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Futuros americanos operam em alta e ômicron segue no radar nesta segunda-feira
Mercado Financeiro

Mercado ao vivo: Bolsa bate os 100 pontos, menor nível do ano, com Ômicron, Powell e PEC dos Precatórios; dólar sobe

Declarações da indústria farmacêutica Moderna sobre a vacina contra a nova cepa trouxe mais incertezas aos mercados globais

Data de publicação:30/11/2021 às 11:00 -
Atualizado 2 anos atrás
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Após oscilar entre altas e baixas ao longo da manhã, a Bolsa engatou queda nesta terça-feira, 30, na esteira do mercado global, que está às voltas com as preocupações sobre a nova variante Ômicron da covid-19, que ganhou novos capítulos. Além disso, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), sinalizou uma possível antecipação do tapering (retirada de estímulos da economia).

No pregão, a desvalorização de mais de 1% dos papéis da Petrobras, que reflete a queda no preço do petróleo, e o recuo das ações dos bancos - o IFNC, índice financeiro da B3, cai mais de 2,5% - ajudam a puxar o Ibovespa para baixo. No radar está o andamento da votação da PEC dos Precatórios no Senado. Às 13h00, o Ibovespa chegou a bater nos 100 mil pontos - 100.834 - menor nível do ano, oscilou para os 101 mil pontos e retornou aos 100 mil - 100.466 pontos - com queda acentuada de 2,25%, às 15h00. Já o dólar subia 0,50%, cotado a R$ 5,638.

Foto: B3/Divulgação etfs
Sede da B3 em São Paulo | Foto: Divulgação

Após digerir informações no dia anterior de que a nova cepa apresenta sintomas leves, divulgadas por dois especialistas africanos, e declarações da farmacêutica Moderna de que haveria uma nova vacina disponível até o início do ano, o mercado voltou a ficar apreensivo com as novas afirmações da indústria americana.

Segundo o diretor-presidente da companhia, Stephane Bancel, em entrevista ao Financial Times, as vacinas existentes devem ser menos eficazes no combate à nova variante, podendo levar meses até que as doses específicas estejam disponíveis em larga escala. Até o momento, estima-se a ocorrência de mais de 200 casos em vários países da Europa, Ásia e África.

A preocupação do mercado está voltada para os possíveis impactos dessa nova variante na retomada econômica global. O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, em discurso no Senado nesta terça-feira, disse que "talvez seja adequado" encerrar o tapering, como é conhecido o processo de redução do volume de compra de títulos, alguns meses antes, frente à alta da inflação americana.

 Powell afirmou ainda que o ritmo do tapering será debatido na próxima reunião monetária, em dezembro. Em relação à variante Ômicron do coronavírus, o líder afirmou que é um risco que ainda não integra as projeções.

"Entre a próxima semana e 10 dias, saberemos mais sobre essa cepa. A partir disso, poderemos analisar seu impacto sobre a pandemia. É um risco, mas não está integrado em nossas projeções", afirmou Powell, em testemunho diante do Comitê Bancário do Senado.

Anteriormente, o presidente do Fed enfatizou que "o recente aumento nos casos de covid-19 e o surgimento da variante Ômicron representam riscos negativos para o emprego e a atividade econômica e aumentam a incerteza para a inflação".

A proibição de viagens internacionais já é uma realidade e, segundo Filipe Teixeira, sócio da Wisir Research, a variante pode aumentar as pressões inflacionárias se agravar as interrupções na cadeia de abastecimento.

Nos Estados Unidos, as bolsas operam mistas. Na Europa, Stoxx 600, principal indicador da zona do euro, segue em baixa.

PEC dos Precatórios: votação no Senado

A nova cepa da covid-19, que domina a pauta global, divide espaço entre a atenção dos investidores locais com a PEC dos Precatórios na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no Senado, cuja votação teve início ao longo da manhã. O desfecho desse assunto é um dos mais aguardados pelo mercado no âmbito doméstico.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, pretende passar a PEC no Senado a toque de caixa, ao afirmar que, aprovada, a proposta seguirá imediatamente à votação pelo plenário da Casa, na quinta-feira, 2.

De acordo com o presidente da comissão, Davi Alcolumbre, ele não garante um clima fácil para a aprovação do texto no colegiado.

