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Mercado Financeiro

Bolsa cai 2,67% na semana com inflação e exterior; dólar sobe 1,07%

Inflação mais alta pode levar a ajuste mais rigoroso dos juros e por mais tempo

Data de publicação:08/04/2022 às 18:08 -
Atualizado 2 anos atrás
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A Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, fechou a sexta-feira com queda de 0,45% aos 118.322 pontos. Com esse resultado, na semana o Ibovespa acumulou perda de 2,67%. O dólar também fechou o dia com recuo de 0,67% cotado a R$ 4,71, e na semana o desempenho da moeda foi positivo em 1,07%.

O que mais mexeu com a Bolsa nesta sexta-feira foi a divulgação do IPCA de março, que ficou em 1,62%, acima das expectativas e o maior em 28 anos. Especialistas faziam a aposta máxima em um avanço de 1,3% para a inflação do mês. Em 12 meses, a alta acumulada dos preços pelo índice está em 11,30%.

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Dólar continuou em queda com entrada de capital entrangeiro atrás dos juros altos - Foto: Reprodução

Dennis Esteves, especialista em Renda Variável da Blue3 destaca que uma inflação acima das expectativas levou a um aumento dos juros futuros, "as curvas de juros abriram reprecificando o próximo aumento da Selic, principalmente os vértices de 2025 que abriram 2%, enquanto a Bolsa oscilou entre o positivo e negativo".

Quanto mais alta se mostrar a inflação, maior tende a ser o ajuste do juro básico da economia pelo Banco Central e talvez mais longo tenha de ser o ciclo de alta, que tem o seu término estimado pelo próprio presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para maio, na próxima reunião do Copom. No entanto, a partir desse novo dado de alta dos preços, o mercado coloca em dúvida se a data serpa mesmo essa para o encerramento de elevação dos juros.

Essa alta dos juros afeta a Bolsa porque tende a prejudicar os resultados da maioria das empresas que têm suas ações negociadas em pregão. Ao mesmo tempo, torna a renda fixa atraente aos investidores estrangeiros, que continuam procurando por ativos no País e aumentando a oferta de dólares no mercado interno, deprimindo as cotações.

Entre as maiores altas do pregão estiveram as empresas do setor de energia, que têm a recomposição de suas receitas de acordo com a inflação. Eletrobras (ELET3) foi a maior alta do pregão e subiu 5,30%, seguida por Eneva (ENEV3), com alta de 4,05%. Na terceira colocação apareceram as preferenciais de Eletrobras, com avanço de 4,00%.

Em contrapartida, as ações de varejo foram as mais castigadas no pregão, porque uma inflação mais alta provoca a perda de poder aquisitivo do consumidor e a taxa de juros mais elevada torna mais caro um financiamento: Via caiu 7,93%; B2W Digital, 7,72%; Magalu, 6,55%; CVC, 5,00% e Meliuz, 4,66%.

Nem mesmo a alta nos mercados internacionais conseguiu reverter o resultado negativo na B3. Em Nova York, Dow Jones subiu 0,40%, e Nasdaq, 0,50%. Já o S&P 500 fechou com queda de 0,27%.

Sobre o autor
Regina Pitoscia
Editora do Portal Mais Retorno.

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