Bolsa fecha em alta de 1,14%, aos 102 mil pontos, com Petrobras e exterior; dólar cai a R$ 5,16
Investidores repercutiram dados da economia americana e do Brasil, incluindo inflação e emprego
Após iniciar o dia com volatilidade, a Bolsa acabou engatando alta e encerrou a sessão desta quinta-feira, 28, no positivo, com valorização de 1,14%, retornando ao patamar dos 102 mil pontos, e o dólar concluiu o dia em queda de 1,67%, cotado a R$ 5,16.
O Ibovespa foi influenciado positivamente pelo avanço das ações das gigantes exportadoras de commodities, principalmente dos papeis ON e PN da Petrobras, que refletiram a alta do petróleo no mercado internacional, a notícia sobre a redução de 3,89% no preço da gasolina para as refinarias. e a expectativa de divulgação do balanço trimestral da companhia, que será feita após o fechamento do mercado.
Após a divulgação da decisão monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), os investidores digeriram novos dados econômicos dos Estados Unidos, como a queda de 0,9% do PIB na primeira leitura do segundo trimestre, de acordo com informações do Departamento do Comércio.
Segundo especialistas, o resultado sinaliza que a maior economia do mundo entrou em recessão técnica, já que no trimestre anterior, a atividade encolheu 1,6%. Com dois períodos de queda, já se caracteriza uma recessão.
Após trafegarem no negativo, os índices de Nova York aceleraram, segundo Leonny Monteiro, especialista em renda variável da Blue3, "refletindo as perspectivas de um aumento monetário mais ameno diante da recessão técnica".
Outro dado relevante publicado foi o índice de preços de gastos de consumo (PCE, na sigla em inglês), que subiu à taxa anualizada de 7,1% entre os meses de abril e junho. Já o núcleo do indicador, que desconsidera os preços de alimentos e energia, avançou 4,4%.
Fechamento/bolsas americanas
- S&P 500: +1,25% (406,04 pontos)
- Dow Jones Industrial Average: +1,03% (32.529 pontos)
- Nasdaq 100: +0,92% (12.717 pontos)
Brasil: inflação e emprego
No ambiente doméstico, as atenções se voltaram para a divulgação de novos dados econômicos do País. Durante a manhã, a FGV comunicou que o IGP-M de julho caiu a 0,21%, após alta de 0,59% no mês anterior. O resultado mensal veio abaixo da mediana projetada pelos analistas, de 0,30%.
A inflação acumulada em 12 meses pelo indicador arrefeceu de 10,70% para 10,08%, abaixo da estimativa intermediária do mercado, de 10,18%. No ano até julho, o indicador acumula alta de 8,39%.
Em relação ao mercado de trabalho, o Ministério do Trabalho reportou que foram criados 277,944 mil empregos líquidos, dados que fazem parte do Caged (Cadastro Geral dos Empregados e Desempregados), volume acima da expectativa dos analistas de 240 novas vagas.
O dia na Bolsa
Maiores altas
Empresa | Ticker | Variação |
Qualicorp | QUAL3 | +7,34% |
Natura & Co. | NTCO3 | +6,45% |
Petz | PETZ3 | +4,85% |
Hapvida | HAPV3 | +4,44% |
Eztec | EZTC3 | +4,42% |
Maiores baixas
Empresa | Ticker | Variação |
Gol | GOLL4 | -4,87% |
Marfrig | MRFG3 | -4,54% |
Energias do Brasil | ENBR3 | -3,22% |
Americanas | AMER3 | -3,10% |
JBS | JBSS3 | -3,01% |
Mercado internacional
Europa encerra o pregão em alta
Na Europa, as principais praças financeiras fecharam, em sua grande maioria, em alta, de olho no PIB americano e juros mais elevados nos Estados Unidos, além das preocupações generalizadas sobre recessão na zona do euro.
Um relatório divulgado nesta quinta-feira pela consultoria Capital Economics informou que a queda maior do que o esperado no índice de sentimento econômico da Comissão Europeia em julho se soma a uma lista crescente de indicadores fracos, e traz o risco de uma recessão no continente.
Ainda que preocupe do ponto de vista econômico, o fraco desempenho da atividade nos EUA fez com que o mercado moderasse sua perspectiva de aumento de juros pelo Fed, dando fôlego às bolsas globais.
Durante a manhã, o CME Group calculava cerca de 80% de chance de que o Fed opte por desacelerar o aumento dos juros em setembro, para alta de 50 pontos-base. / com Agência Estado
Fechamento/bolsas europeias
- Stoxx 600 (pan-europeu): +1,08% (432,76 pontos)
- DAX (Frankfurt): +0,88% (13.282 pontos)
- FTSE 100 (Londres): -0,04% (7.345 pontos)
- CAC 40 (Paris): +1,30% (6.339 pontos)
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