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Mercado Financeiro

Ações internacionais: das 10 mais negociadas em julho, 8 são de tecnologia; confira quais são

Big techs como Apple e Amazon ocupam o topo da lista entre as mais cobiçadas pelos brasileiros lá fora

Data de publicação:09/08/2021 às 05:00 -
Atualizado um ano atrás
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Os brasileiros estão cada vez mais interessados nas opções oferecidas pelo mercado financeiro internacional. E o setor de tecnologia é o principal alvo.

Segundo ranking divulgado pela plataforma Stake, das 10 ações internacionais mais negociadas em julho, oito são voltadas para essa atividade.

Foto: Reprodução
Ações da Apple foram as mais negociadas pelos brasileiros em julho - Foto: Reprodução

Esse mercado chama a atenção pela presença de grandes corporações – as chamadas big techs – o que no Brasil ainda é minoria em tecnologia. “Se o brasileiro quiser investir em tecnologia, ele tem que buscar opções lá fora. A Bolsa brasileira ainda é composta, em grande parte por commodities”, afirma Jennie Li, estrategista de ações da XP.

Além da busca por diversificação de setores, a preocupação em proteger os investimentos dos ruídos políticos e fiscais do País também é outro fator que tem incentivado os investidores a distribuir seus investimentos em ativos de fora.

“A Bolsa brasileira é bastante especulativa, ligada ao andamento dos acontecimentos políticos do Brasil. Para se proteger desses ruídos e da moeda fraca, os investidores buscam mercados mais maduros, como os Estados Unidos, e as blue chips de tecnologia fazem grandes investimentos e oferecem uma certa proteção cambial”, analisa Virgilio Laje, especialista da Valor Investimentos.

Para Paula Zogbi, analista da Rico Investimentos, quem tinha seus investimentos diversificados com ativos internacionais, inclusive, acabou sofrendo menos o baque da pandemia.

O dólar mais elevado é outro ponto importante de atração dos brasileiros pelos produtos financeiros internacionais, além da nova onda de divulgação de balanços do segundo trimestre das grandes companhias de tecnologia, que vieram com números parrudos. “Essas empresas têm forte liquidez não só nas bolsas americanas, mas também nos BDRs no Brasil”.

Tecnologias para o futuro

De acordo com Laje, o fato das big techs desenvolverem soluções disruptivas que vão ganhar força no futuro também é um apelo importante de investimento por parte dos brasileiros. “A demanda por geração de novas tecnologias é grande e os avanços que elas obtêm hoje serão realidade nas próximas décadas”.

Meme stocks

Em relação ao ranking de ações internacionais negociadas em junho, de acordo com a Stake, um outro fato chamou a atenção: o desaparecimento das meme stocks (negociadas por pequenos investidores individuais que se juntam em grupos para inflar o preço do papel) em julho, que dominaram as carteiras dos investidores no mês anterior.

“Pudemos observar uma grande transição nas escolhas dos investidores que, ao longo do mês de julho, priorizaram as negociações apenas das ações da AMC Entertainment e NewEgg. Essa mudança pode significar um arrefecimento desse movimento e um amadurecimento do investidor”, enfatiza Rodrigo Lima, analista de investimentos e editor de conteúdos da Stake.

Segundo Lima, além disso, sinaliza que o investidor deixou de buscar valorizações súbitas em companhias problemáticas em favor do investimento em empresas saudáveis e com boa geração de caixa.

As big techs

De acordo com os especialistas consultados, as big techs seguem no topo do ranking das ações negociadas pois, além dos números que impressionam, elas são mais familiares aos brasileiros.

“Quando o investidor começa a investir em um determinado setor, faz sentido ele buscar as empresas que ele já conhece e prioriza as maiores corporações”, aponta Paula Zogbi, da Rico.

No ranking da Stake, empresas como Apple, Amazon e Alphabet estão entre as cinco mais negociadas nos Estados Unidos pelos brasileiros. De acordo com Jennie Li, não houve um fato específico que trouxesse essas big techs para o topo do ranking.

“Os investidores se anteciparam à divulgação dos resultados do segundo trimestre, que vieram fortes, e alocaram seus recursos nesses ativos", diz ela.

No caso da Amazon, Luís Sales, estrategista-chefe da Guide Investimentos, aponta que notícias como a saída de Jeff Bezos da presidência da companhia e o fato dele ter feito uma viagem ao espaço também ajudam a reforçar o interesse nos ativos da companhia.

Entretenimento

Outra novidade entre as 10 ações mais negociadas nos Estados Unidos pelos brasileiros ficou por conta da presença da Walt Disney Company. Um dos grandes conglomerados de entretenimento do mundo, a empresa tem sua atividade ligada à reabertura econômica, e de acordo com Sales, está com seus papéis um pouco descontados.

“As big techs estão todas com os preços valorizados. Muitos investidores acabam buscando opções de ativos mais descontados”, destaca o economista da Guide.

O fato de a empresa ter aterrissado no Brasil com o Disney+, seu serviço de streaming, também pode ter colocado a marca em evidência. “Quando a empresa entra no dia a dia das pessoas, é comum que haja um aumento na procura por investimentos em seus ativos”, enfatiza Sales.

Componentes

Com a escassez de semicondutores ao redor do mundo e o aumento de preço do produto, a empresa Nvidia está com um desempenho positivo, o que tem chamado a atenção dos investidores.

“O aumento da demanda por componentes aqueceu a produção da Nvidia e beneficiou os resultados da companhia”, analisa o economista da Guide.

China

Ainda segundo um levantamento, uma outra surpresa, porém negativa, na visão da Stake, que foi o grande volume de compras da DiDi, considerada por muitos a “Uber chinesa”.

A empresa foi penalizada desde sua abertura de capital (IPO, em inglês) na bolsa americana no mês passado devido ao crackdown regulatório imposto pelo governo chinês às companhias de tecnologia e educacionais do país.

Para Jennie Li, da XP, os investidores estavam aguardando o próximo IPO de empresa da China nos Estados Unidos, após a abertura de capital do Alibaba. “O IPO da DiDi foi o maior depois do Alibaba”, ressalta.

E o problema regulatório com a China colocou a DiDi ainda mais sob os holofotes dos investidores, incluindo os brasileiros. “Após a abertura, com a questão governamental da China, as ações da DiDi já caíram significativamente”.

Sobre o mercado chinês, Jennie complementa que apostar em ativos de empresas do país do dragão vermelho pode ser uma boa alternativa para quem mira o longo prazo.

“O mercado financeiro chinês tem um modelo particular de funcionamento. Quem tinha ativos investidos no país não teve prejuízos, pois a China saiu rapidamente da crise. Nós temos uma tese que apoia os investimentos no país focados no longo prazo”, conclui.

Sobre o autor
Julia Zillig
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