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balanços das empresas
Empresa

Balanços das Big Techs americanas geram grandes expectativas; o que virá?

Especialistas avaliam as expectativas dos resultados das principais empresas que divulgam resultados em julho

Data de publicação:22/07/2021 às 05:00 -
Atualizado um ano atrás
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Entre todos os balanços que já estão sendo divulgados nos Estados Unidos, os das grandes corporações americanas de tecnologia (Facebook, Amazon e Google) - são aguardados com grande expectativa pelo mercado.

De acordo com Jennie Li, da XP, os resultados dessas empresas surpreenderam no 1º trimestre deste ano e devem trazer uma nova onda de números expressivos novamente.

Foto: Arquivo
Perspectivas são positivas para os resultados do segundo trimestre das empresas de vários setores, segundo analistas - Foto: Arquivo

“Mesmo com o avanço da vacinação e a volta das pessoas para a rotina normal, com ida presencial ao trabalho, os resultados devem vir fortes, pois são empresas muito sólidas que estão aproveitando esse momento da digitalização”, analisa Jennie.

Para César Crivelli, analista da Nord Investimentos, a expectativa é de um crescimento médio de 32% no lucro dessas companhias americanas, impulsionado principalmente pelo aquecimento dos serviços digitais.

Segundo Gabriela, da SFA, a migração dos dados das companhias dos datacenters para a nuvem (cloud computing) é um dos serviços que deve rechear os resultados de empresas como Microsoft, Amazon – que responde por 40% desse mercado – e Google.

A receita desse segmento deve subir pelo menos 50% no 2º trimestre, na visão da analista. “É uma tendência forte, que tomou força na pandemia por conta da necessidade de ter acesso aos dados de qualquer lugar e deve continuar crescendo. E isso vai beneficiar principalmente a Microsoft, que tem posição competitiva no mercado corporativo”.

Amazon

De um negócio voltado para livraria nos anos 1990, a Amazon hoje é a segunda maior empresa listada na bolsa americana e tem valor de mercado na casa de US$ 1,6 trilhão.

Com a pandemia, de acordo com o analista da Nord, o varejo eletrônico explodiu e a Amazon soube aproveitar essa onda, graças à sua expertise de logística. Seu market share nesse setor era de 15% e atualmente está em 22%.

Foto: Reprodução
Amazon hoje é a segunda maior empresa listada na bolsa de valores americana - Foto: Reprodução

“A Amazon hoje é uma gigante, que tem uma forte gestão de logística, com frota própria de aviões, além de buscar outros caminhos para diversificar a receita”, aponta Crivelli.

Além da computação em nuvem, que hoje traz para o bolso da companhia um faturamento de US$ 45 bilhões de dólares, a empresa também aposta em outros mercados, como na compra de uma rede de supermercados premium e a criação de uma farmácia online que ajuda as pessoas na prescrição médica.

“A empresa usa sua base de dados para monetizar outras frentes, aumentando a receita e seus lucros”, analisa.

Netflix

A Netflix registrou lucro líquido de US$ 1,353 bilhão no segundo trimestre de 2021, quase o dobro dos US$ 720 milhões registrados no mesmo período do ano passado. O lucro líquido por ação ficou em US$ 2,97, mas abaixo da expectativa de US$ 3,18 do FactSet. Em 2020, o lucro por ação foi de US$ 1,59.

Para Jennie Li, da XP, a Netflix antecipou esse crescimento no ano passado. “A Netflix obteve um crescimento antecipado de assinantes em sua plataforma puxado pela pandemia. Com a retomada das atividades, as pessoas acabam tendo menos tempo para usar o streaming”.

A pandemia rendeu frutos bem maduros para a Netflix. Com o isolamento social, a base de assinantes do serviço de streaming da companhia saltou no ano passado no 3º trimestre do ano passado, acrescentando mais de 10 milhões de assinantes. No mundo todo, hoje esse número já soma 209 milhões.

Porém, com a retomada econômica a flexibilização da mobilidade, essa velocidade de conquista de novos assinantes já reduziu no 1º trimestre deste ano. A expectativa do mercado, de acordo com Gabriela, da SFA, era de atingir 6 milhões de novos assinantes. Porém, a empresa contabilizou 4 milhões.

A analista da SFA aponta ainda que a rentabilidade no 2º trimestre foi um pouco prejudicada pelo atraso das produções, o que deve reduzir a margem operacional da companhia.

