Bolsa fecha em queda de 0,24% com cautela redobrada com cenário local; dólar cai a R$ 5,65
Na contramão das principais praças financeiras internacionais, a Bolsa de Valores brasileira, a B3, fechou em baixa de 0,24%, aos 105.244 pontos, nesta quarta-feira, 22, pela…
Na contramão das principais praças financeiras internacionais, a Bolsa de Valores brasileira, a B3, fechou em baixa de 0,24%, aos 105.244 pontos, nesta quarta-feira, 22, pela cautela redobrada dos investidores locais em relação ao Orçamento aprovado pelo Congresso que, para fechar as contas, precisaria de um crescimento do País acima de 2%. Um número distante da realidade do País. Junto como a questão fiscal a inflação e juros em alta também preocupam.
O mercado de ações também foi impactado pela desvalorização das empresas ligadas ao minério de ferro. A commodity voltou a cair neste pregão, após quatro dias de altas consecutivas.
Especialistas esperam que o minério ainda deve enfrentar muita volatilidade em 2022 em decorrência das incertezas sobre a atividade econômica global. Neste contexto, a Vale, que é a empresa com mais peso na composição do Ibovespa, cerca de 14%, recuou 0,52% no pregão da Bolsa. Enquanto isso, as siderúrgicas CSN, Usiminas e Gerdau registraram queda de 0,32%, 1,46% e 0,94%, respectivamente.
O dólar também fechou em queda, com variação negativa de 1,58%, cotado a R$ 5,65. A melhora nas perspectivas em relação à economia americana contribuíram para um maior apetite por risco nos mercados, o que derrubou o preço da moeda americana.
PIB dos Estados Unidos
Mais cedo, o Escritório Federal de Análise Econômica (BEA, na sigla em inglês), divulgou o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA do terceiro trimestre revisado, que cresceu 2,3% na taxa anualizada, enquanto os analistas esperavam uma alta menos expressiva, de 2,1%. Embora acima das expectativas, os números refletem uma desaceleração da economia americana, que no segundo trimestre registrou um crescimento de 6,7% no PIB, mas isso não desanimou os investidores.
Além disso, de acordo com Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora, também contribuiu para o bom-humor do mercado novas falas do presidente americano Joe Biden, que anunciou um novo plano para combater o avanço da ômicron, a variante mais recente do coronavírus, e voltou a descartar a adoção de um lockdown no país.
Cenário interno
No Brasil, os investidores passaram o dia analisando a aprovação do Orçamento de 2022 pela Câmara e pelo Senado. Entre os pontos mais controversos do texto, o relatório definiu o fundo eleitoral do próximo ano em R$ 4,9 bilhões e incluiu a previsão de R$ 1,7 bilhão para aumento dos salários de policiais federais, uma das principais bases de apoio do presidente Jair Bolsonaro.
Também está no radar dos investidores a divulgação do IPCA-15 de dezembro, considerado a prévia oficial da inflação, que acontece nesta quinta-feira, no último pregão da semana. "A expectativa do mercado é para uma alta de 0,80% na passagem de novembro para dezembro, encerrando o ano em 10,45%", comenta Ribeiro.
Sobe e desce na Bolsa
As maiores altas da Bolsa no dia
Empresa | Código | Variação |
Getnet | GETT11 | 23,40% |
Banco Pan | BPAN4 | 8,32% |
Méliuz | CASH3 | 6,77% |
Grupo Soma | SOMA3 | 3,08% |
BTG Pactual | BPAC11 | 2,57% |
As maiores baixas da Bolsa no dia
Empresa | Código | Variação |
Rede D'Or | RDOR3 | -5,67% |
Magazine Luiza | MGLU3 | -4,05% |
Grupo Natura | NTCO3 | -4,02% |
Hapvida | HAPV3 | -3,24% |
Cogna | COGN3 | -3,15% |
Fechamento das bolsas no exterior
Estados Unidos
- S&P 500: alta de 1,02%
- Dow Jones: alta de 0,74%
- Nasdaq 100: alta de 1,21%
Europa
- Stoxx 600: alta de 0,77%
- FTSE 100 (Londres): alta de 0,61%
- DAX (Frankfurt): alta de 0,95%
- CAC 40 (Paris): alta de 1,24%
- PSI 20 (Lisboa): alta de 0,15%
- Ibex 35 (Madrid): alta de 0,85%