Logo Mais Retorno

Siga nossas redes

  • Instagram Mais Retorno
  • Youtube Mais Retorno
  • Twitter Mais Retorno
  • Facebook Mais Retorno
  • Tiktok Mais Retorno
  • Linkedin Mais Retorno
termos

Golden Parachute

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:08/10/2019 às 19:16 -
Atualizado 5 anos atrás
Compartilhe:

O que é golden parachute?

Golden parachute (paraquedas dourado, em tradução livre) é o nome dado para o pacote de benefícios oferecido aos executivos em um processo de fusão, ocasião em que podem ser dispensados em função da troca de gestão.

Como o próprio nome diz, ele tem por finalidade “amortecer a queda” de um executivo, por meio de um pacote rescisório com condições bastante vantajosas, contendo uma combinação dos elementos abaixo:

  • Uma indenização, normalmente paga por uma companhia de seguros;
  • A manutenção das contribuições para um fundo de pensão;
  • A manutenção de seguro-saúde;
  • Um bônus em dinheiro;
  • Stock options: um plano de remuneração em ações da empresa, conforme determinadas metas são atingidas;

O pagamento de despesas jurídicas, caso o executivo seja processado por seus atos enquanto gestor da companhia.

Qual a polêmica em relação ao golden parachute?

 

Nenhum sistema de incentivos é perfeito.

Entre os que defendem a adoção de políticas generosas de remuneração, existe a crença de que esse é o melhor meio para se atrair pessoas brilhantes a setores em processo de consolidação. O receio é que, diante de uma proposta de fusão vantajosa, seus executivos a rejeitem apenas para manter os seus empregos.

Porém, muitos argumentam que as leis que regem as sociedades anônimas partem do pressuposto que seus executivos sempre tomarão as melhores decisões para a empresa, dada a sua responsabilidade de suas funções, o que dispensaria a necessidade de mais incentivos.

Por que o golden parachute se tornou tão popular?

O mercado de dívida de baixa qualidade explodiu nos EUA durante a década de 80. Por meio dele, tornou-se possível a compra de qualquer empresa mediante a emissão de junk bonds, viabilizando as aquisições não negociadas previamente (“aquisição hostil”, no jargão do mercado).

Diante dessa realidade, muito bem retratada no filme “Wall Street – Poder e Cobiça”, os paraquedas dourados viraram praxe, dando uma certa segurança às pessoas que normalmente eram dispensadas logo após o anúncio de uma fusão ou relegadas a um papel menor dentro da empresa consolidada.

Conforme as fusões se multiplicavam no noticiário corporativo, os golden parachutes, que inicialmente estipulavam apenas o pagamento de uma indenização, ficaram, literalmente, gigantes.

A criatividade era tanta que, na época, surgiram até os golden coffin (caixão dourado, em português), pacotes que ofereciam benesses à família de um executivo após a sua morte.

Para os executivos, o céu era o único limite. Paraquedas dourados de centenas de milhões de dólares, como os US$ 187,5 milhões pagos ao ex-CEO da bolsa de Nova Iorque, Richard Grasso, começaram a causar consternação entre os acionistas.

O que aconteceu com o golden parachute após a crise de 2008?

Os anos que vieram após a crise de 2008 serviram para que muitas das condições fossem revistas, pelos seguintes motivos:

  • As empresas estavam enfrentando um cenário econômico adverso;
  • Os investidores institucionais (fundos de investimento, por exemplo) começaram a buscar na Justiça o ressarcimento para os abusos que encontravam.

Os novos contratos de golden parachute passaram a considerar essencialmente o que era melhor para a empresa e, consequentemente, para os seus donos (os acionistas):

  • Os prazos dos contratos ficaram menores, com condições menos generosas;
  • A fórmula de cálculo foi aprimorada para acomodar mudanças no ambiente de negócios;

O “acionamento do paraquedas” passou a ocorrer mediante um mecanismo de duplo gatilho:

  • Alteração no controle da empresa;
  • Alteração no cargo ocupado pelo executivo.

Ainda assim, nem tudo se resolveu. Os paraquedas dourados passaram a ser usados para o desligamento de executivos envolvidos em investigações de conduta indevida, o que fez com que essa prática ficasse com a imagem definitivamente desgastada, representando a recompensa pelo fracasso.

 

Sobre o autor
Autor da Mais Retorno
A Mais Retorno é um portal completo sobre o mercado financeiro, com notícias diárias sobre tudo o que acontece na economia, nos investimentos e no mundo. Além de produzir colunas semanais, termos sobre o mercado e disponibilizar uma ferramenta exclusiva sobre os fundos de investimentos, com mais de 35 mil opções é possível realizar analises detalhadas através de índices, indicadores, rentabilidade histórica, composição do fundo, quantidade de cotistas e muito mais!

® Mais Retorno. Todos os direitos reservados.

O portal maisretorno.com (o "Portal") é de propriedade da MR Educação & Tecnologia Ltda. (CNPJ/MF nº 28.373.825/0001-70) ("Mais Retorno"). As informações disponibilizadas na ferramenta de fundos da Mais Retorno não configuram um relatório de análise ou qualquer tipo de recomendação e foram obtidas a partir de fontes públicas como a CVM. Rentabilidade passada não representa garantia de resultados futuros e apesar do cuidado na coleta e manuseio das informações, elas não foram conferidas individualmente. As informações são enviadas pelos próprios gestores aos órgãos reguladores e podem haver divergências pontuais e atraso em determinadas atualizações. Alguns cálculos e bases de dados podem não ser perfeitamente aplicáveis a cenários reais, seja por simplificações, arredondamentos ou aproximações, seja por não aplicação de todas as variáveis envolvidas no investimento real como todos os custos, timming e disponibilidade do investimento em diferentes janelas temporais. A Mais Retorno, seus sócios, administradores, representantes legais e funcionários não garantem sua exatidão, atualização, precisão, adequação, integridade ou veracidade, tampouco se responsabilizam pela publicação acidental de dados incorretos.
É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos, ilustrações ou qualquer outro conteúdo deste site por qualquer meio sem a prévia autorização de seu autor/criador ou do administrador, conforme LEI Nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.
® Mais Retorno / Todos os direitos reservados