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Economia

2021: relembre os momentos mais marcantes para a economia e o seu bolso

O ano de 2021 está chegando ao fim. Aproveite para relembrar os principais acontecimentos para a economia do Brasil durante esse período.

Data de publicação:06/12/2021 às 16:02 -
Atualizado 2 anos atrás
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O ano de 2021 vai se aproximando do seu final e, como é comum nessa época, revemos o que foi feito e planejamos o próximo período que se aproxima.

Aproveitando o momento, resolvemos fazer por aqui uma pequena retrospectiva do ambiente econômico brasileiro neste 2021. E foi tanta coisa que nem parece que estamos falando de apenas alguns meses...

Retrospectiva econômica 2021: o que aconteceu na economia do Brasil?

Há uma frase de Tom Jobim bem famosa: "o Brasil não é para principiantes". E ela faz todo o sentido quando realizamos uma retrospectiva econômica anual.

Por aqui, o cenário pode mudar fortemente do que se espera com algumas poucas ações — em especial sobre o que ocorre em Brasília. Não por acaso, tivemos alta inflação, bolsa batendo recorde histórico e depois despencando, entre outros acontecimentos.

A partir de agora, você é o nosso convidado para relembrar alguns desses fatos que ajudam a entender o que aconteceu com o mercado financeiro e, claro, acabou afetando o seu bolso como investidor. Vamos lá!

Intervenção na Petrobrás

O ano de 2021 tinha uma perspectiva positiva. Depois de um 2020 cheio de imprevistos, a tendência era de recuperação econômica. No entanto, logo nos primeiros meses, as empresas estatais sofreram com o risco de intervenção — e já sinalizavam o começo de uma corrida pelas eleições presidenciais de 2022.

Tudo começou quando o preço da gasolina começou a subir, algo que acaba por afetar a popularidade de qualquer presidente. Assim, Jair Bolsonaro optou por demitir o então presidente da Petrobrás, Roberto Castello Branco.

O episódio fez com que as ações da Petrobras caíssem mais de 20% — algo natural nesse tipo de acontecimento, quando o governo opta por intervir em uma empresa estatal. Outras companhias desse mesmo perfil, como Banco do Brasil, também foram impactadas antecipando uma nova interferência.

Elegibilidade de Lula e um novo cenário político

O ambiente político se manteve agitado com a anulação da condenação do ex-presidente Lula. Com isso, ele voltou a se tornar elegível e é, inclusive, um dos possíveis candidatos para a eleição de 2022.

O cenário pegou o mercado de surpresa e colocou um ar de tensão sobre os meses que estavam por vir. Afinal, apesar das diferenças ideológicas, Lula e Bolsonaro possuem algo em comum que não costuma agradar os investidores: o populismo.

Desde então, a preocupação com os gastos públicos ganhou destaque no noticiário econômico. Com queda na popularidade, Bolsonaro poderia abrir mão do teto de gastos para tentar ganhar votos que poderiam ser perdidos no meio do caminho — cenário esse que se confirmou com a criação da PEC dos Precatórios visando a manutenção do Auxílio Emergencial.

Outra consequência da elegibilidade do Lula foi uma aproximação do atual presidente, Jair Bolsonaro, com os candidatos de centro. E também diversas manifestações políticas (que incluem um desfile militar em frente ao Congresso).

Toda essa turbulência política, é claro, assusta os investidores. Não por acaso, o Ibovespa, índice que representa o desempenho médio da bolsa brasileira, apresentou um aumento considerável de volatilidade. E esse contexto deve permanecer por aqui em 2022.

Crise hídrica

Se não bastassem os episódios políticos para conturbar a economia brasileira, quis o destino que fatores naturais também não colaborassem. Com a escassez de chuvas no país, diversos reservatórios de água passaram a ter níveis preocupantes.

A crise hídrica retomou discussões sobre um possível racionamento de energia — cenário que, pelo menos até a última revisão deste artigo, não se confirmou. Entretanto, esse fato já foi suficiente para trazer nova instabilidade econômica.

