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Bolsa cai com aversão ao risco no exterior
Mercado Financeiro

Atenção aos segmentos de consumo e varejo nesta quarta-feira

Bolsa e dólar estão sem tendência definida, alternando altas e baixas desde o início do mês

Data de publicação:15/09/2021 às 05:00 -
Atualizado 3 anos atrás
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Os dados de sondagem sobre a confiança do consumidor em agosto que a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulga nesta quarta-feira, 15, serão o foco do mercado financeiro.

Para especialistas, se vier positivo, acima das expectativas de analistas, o resultado poderá movimentar as ações do segmento de empresas de consumo e varejista e animar a Bolsa de Valores.

petróleo
Mercado: informações sobre a confiança do investidor, se positivas, tendem a animar a bolsa nesta quarta-feira - Foto: Envato

Bolsa e dólar vêm alternando altas e baixas praticamente desde o início do mês, influenciados por fatores pontuais de cada dia. São cinco altas e quatro quedas da Bolsa e do dólar nesse período de nove dias úteis.

Ontem, a Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, atravessou boa parte do dia com discreta valorização, mas inverteu o sinal quase no fim do pregão com a piora das bolsas americanas e volta de ruídos políticos domésticos.

Desta vez, foi o aumento de temperatura em torno dos debates sobre o reajuste dos preços de combustíveis. Embora o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, tenha reforçado a independência da política de preços da Petrobras, as ações da estatal sentiram o efeito das críticas aos preços altos. O papel PN (com direito a voto) recuou 1,33%, para R$ 25,88.

Mercado teme interferência nos preços dos combustíveis

A preocupação com o risco de interferência na política de preços de combustível pelo governo, em um momento que o presidente Bolsonaro procura recuperar a popularidade em baixa, para ganhar musculatura na corrida eleitoral, tem deixado os investidores mais cautelosos.

Com efeitos negativos na B3, já que a Petrobras tem forte participação - cerca de 9% - no Índice Bovespa (Ibovespa, principal índice da B3).

Outro fator que tende a influenciar o mercado de ações à medida que se aproxima a próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), nos dias 21 e 22, é a expectativa em relação ao ajuste na taxa básica de juros, a Selic.

Analistas e economistas têm elevado as previsões de inflação e, com ela, também da Selic. O piso de aumento previsto é de um ponto porcentual, mas crescem as apostas em elevação maior, de 1,25 ponto, o que levaria a Selic para 6,50% ao ano.

A alta da Selic não agrada aos investidores em ações porque tende a piorar as condições financeiras das empresas - pelo aumento de custos e redução de lucros - a inibir o crescimento econômico e a tornar a renda fixa mais atraente que o investimento em Bolsa.

De olho no governo

Os investidores seguem acompanhando os passos e declarações do presidente Jair Bolsonaro, após o envio da carta à nação após o feriado de 7 de setembro.

Em meio a dúvidas sobre até quando o presidente Jair Bolsonaro conseguirá manter a trégua na ofensiva contra o Supremo Tribunal Federal (STF), o chefe do Planalto afirmou no dia anterior que os três Poderes são um só corpo.

"O que seria do Executivo sem Senado, sem Câmara, e, por que não dizer, em muitos momentos, sem o nosso Supremo Tribunal Federal? Nós somos um só corpo, o nosso bom entendimento é alegria do nosso povo", declarou Bolsonaro na cerimônia de entrega do Prêmio Marechal Rondon de Comunicações.

Em seguida, o presidente afirmou que seu governo quer "produzir alegria, satisfação ao nosso povo" dentro do Parlamento. "Nosso governo conversa com todo mundo", declarou.

Contudo, o governo federal tem um histórico de atritos com o STF e mostra dificultes na interlocução com o Congresso.

O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, hoje senador licenciado, foi nomeado na Esplanada justamente para melhorar o diálogo com os parlamentares - fato reconhecido nesta terça-feira por Bolsonaro. "Ciro chegou para dar tranquilidade no nosso relacionamento com Parlamento, em especial com o Senado Federal", afirmou.

Desde a última quinta-feira, 9, Bolsonaro diminuiu o tom nas críticas ao Supremo ao publicar uma carta à nação, assinada pelo ex-presidente Michel Temer, em que pregou harmonia entre os poderes e respeito às instituições, apenas dois dias após ameaçar o STF nos atos de 7 de setembro.

Desde lá, já cometeu alguns "deslizes" na nova estratégia. No mesmo dia, voltou a defender as manifestações do feriado da independência com pautas antidemocráticas e, no dia seguinte, declarou que os protestos, pivôs da mais recente crise com o Judiciário, não tinham sido em vão.

O 7 de setembro foi visto por analistas como uma ofensiva do Planalto sobre a democracia. Hoje, no evento, Bolsonaro garantiu que as Forças Armadas jogam dentro das "quatro linhas da Constituição".

Marco Civil da Internet: alteração suspensa

No dia anterior, o governo Bolsonaro acumulou mais uma derrota.  A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu a eficácia da medida provisória assinada pelo presidente que alterou o Marco Civil da Internet. A decisão foi tomada paralelamente à devolução da MP pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco,

O ato do Congresso também tem o efeito de anular os efeitos da mudança e elimina a chance de votação da medida.

CPI da Covid: mudanças na lei do impeachment

O senador Renan Calheiros afirmou na véspera que vai propor no seu relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid mudanças na lei da impeachment. O parlamentar pretende entregar o parecer até a semana que vem, no dia 23 ou 24.