Menos desemprego no Brasil

O IBGE trouxe boas notícias para o mercado sobre o desemprego no País. Segundo dados da dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), a taxa de desemprego passou de 14,2% no trimestre encerrado em junho para 12,6% no trimestre terminado em setembro

O total de desocupados diminuiu 9,3% em relação a junho, 1,378 milhão de pessoas a menos em busca de uma vaga. Em relação a setembro de 2020, o número de desempregados caiu 7,8%, 1,144 milhão de pessoas a menos procurando trabalho.

A população ocupada somou 92,976 milhões de pessoas, 3,592 milhões de trabalhadores a mais em um trimestre. Em relação a um ano antes, 9,537 milhões de pessoas encontraram uma ocupação.

A população inativa somou 65,456 milhões de pessoas no trimestre encerrado em setembro, 1,813 milhão a menos que no trimestre anterior. Em relação ao mesmo período de 2020, a população inativa recuou em 6,777 milhões de pessoas.

O nível da ocupação - porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar - subiu de 49,0% no trimestre encerrado em setembro de 2020 para 54,1% no trimestre até setembro de 2021. No trimestre terminado em junho, o nível da ocupação era de 52,1%.

Juros Futuros

As taxas de juros dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) operam em leve baixa em toda a curva, confirmando as estimativas dos analistas.

Por volta das 15 horas, o contrato de DI para janeiro de 2023 tinha taxa de 11,87%, ante 11,89% do ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2025 projetava 11,50%, contra 11,59%. E o DI para janeiro de 2027 registrava queda: 11,41% ante 11,55%.

Sobe e desce da Bolsa

Nesta terça-feira, o preço do minério de ferro avança na China, ao contrário das demais commodities. Mesmo assim, as gigantes siderúrgicas operam em queda. Às 14h49, as ações da Vale, CSN, Usiminas e Gerdau caíam 0,22%, 3,68%, 2,19% e 1,40%, respectivamente.

As ações da Ânima, cuja subsidiária recebeu um aporte de RS$ 1 bilhão, saltavam 15,83%, às 14h50. Na mesma esteira, a Yduqs valorizava 0,96%. Já a Cogna recuava 1,66%.

A Arezzo anunciou que adquiriu a marca Carol Bassi Brand, com o intuito de ingressar no mercado de moda de luxo. Porém, suas ações caíam 3,27%, no mesmo horário.

No bloco de baixas do pregão se destacam as ações da Locaweb, Méliuz, CVC, Notre Dame Intermédica e PetroRio - despencavam 10,70%, 10,94%, 7,29%, 6,71% e 6,09%, respectivamente, às 15h14.

Exterior: mercados asiáticos

As bolsas da Ásia fecharam sem direção única nesta terça-feira. No Japão, o índice Nikkei chegou a abrir em alta na Bolsa de Tóquio, mas terminou o pregão em baixa de 1,63%, aos 27.821,76 pontos.

O Japão confirmou hoje o primeiro caso da Ômicron no país, de um viajante vindo da Namíbia. Na segunda, o país havia anunciado que barraria a entrada de estrangeiros.

Em Hong Kong, o Hang Seng baixou 1,58%, aos 23.475,26 pontos. As aéreas Cathay Pacific (-3,37%) e China Southern Airlines (-2,93%) estenderam as perdas de segunda-feira, em meio aos temores de que a variante do vírus prejudique a já incerta retomada do turismo.

Na China continental, o Xangai subiu levemente 0,03%, aos 3.563,89 pontos, enquanto Shenzhen, de menor abrangência, avançou 0,09%, a 2.519,27 pontos.

Na véspera, o Escritório Nacional de Estatísticas chinês (NBS, na sigla em inglês) informou que o índice de gerentes de compras (CPI, na sigla em inglês) industrial do país se elevou de 49,2 em outubro a 50,1 em novembro.

Na Coreia do Sul, o Kospi registrou desvalorização de 2,42%, aos 2.839,01 pontos, na Bolsa de Seul. Essa foi a sexta sessão consecutiva de perdas nos negócios sul-coreanos. O índice Taiex, de Taiwan subiu 0,58%, aos 17.427,76 pontos.

Na Oceania, o índice S&P/ASX 200, de Sidney, valorizou 0,22%, aos 7.256,00 pontos. / com Tom Morooka e Agência Estado

Sobre o autor
Julia Zillig
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