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Foto: JP Morgan/Reprodução
Empresa

JP Morgan abre temporada de balanços nos EUA com lucro de US$ 11,9 bi no 2º trimestre

Banco aponta retomada da economia como um dos principais fatores para o lucro do período

Data de publicação:13/07/2021 às 09:50 -
Atualizado 2 anos atrás
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O banco JP Morgan registrou lucro líquido de US$ 11,9 bilhões no 2º trimestre deste ano, o que representou uma queda de 16% sobre o 1º trimestre – US$ 14,3 bilhões. Sobre a mesma base comparativa de 2020, o montante recebeu um incremento de US$ 7,3 bilhões. Os dados fazem parte do balanço divulgado pela empresa nesta terça-feira, 13.

Foto: Reprodução
JP Morgan registra queda de 16% no lucro líquido no segundo trimestre - Foto: Reprodução

Já a receita líquida obtida no período foi de US$ 31,4 bilhões, que representou uma queda de 5% em relação ao montante acumulado no trimestre anterior, que foi de US$ 33,1 bilhões. Sobre o segundo trimestre de 2020, a redução foi de 7%.

Segundo o JP Morgan, o aumento do lucro líquido na comparação anual se deu pelo aumento da liberação de reservas de crédito no valor de US$ 3 bilhões.

O lucro por ação, porém, foi de 3,78 dólares, muito acima dos 1,38 dólares obtidos no mesmo período de 2020. Com isso, o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) foi de 18%, um salto frente aos 7% apresentados na mesma base de comparação do ano anterior.

Retomada econômica

Para o diretor-presidente do banco, Jamie Dimon, os balanços de crédito ao consumidor e atacado “permanecem excepcionalmente fortes, visto que as perspectivas econômicas continuam a melhorar”.

“Estamos constantemente investindo, inovando e fazendo aquisições estratégicas para atender melhor nossos funcionários, clientes e comunidades. Na primeira metade de 2021, estendemos crédito e levantamos US$ 1,7 trilhão em capital para empresas”, ressalta Dimon.

No período, as despesas do banco somaram US$ 17,7 bilhões, queda de 6% em relação ao 1º trimestre e aumento de 4% ante o mesmo período do ano anterior. De acordo com o banco, a elevação foi impulsionada, em grande parte “por investimentos contínuos no negócio, incluindo tecnologia e contratação de pessoas”.

Impulsionada pela liberação de reservas líquidas no valor de US$ 3 bilhões, o JP Morgan reportou uma provisão de perdas bem menor em relação ao mesmo período do ano anterior – de US$ 10,5 bilhões, caiu para US$ 2,3 bilhões.

Clientes

Na área de clientes, por conta da retomada da economia, o JP Morgam registrou um aumento de 45% no gasto com cartões em relação ao mesmo período de 2020 e de 22% em relação ao segundo trimestre de 2019.

“Vimos um crescimento acelerado em todas as categorias, incluindo viagens e entretenimento”, apontou a empresa. Os empréstimos imobiliários reportaram aumento de 64%, totalizando US$ 40 bilhões. Já os de automóveis subiram 61%, totalizando US$ 12 bilhões.

Investimentos

Na área de investimentos, os ativos sob gestão do JP Morgan totalizaram US$ 3 trilhões, aumento de 21% sobre o trimestre de 2020. A elevação, de acordo com Dimon, se deu for “fortes entradas líquidas e aumento de empréstimos baseados em títulos”.

“Nossa hierarquia de capital de longa data permanece a mesma: investir para fazer crescer nossos negócios, que são líderes de mercado, para apoiar nossos clientes e comunidades. Além disso, pagar um dividendo sustentável – que já anunciamos que estamos aumentando – e devolver qualquer capital excedente remanescente aos acionistas por meio de recompra de ações”, conclui.

Visão dos analistas

Para a Levante Ideias de Investimentos, o resultado apresentado pelo JP Morgan foi positivo e até mesm acima das expectativas. Porém, devido ao forte desempenho das ações da companhia no ano - alta de 24,3% - a casa espera um impacto negativo nos preços na sessão de hoje.

O destaque positivo, de acordo com a Levante, foi na parte de AWM (Assets e Wealth Managment), com receitas subindo mais de 20% devido à apreciação dos valores sob custódia e consequentemente as taxas coletadas.

A companhia pagou US$ 2,7 bilhões em dividendos no segundo trimestre de 2021 - US$ 0,90 por ação - e pretende elevar para US$ 3 bilhões - US$ 1 por ação - nos próximos três meses.

Sobre o autor
Julia Zillig
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