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American Way of Life

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:04/05/2020 às 20:46 -
Atualizado 4 anos atrás
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O que é o American Way of Life?

O “American Way of Life” (em Língua Portuguesa, Estilo de Vida Americano) refere-se a um modelo de comportamento consumista adquirido em meados do século XVIII, com o fim da Segunda Guerra Mundial.  

Este estilo de vida ganhou força total durante a Guerra Fria, tendo por base a crença em valores democráticos liberais e padronização social. 

A felicidade proveniente de bens materiais foi como uma válvula de escape para que os estadunidenses superassem os horrores vividos no passado, durantes das guerras. 

Atualmente, o “American Way of Life” ainda é parâmetro de comportamento nos Estados Unidos, que reflete esse estilo de vida em muitas outras potências mundiais.

Como surgiu o American Way of Life?

Anos após o fim da Primeira Guerra Mundial, um desastre econômico viria a marcar para sempre a vida de muitos investidores dos Estados Unidos: a quebra da Bolsa de Valores de New York.

Com a Grande Depressão de 1929, inúmeras indústrias fecharam suas portas e a taxa de desemprego aumentou. Era um momento de dificuldade, boa parte da população perdia seus bens materiais e o nível de consumo despencava. 

Na tentativa de reerguer a economia do país, o presidente da época, Franklin Roosevelt, lançou o programa “New Deal”, que tinha por objetivo controlar os preços, criar postos de trabalho, conceder empréstimos, aumentar a oferta de emprego em obras financiadas pelo governo e estabelecer um salário mínimo equivalente à jornada laboral.

O resultado foi positivo e após o fim da Segunda Guerra Mundial surgia o “American Way of Life”, impondo para todo país a referência de bem-estar através de sua superioridade tecnológica e grande poder bélico, vendendo a ideia de uma vida próspera, vitoriosa e totalmente livre.

Com a produção em massa outra vez, a taxa de desemprego diminuiu e o comportamento consumista veio à tona, já que as taxas de crédito ficavam cada vez menores. Essa vitrine de sociedade perfeita e igualitária seria, futuramente, fundamental na luta contra a União Soviética, durante a Guerra Fria. 

O automóvel virou objeto de desejo e o aparelho televisor passou a ser indispensável dentro dos lares. Padrões de beleza eram cada vez mais estabelecidos e comprar objetos – muitas vezes supérfluos – virou o eixo central do que se chamava “lazer” nos Estados Unidos. 

O nacionalismo, liberalismo e valorização do poder aquisitivo eram características principais desse novo estilo de vida americano.   

No entanto, o que pouco se fala é: nem toda sociedade pode se beneficiar dessa prosperidade.

A população afrodescendente foi excluída de todos os direitos civis até, aproximadamente, metade do século XX. Por esse motivo, nas décadas de 1950 e 1960, aconteceram as grandes manifestações pela igualdade jurídica.

Os partidos anticomunistas, liderados pelo senador da época, Joseph Raymond McCarthy, chegaram a níveis histéricos e renderam diversos episódios violentos, de verdadeiros expurgos na administração pública e indústria de entretenimento do país. 

American Way of Life além dos EUA

O Brasil também foi um dos países a aderir o novo modelo de comportamento estadunidense. O presidente da época, Getúlio Vargas, aceitou propostas de negociação com os Estados Unidos para importação e exportação de diversos produtos. 

Itens domésticos, alimentícios e marcas automotivas chegavam ao mercado e os brasileiros passavam a comprar compulsivamente apenas para manter-se no padrão da época. 

Novamente, boa parte da sociedade não tinha acesso a esses benefícios, e as dívidas pessoais passaram a crescer, já que muitas compras eram realizadas no crédito com o número máximo de parcelas possível.

A cultura estadunidense era cada vez mais disseminada no Brasil, através de manifestações culturais como música, cinema e gastronomia. Por outro lado, ícones de nossa cultura popular – como Carmem Miranda, por exemplo – também tinham a chance de se apresentar no exterior e fortalecer o quadro político de boa vizinhança.

Sobre o autor
Autor da Mais Retorno
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