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Foto: Arquivo mercado
Fundos de Investimentos

Veja o risco assumido por 4 multimercado para render mais de 30% e estar entre os líderes em 12 meses

São fundos que exigem aporte de R$ 1 mil a R$ 50 mil, com carteiras diferenciadas, cobram taxa de administração em torno de 2% e 3 deles, também taxa de performance

Data de publicação:16/05/2023 às 08:00 -
Atualizado 2 anos atrás
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Em 12 meses, 4 fundos multimercado rendem mais que 30% e exigem aplicações que vão de R$ 1 a R$ 50 mil. Um estudo da Mais Retorno mostra também qual seu índice de Sharpe, ou seja, mostra quanto o gestor precisou correr de risco para porporcionar esse retorno diferenciado.

O levantamento considerou um universo de 1.138 fundos, todos condomínio aberto, com mais de 99 cotistas e patrimônio líquido a partir de R$ 20 milhões. Conheça mais sobre esses fundos, qual composição de suas carteiras e outras condições de investimento.

fundo de ações

Os mais rentáveis

Os quatro  fundos multimercado mais rentáveis em 12 meses até dia 28 de abril ganham com muita folga do CDI, um dos referenciais do segmento, e que ficou em 13,32%.

O ganho real, diante da inflação acumulada no mesmo período pelo IPCA de 4,18% fica entre 28,76% e 58,61%.

Os quatro fundos multimercado mais rentáveis em 12 meses

Medindo o risco

O índice de Sharpe fornece outros parâmetros para a avaliação de um fundo além da rentabilidade. Ele indica quanto o gestor assumiu de risco para obter desempenho acima do esperado ou do benchmark.

Quanto maior é o índice, menos risco envolvido na estratégia para alcançar o resultado. Ou, dito de outra forma, melhor retorno ajustado ao risco.

O melhor retorno é do Studio Long Bias, que também tem a segunda melhor relação entre risco e retorno, entre os quatro mais rentáveis.

Fundo

Índice

Sharpe

12 meses

Rend.

12 meses

Patrimônio

líquido R$

Cotistas
Studio Long Bias 1,8165,24% 72,05 mi1,29 mil
Skopos Investimentos Capablanca0,4635,93%119,63 mi  980
Exploritas Alpha America Latina1,9735,00%222,96 mi4,45 mil
WHG Global Long Biased BRL1,3034,14%845,13 mi  424

Conheça mais os fundos

Valendo-se da flexibilidade da composição de carteira dos multimercado, os 4 líderes são bem distintos, um mais concentrado em ações, outro em títulos públicos. Há um que busca uma mescla entre renda fixa e variável e outro voltado para investimentos no exterior.

As taxa de administração não são as mais baixa entre os fundos de investimento, em torno de 2%, e três deles cobram taxa de performance sobre referenciais.

Studio Long Bias

O Studio Long Bias é formado por cotas de outro fundo, do Studio Master V FIM. Considerando a composição da carteira do Master em janeiro de 2023, último mês em que o gestor abriu o portfólio, é possível verificar que a maior parte está alocada em ações e obrigações em ações.

Do total da carteira, 41% estão divididos em 27 ações. As três maiores posições estão em Eletrobras (4,77% do patrimônio total, ou R$ 5,24 milhões); Aliansce Sonae Shopping Centers ( 4,76% ou R$ 5,24 milhões); e Alpargatas (3,40% ou R$ 3,09 milhões).

Ainda como alocações relevantes do Master, 22% estão em obrigações em ações ou outros títulos de valores mobiliários recebidos em empréstimos e quase 10% estão em certificados ou recibos de valores mobiliários.

O Studio exige valor mínimo de aplicação inicial e saldo de permanência no fundo de R$ 1 mil, cobra taxa de administração de 1,85% a 2,0%, e taxa de performance de 20% sobre o que exceder o IPC. O resgate é feito em D+32.

Skopos Investimentos

O Skopos Investimentos Capablanca FIM tem a carteira aberta em abril de 2023, e por ela sabe-se que 86% das alocações, ou R$ 111,90 milhões estão em títulos públicos, em LFTs (Tesouro Selic) com vencimento em 2028, mas em meses distintos e também em 2027.

Há uma parcela de 4,86%, ou R$ 6,33 milhões em ações, distribuída em: Porto Seguro, Ambev e Banco do Brasil. 

O valor mínimo exigido pelo Skopos para aplicação inicial e saldo de permanência no fundo é de R$ 1 mil, a taxa de administração vai de 1,5% a 2,0% ao ano, e a de performance é de 15% sobre o que exceder o CDI. O resgate é feito em D+3.

Exploritas Alpha

O Exploritas Alpha América Latina FIC FIM é formado por cotas do Exploritas Alpha America Master FIM. A composição do Master em janeiro de 2023 é pulverizada entre a renda variável, 27% em ações, e a renda fixa, 26% em títulos públicos.

Um total de R$ 95,92 milhões estão alocados em ações, sendo as três maiores posições em Hidrovias Brasil (4,79%, ou 16,93 milhões), Eletrobras (2,31% ou R$ 8,16 milhões), e Ecorodovias, Infraestrutura e Logística (2,05% ou R$ 7,24 milhões).

O fundo Master ainda mantém um posição de 11% em investimentos no exterior.

O Exploritas Alpha exige uma aplicação mínima inicial e saldo de permanência de R$ 5 mil, cobra taxa de administração entre 2% e 2,5% e taxa de perfomance de 20% sobre o que exceder o CDI. O resgate é feito em D+33.

WHG Global

O WHG Global Long Biased BRL é formado por cotas do WHG Global Long Biased BRL Master. A carteira do Master , informada em janeiro de 2023, tem 94% concentrados em investimentos no exterior, em fundos offshore. Desse total, 91%  ou R$ 718 milhões estão no WHG Global LB Fund, e uma parcela mais modesta, de 2,93% ou R$ 23 milhões, no Safra S/A - BRA. 

Há uma posição de 4,28% ou R$ 33,83 milhões em cotas do fundo Santander Cash Black Referenciado DI.

O WHG Global exige uma aplicação mínima inicial e saldo de permanência no fundo de R$ 50 mil, cobra uma taxa de administração de 2% e não cobra taxa de perfomance. O resgate é feito em D+33.

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Sobre o autor
Regina Pitoscia
Editora do Portal Mais Retorno.