Em primeiro lugar, visando evitar o desperdício, a cobrança de energia sofreu reajustes consideráveis. O custo da conta de luz, para o consumidor final, ficou elevado. Além disso, o segundo semestre foi desafiador para as companhias de geração de energia, com impacto direto nos seus resultados.

Inflação

Já falamos sobre o aumento de preço da gasolina e da energia, então não temos como escapar de mais um tema protagonista da economia brasileira em 2021 e bem conhecido da nossa população: a inflação.

Diversos fatores ajudam a explicar a elevação do custo dos produtos e serviços, medido oficialmente pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A começar pela redução do ritmo de produção em função da pandemia, algo que fez com que a oferta não fosse suficiente para cobrir a demanda — uma relação clássica na definição de preços.

O aumento do dólar é outro problema. Muitas commodities são precificadas na moeda americana. É o caso da gasolina, por exemplo, que além de ser utilizada como combustível, também é matéria-prima para outros mercados. O mercado de alimentos é outro que sofre nesse ambiente de dólar elevado.

Por fim, a injeção de liquidez na economia promovida pelo governo por meio do Auxílio Emergencial é outro fator que contribui para o efeito inflacionário. Tudo isso, em conjunto, sinaliza que a inflação brasileira em 2021 deve fechar acima de 10%, bem acima da meta oficial do governo.

Há risco até mesmo de um cenário atípico durante 2022: a estagflação. Esse é o nome de um cenário econômico em que se verifica o aumento da inflação, mas sem crescimento econômico.

Aumento dos juros

O principal instrumento do governo para tentar controlar a inflação é aumentar a taxa de juros, tornando o custo da dívida maior e reduzindo o incentivo ao consumo. Diante do aumento dos preços em 2021, o Banco Central optou pela reversão do ciclo de baixa dos juros no país.

Vale lembrar que, pouco antes da pandemia explodir, a Taxa Selic foi fixada no menor percentual histórico: 4,0% ao ano. Pouco depois, em razão da necessidade de estimular a economia diante do isolamento social, ela foi reduzida ainda mais.

No entanto, como sabemos, essa ainda não é a realidade do nosso país e, diante do desafio inflacionário, o aumento das taxas de juros foi necessário e segue em andamento. Em dezembro, devemos ter uma nova elevação definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

O ciclo de alta prejudica a recuperação das empresas, pois torna o endividamento mais caro. Por outro lado, pensando no investidor, favorece os ativos de renda fixa atrelados à Taxa Selic ou ao CDI, que se tornam mais atrativos.

Vacinação

Nem só de notícias ruins foi marcada a economia brasileira em 2021. O ciclo de vacinação concluído por boa parte da população permitiu a redução nas restrições de circulação, algo positivo para as empresas e para o consumo.

A expectativa se tornou tão positiva que, em junho deste ano, o Ibovespa atingiu a máxima histórica, cotado acima dos 130 mil pontos. No entanto, como já vimos ao longo do artigo, uma série de notícias políticas reverteram o cenário e trouxeram uma desvalorização acima de 20% para o índice desde junho.

Preparado para investir em 2022?

Esses foram alguns dos principais acontecimentos políticos e econômicos durante o ano de 2021 que, de certa forma, ajudam a explicar o desempenho dos seus investimentos.

É importante observar, contudo, que alguns dos temas devem avançar para o próximo ano e, portanto, devemos estar atentos aos possíveis desdobramentos. É o caso, por exemplo, das eleições presidenciais ou da Reforma Tributária, que foi pauta em boa parte do ano, mas acabou não avançando.

O fato é que, independente do cenário, é muito difícil fazer um exercício de previsibilidade. Vale recordar o que ocorreu em 2020, quando a pandemia da COVID-19 levou embora todo otimismo esperado para a economia nacional.

É em função disso que sempre recomendamos uma carteira equilibrada e preparada para os mais diversos momentos econômicos, diversificando o risco e maximizando os retornos para o seu patrimônio.

Sobre o autor
Stéfano Bozza
Formado em Administração pela PUC-SP. Trabalhou em empresas do segmento financeiro (Itaú BBA) e varejo (BRMALLS) até 2016, quando iniciou a jornada de produção de conteúdo para a internet com foco em finanças.

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