Logo Mais Retorno

Siga nossas redes

  • Instagram Mais Retorno
  • Youtube Mais Retorno
  • Twitter Mais Retorno
  • Facebook Mais Retorno
  • Tiktok Mais Retorno
  • Linkedin Mais Retorno
termos

Golden Coffin

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:07/01/2020 às 18:10 -
Atualizado 4 anos atrás
Compartilhe:

O que é golden coffin?

Golden coffin (caixão dourado, na tradução para o português) é o nome dado ao pacote de benefícios concedido aos herdeiros de executivos de alto escalão, quando eles falecem ainda empregados.

Parte integrante de um golden parachute, conjunto de benesses criado para compensar o encerramento de um contrato de trabalho, ele é estipulado prevendo não só o falecimento, mas também as outras situações em que ele pode ser acionado, como incapacidade parcial ou total, por exemplo.

Por conta disso, um golden coffin normalmente contempla uma combinação entre as opções abaixo:

  • Auxílio nos trâmites necessários para o pagamento da indenização pela companhia de seguros;
  • Pagamento de salários não recebidos;
  • Stock options: as ações são liberadas para a negociação antes do prazo.

Além das outras que já fazem parte dos pacotes de remuneração:

  • Fundo de pensão;
  • Seguro-saúde;
  • Bônus em dinheiro;
  • Seguro D&O, para os casos em que os gestores são acionados na Justiça pelos seus atos em relação à empresa.

Por que os golden coffins são tão polêmicos?

Enquanto alguns apontam para os custos que esses programas representam para as empresas de capital aberto, outros se amparam nas estatísticas para mostrar que, apesar de previstos como mecanismo de retenção de talentos, eles raramente são executados integralmente.

Adicionalmente, usam como argumento o fato de que, enquanto contratado da empresa, o executivo maximizará o seu retorno, mais do que compensando por qualquer indenização que possa receber por ocorrência de um imprevisto.

Como surgiram os pacotes de remuneração dos quais fazem parte os golden coffins?

Eles surgiram nos EUA durante os anos 80, época em que os junk bonds começaram a ser emitidos em larga escala para viabilizar a aquisição hostil de empresas. Esses papéis tinham por finalidade gerar ganhos para os investidores via a compra de companhias que, por problemas de gestão, valiam menos que a soma dos seus ativos.

Conforme eram desmembradas e vendidas, seus principais executivos recebiam as suas indenizações, o que tornou esse processo rotineiro e propenso a excessos. Conforme os detalhes desses pacotes se tornavam públicos, os acionistas das empresas começaram a se sentir incomodados.

Qual o caso mais inusitado de golden coffin?

Empresas de contratação de executivos costumam mencionar um dos primeiros golden coffins de que se tem conhecimento. Seu titular era Armand Hammer, que trabalhava em uma empresa petrolífera.

Seu contrato estipulava um pagamento de salário até o seu 99º ano de vida, independentemente de se estivesse vivo ou não. Hammer faleceu os 92 anos de idade.

Por que os golden coffins se tornaram menos comuns após a crise de 2008?

Apesar da crise de 2008 ter colocado os holofotes nas fragilidades do sistema financeiro internacional, turbinado pelo sistema de remuneração agressivo pago aos banqueiros, a verdade é que os executivos de grandes empresas também ficaram com a fama de gananciosos e irresponsáveis.

Como resultado da pressão exercida pela opinião pública, as próprias autoridades reguladoras passaram a exigir mais transparência na divulgação de dados de remuneração, além das justificativas para os valores acordados. Os efeitos de medidas como essa não demoraram para aparecer.

Na época, a Royal Dutch Shell, uma petroleira europeia, teve o pacote de remuneração de seus executivos rejeitado por 59% de seus acionistas, mostrando o descontentamento geral com a forma como salários, bônus e outros benefícios eram negociados.

Assim, os anos de dificuldade econômica enterraram a supremacia dos executivos com super salários, que desde então perderam seu poder para os próprios conselhos de administração e para os investidores institucionais que, auxiliados pelas empresas de orientação de votos, passaram a cobrar de forma mais incisiva os gestores, como também os seus resultados.

Sobre o autor
Autor da Mais Retorno
A Mais Retorno é um portal completo sobre o mercado financeiro, com notícias diárias sobre tudo o que acontece na economia, nos investimentos e no mundo. Além de produzir colunas semanais, termos sobre o mercado e disponibilizar uma ferramenta exclusiva sobre os fundos de investimentos, com mais de 35 mil opções é possível realizar analises detalhadas através de índices, indicadores, rentabilidade histórica, composição do fundo, quantidade de cotistas e muito mais!

® Mais Retorno. Todos os direitos reservados.

O portal maisretorno.com (o "Portal") é de propriedade da MR Educação & Tecnologia Ltda. (CNPJ/MF nº 28.373.825/0001-70) ("Mais Retorno"). As informações disponibilizadas na ferramenta de fundos da Mais Retorno não configuram um relatório de análise ou qualquer tipo de recomendação e foram obtidas a partir de fontes públicas como a CVM. Rentabilidade passada não representa garantia de resultados futuros e apesar do cuidado na coleta e manuseio das informações, elas não foram conferidas individualmente. As informações são enviadas pelos próprios gestores aos órgãos reguladores e podem haver divergências pontuais e atraso em determinadas atualizações. Alguns cálculos e bases de dados podem não ser perfeitamente aplicáveis a cenários reais, seja por simplificações, arredondamentos ou aproximações, seja por não aplicação de todas as variáveis envolvidas no investimento real como todos os custos, timming e disponibilidade do investimento em diferentes janelas temporais. A Mais Retorno, seus sócios, administradores, representantes legais e funcionários não garantem sua exatidão, atualização, precisão, adequação, integridade ou veracidade, tampouco se responsabilizam pela publicação acidental de dados incorretos.
É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos, ilustrações ou qualquer outro conteúdo deste site por qualquer meio sem a prévia autorização de seu autor/criador ou do administrador, conforme LEI Nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.
® Mais Retorno / Todos os direitos reservados