Recentemente, a empresa – que de uma locadora de DVD passou a ser produtora de conteúdo – está apostando na regionalização de suas produções para alcançar novos mercados, principalmente na Ásia e no Pacífico.

“A empresa faz parceria com produtoras locais para gerar um conteúdo direcionado para aquele país”, diz Crivelli, da Nord.

Há poucos meses, a Netflix criou uma loja virtual para vender produtos licenciados das séries exibidas nas plataformas. E se prepara para entrar no universo dos games. “A Netflix quer entender como ela pode ter uma fatia maior do gasto das pessoas”, ressalta o analista.

Apple

Para a empresa de Steve Jobs, as expectativas sobre os resultados também são positivas, segundo os especialistas. Além de aumentar em 2% seu market share no mercado americano, a Apple recebeu uma encomenda de 90 milhões de aparelhos iPhone 12, considerada a maior remessa de smartphones que a empresa fará nos últimos anos.

A analista da Clear Corretora, Pietra Guerra, aponta que esse é um fator que deve puxar para cima os lucros da Apple, mas a empresa pode enfrentar o problema da escassez de chips.

Outro aspecto apontado por Crivelli, da Nord, é a questão da regulamentação americana. “O governo quer incentivar o crescimento das pequenas e médias empresas de tecnologia, ao invés de concentrar seus esforços em poucas companhias maiores”.

Facebook e Alphabet

O avanço da mídia digital deve ser a principal mola que deve gerar bons números para o Facebook e a Alphabet, dona do Google. “A publicidade digital passou a responder por 50% de toda a verba de publicidade global, principalmente com o crescimento do e-commerce. As empresas estão migrando seus investimentos para esse tipo de canal, incluindo as redes sociais”, diz Gabriela, da SFA.

Outros empresas, outros setores, outros balanços

As altas e recordes consecutivos do índice S&P 500, da bolsa de Nova York, que reúne as 500 maiores empresas do mundo, reforçaram as expectativas otimistas quanto a esses ganhos.

Jennie Li, da Xp Investimentos, são esperados crescimentos expressivos dos lucros, o maior desde 2009, segundo ela. Sem deixar de considerar que os números finais chegam com distorções por conta da base de comparação mais fraca por conta da pandemia.

“No 2º trimestre do ano passado, o mundo vivia o auge da pandemia da covid-19, no qual havia lockdowns e muitas atividades econômicas praticamente paradas por conta do risco da contaminação. Isso enfraqueceu os números do período em todo o mundo”, avalia o analista da Nord Research, Cesar Crivelli.

Jennie conta que neste ano houve uma inversão nas análises sobre as estimativas do 2º trimestre para as empresas americanas. “Normalmente, os analistas começam a apostar em projeções mais altas e vão reduzindo as médias ao longo dos meses. Neste ano está acontecendo o inverso. As expectativas eram mais moderadas e agora estão subindo”.

Segundo a analista da XP, a maior parte das revisões está acontecendo sobre os resultados de empresas ligadas a energia, material de construção e consumo discricionário. “São atividades que já estão voltando ao ritmo normal”, ressalta.

Segundo Crivelli, o setor que deve contabilizar mais lucros na temporada americana é o de commodities. “A forte alta do preço do barril do petróleo nos últimos meses deve ajudar bastante nesses resultados mais expressivos das empresas no trimestre”.

Sobre a área de construção civil, cujas empresas devem apresentar lucros 60% maiores no 2º trimestre, o analista da Nord ressalta que o aumento significativo do preço dos imóveis no país acabou gerando mobilidade dos grandes centros para regiões mais afastadas.

“O preço dos imóveis nos Estados Unidos subiu 30%, o que impulsionou muita gente a buscar moradias em regiões com o preço mais barato”.

A reabertura da economia também impulsionou a retomada das vendas no varejo no país americano. O setor contabilizou um aumento de 0,6% nas vendas em junho ante maio, segundo dados publicados pelo Departamento do Comércio. O número surpreendeu os analistas, que apostavam em 0,4%.

“Os estímulos monetários ajudaram a puxar a retomada do varejo. Em um primeiro momento, os americanos estavam preocupados em guardar dinheiro, por conta da incerteza sobre empregos. No entanto, a partir dos últimos meses, eles passaram a consumir um pouco mais”, afirma o analista da Nord.

Os bancos como JP Morgan, Goldman Sachs, Morgan Stanley, entre outros, já apresentaram seu desempenho do 2º trimestre, com resultados que agradaram o mercado.

Sobre o autor
Julia Zillig
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