Bolsa fecha em queda de 0,47% com exterior e dólar sobe 1,46%, aos R$ 5,16
Investidores iniciaram movimento de realização de lucros após sete pregões em alta
A Bolsa de Valores do Brasil, a B3, tinha tudo para viver mais um dia de alta nesta quinta-feira,11: abriu com forte valorização, avançou além dos 111 mil pontos, sustentada por Vale e reação positiva dos mercados intenacionais no começo do dia. Mas houve realização de lucros após sete pregões em alta, e o Ibovespa fechou em queda de 0,47%, aos 109.717 pontos. Já o dólar avançou 1,46%, cotado a R$ 5,16.
Últimos dados divulgados da economia dos Estados Unidos mostram uma certa retração da atividade, com o índice de preços ao consumidor abaixo das expectativas de mercado e alta no pedido de auxílio-desemprego. Se há um desaquecimento econômico, o Fed (Federal Reserve, banco central americano), não tem lá necessidade de carregar a mão para novos ajustes dos juros americanos.
Essa percepção permitiu uma reação positiva dos mercados nesta quinta-feira, as bolsas asiáticas fecharam em alta, e também alguns dos principais mercados da Europa.
No entanto, esse ânimo não conseguiu segurar o mercado por muito tempo: embora já esteja em condições de acomodar-se, a inflação americana ainda está em nível muito elevado e dirigentes do Fed não têm poupado discursos em torno de manutenção do aperto monetário com novas elevações dos juros. Isso afetou as bolsas americanas que foram encolhendo a valorização e até fechando em queda.
Dow Jones fechou quase na estabilidade, com alta de 0,082%; S&P 500, com queda de 0,071%, e Nasdaq, com queda de 0,58%.
Por aqui, após sete pregões consecutivos em alta, os investidores iniciaram um movimento de realização de lucros, embolsando ganhos, e com essa virada lá fora, a Bolsa não encontrou mais forças para retomar o caminho de alta.
A valorização das ações da Vale conseguiram amenizar um pouco a queda. Os papeis da mineradora fecharam com alta de 3,48%, sustentados pela alta do minério de ferro. Já a outra gigante de commodities, a Petrobras, fechou no vermelho, com queda de 2,32%.
Balanços corporativos refletem na bolsa
As ações da construtora MVR fecharam entre as maiores quedas, de 11%, após a divulgação de resultados fracos no balanço do 2º trimestre do ano, com redução das margens, afetados pela inflação e demora no repasse do aumento de custos.
A maior queda do dia, de 12,65%, ficou com os papeis da BRF, após anunciar prejuízo líquido de R$ 451 milhões em seu balanço trimestral.