, as empresas varejistas - as mais ligadas ao consumo doméstico e, consequentemente, as mais impactadas por um baixo crescimento enquanto a inflação e os juros sobem - apresentam as maiores quedas do dia na Bolsa. Já os bancos e as empresas ligadas às commodities registraram as maiores altas do dia.
Sobe e desce na Bolsa
Maiores altas da Bolsa
Empresa | Código | Variação |
Itaú Unibanco | ITUB4 | +3,08% |
Bradesco | BBDC4 | +2,55% |
Bradesco | BBDC3 | +2,47% |
Petrobras | PETR3 | +2,41% |
Santander | SANB11 | +2,17% |
Maiores baixas da Bolsa
Empresa | Código | Variação |
JHSF | JHSF3 | -6,27% |
Cyrella | CYRE3 | -6,15% |
Alpargatas | ALPA3 | -5,97% |
EZTC Construtora | EZTC3 | -5,72% |
Meliuz | CASH3 | -5,56% |
Mercados internacionais
Estados Unidos
Às 16h, os principais índices americanos registravam as variações a seguir:
- S&P 500: alta de 0,40%
- Dow Jones: alta de 0,39%
- Nasdaq 100: queda de 1,73%
Europa
Às 16h, os principais índices europeus registravam as variações a seguir:
- Stoxx 600: alta de 050%
- FTSE 100 (Londres): baixa de 0,25%
- DAX (Frankfurt): alta de 0,86%%
- CAC 40 (Paris): alta de 0,90%
- PSI 20 (Lisboa): alta de 1,23%
- Ibex 35 (Madrid): alta de 0,54%