Total de investidores ativos no Tesouro Direto cresce e chega a 1,862 milhão
Tesouro IPCA remunera com juro real e correlão monetária pela inflação oficial
A procura por títulos públicos federais na plataforma do Tesouro Direto permanece em alta. Apenas em fevereiro, o número de investidores pessoa física ativos, aqueles que aplicam em papeis da dívida pública pela plataforma, cresceu 35.393, conforme dados divulgados nesta segunda-feira, 28, pela Secretaria do Tesouro Nacional. O número total de investidores ativos chega a 1.862.782 investidores.
A quantidade de investidores cadastrados, inscritos na plataforma, sem necessariamente movimentar regularmente saldos, subiu 434.444 em relação a fevereiro de 2021. Um aumento de 75,53%, que elevou o número total de investidores no Tesouro Direto para 17.369.623.
O valor dos investimentos movimentados no Tesouro Direto em fevereiro totalizou R$ 3,19 bilhões. Descontado o volume de R$ 1,67 bilhão das operações de venda para resgate, o total de compras líquidas de títulos públicos somou R$ 1,52 bilhão.
Tesouro Selic foi o título mais procurado no mês
O título mais procurado em fevereiro, de acordo com os dados do Tesouro Nacional, foi Tesouro Selic com participação de 59,76% ou R$ 1,90 bilhão dos papeis comprados no mês passado.
O segundo título mais negociado na plataforma em fevereiro foi o Tesouro IPCA (Tesouro IPCA+ e Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais). Os títulos indexados à inflação representaram uma fatia de 28,82% das compras pelos investidores ou R$ 918,37 milhões.
O papeis com juros prefixados, o Tesouro Prefixado, foi o terceiro título mais comprado na plataforma, com R$ 364,07 milhões ou 11,42% do total.
Liderança de rentabilidade em vários períodos
O título que liderou a rentabilidade foi também o Tesouro Selic 2027, com 1,10% no mês, 2,03% no ano e 6,96% em 12 meses. O papel de pior desempenho foi o do Tesouro IPCA+ 2045, com rentabilidade negativa de 2,11% no mês, de 11,04% no ano e de 26,74% em 12 meses.
Papeis atrelados à inflação ou com juro prefixado, sobretudo os de prazos de vencimentos mais longos, podem passar por momentos de desempenho negativo, com a alta de juros no mercado. A perda será momentânea e quem está com o papel receberá a remuneração combinada se permanecer com o título até o vencimento.
Tesouro IPCA predomina o estoque de títulos
Embora o interesse pelos títulos indexados à Selic tenha crescido com a elevação da taxa básica, os títulos que remuneram com juro real e correção monetária pela inflação oficial, o Tesouro IPCA, representam 55% do total do estoque do Tesouro Direto.
Os papeis indexados à Selic, o Tesouro Selic, ocupam o segundo lugar, com participação de 28,01% e os prefixados, o Tesouro Prefixado, com 16,98%.
Tesouro Selic puxa as recompras em resgate antecipado
As operações de recompra, em que o investidor faz o resgate com a revenda do título ao Tesouro Nacional, foram lideradas também por títulos indexados à taxa básica, o Tesouro Selic, com R$ 784,76 milhões. Os atrelados à inflação, o Tesouro IPCA, ficaram em segundo, com R$ 446,06 milhões, e os prefixados, o Tesouro Prefixado, em terceiro, com R$ 266,78 milhões.