A intenção da cúpula da comissão é possibilitar que as conclusões da investigação da CPI provoquem a abertura de um processo de afastamento do presidente Jair Bolsonaro na Câmara. A mudança na lei, no entanto, depende de aprovação no Congresso.

"Essa Comissão Parlamentar de Inquérito é uma oportunidade única para que a gente possa fazer uma revisão nessa legislação como um todo e até mesmo na lei do impeachment, que é de 1950. Muitos artigos já foram revogados e, portanto, ela precisa ser atualizada na linha de estender a garantia jurídica e deixar absolutamente claro a sua tramitação", afirmou Renan antes do início da reunião da CPI de hoje. Ele não detalhou quais mudanças deve propor.

Hoje, há 131 pedidos de impeachment na mesa do presidente da Câmara, Arthur Lira, mas o início do processo depende exclusivamente de uma decisão dele. Não existe condição ou prazo determinado para que o presidente da Casa dê andamento a processos de impedimento.

Aliado de Bolsonaro, Lira tem dito a interlocutores que não há clima para abertura de um processo e nem votos suficientes na Câmara para aprová-lo. A avaliação é de que, sem o apoio formal de partidos de centro, o pedido de impeachment não tem chance de prosperar. Hoje, as siglas de oposição reúnem 132 deputados.

Mesmo que haja uma adesão de todas as legendas consideradas independentes e não ocorra dissidência nas bancadas - cenário considerado improvável -, o número não chegaria aos 342 votos necessários para que a cassação seja aprovada.

A proposta de mudar a lei de impeachment foi incluída por Renan após ele consultar integrantes do grupo Prerrogativas, que reúne advogados, professores e juristas.

 A sugestão foi alterar a legislação para retirar o "poder absoluto" do presidente da Câmara, estabelecendo prazos para que ele se manifeste sobre os pedidos de impeachment e posteriormente, se mandar arquivar, apresente ao plenário, que poderia decidir pela continuidade.

Integrantes do grupo sugeriram também medida semelhante em relação ao procurador-geral da República. Caso a decisão do procurador-geral seja de não abrir uma denúncia após pedidos de indiciamento da CPI, a decisão teria de ser submetida a subprocuradores ou que ações de partidos sejam levadas adiante.

Após a aprovação do relatório final da CPI, prevista para os dias 29 ou 30, o documento deve ser encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR) e até a tribunais internacionais, enquadrando Bolsonaro em uma série de crimes cometidos no enfrentamento da covid-19.

Wall Street: futuros em alta

Nos Estados Unidos, os contratos futuros negociados nas bolsas de Nova York operam em alta com o mercado atento aos movimentos do Fed (Federal Reserve, o banco central americano) sobre a retirada de estímulos da economia, além do avanço da variante delta do coronavírus, que pode reduzir a velocidade da retomada econômica.

A desaceleração dos preços nos EUA – na véspera, o Departamento do Trabalho divulgou o CPI dos Estados Unidos de agosto, que registrou avanço de 0,3% - se deu em meio aos impactos da variante delta do coronavírus sobre os serviços e a atenuação dos efeitos da reabertura econômica.

De acordo com analistas, o resultado é um "alívio" para o Federal Reserve (Fed), mas a previsão ainda é de que o tapering ocorra ainda neste ano.

Em relação às pressões inflacionárias, não há consenso entre os analistas. Na avaliação do Commerzbank, o indicador demonstra que as pressões se enfraqueceram ainda mais no mês passado. Para o ING, porém, elas ainda estão se ampliando e podem manter o CPI acima da meta por mais tempo do que o projetado pelo Fed.

"O aumento implacável de alguns preços começou a diminuir. Os preços de carros e caminhões usados caíram 1,5%, um sinal positivo de que a escassez global de chips pode estar diminuindo um pouco", pontua Edward Moya, analista da Oanda.

Em relatório, o economista da Oanda observa que, ao longo da sessão do dia anterior, o foco dos investidores passou do CPI para a "grande revelação" da Apple: o iPhone 13, um novo Apple Watch e AirPods. Os produtos, porém, parecem não ter impressionado o público, uma vez que a ação da companhia - que têm grande peso nos índices acionários de Nova York - recuou 0,96%.

Bolsas asiáticas fecham em queda

As principais ações asiáticas fecharam em baixa nesta quarta-feira, com exceção da Coréia do Sul. Os papéis recuaram no Japão, Hong Kong e China, onde a economia enfraqueceu devido às medidas para conter a variante delta da covid-19.

A escalada regulatória de Pequim segue prejudicando o setor de tecnologia da China. Além disso, os dados chineses mostraram uma forte desaceleração no crescimento das vendas no varejo, já que as restrições de mobilidade, em face da pandemia, afetaram os gastos dos consumidores e as viagens durante o pico das férias de verão.

A crise financeira da chinesa Evergrande Group também está em foco, com funcionários notificando os bancos de que a empresa não poderá pagar os juros de empréstimos com vencimento em 20 de setembro.

No Japão, o índice Nikkei fechou em queda de 0,52%, aos 30.511,71 pontos. Na Coréia do Sul, o Kospi concluiu o pregão em alta de 0,15%, aos 3.153,40 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng caiu 1,84%, aos 25.033,21 pontos.

Na China, o Xangai Composto, menos abrangente, recuou 0,17%, aos 3.656,22 pontos.

Na Oceania, o índice S&P/ASX200 da Austrália caiu 0,27%, aos 7.417,00 pontos. / com Júlia Zillig e Agência Estado

Sobre o autor
Tom Morooka
Colaborador do Portal Mais Retorno.

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