Taxa de desemprego fica em 8,9% no trimestre até agosto, afirma IBGE
Desocupação no mesmo período do ano passado está em nível mais elevado, de 13,1%
A taxa de desocupação no Brasil ficou em 8,9% no trimestre encerrado em agosto, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados na manhã desta sexta-feira, 30, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado ficou igual mediana (8,9%) das expectativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que estimavam uma taxa de desemprego entre 8,7% e 9,1%.
Em igual período de 2021, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua foi de 13,1%. No trimestre encerrado em julho de 2022, a taxa de desocupação estava em 9,1%.
A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.713 no trimestre encerrado em agosto. O resultado representa queda de 0,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 263,549 bilhões no trimestre até agosto, alta de 7,7% ante igual período do ano anterior, de acordo com o IBGE.
O que é PNAD?
PNAD é a sigla para Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Trata-se de uma pesquisa que era realizada para o IBGE para identificar características gerais sobre população, educação, trabalho, rendimento e habitação no Brasil.
Entendendo a PNAD
Para que o governo possa entender a verdadeira situação do país e desenvolver políticas que ajudem a melhorar as condições de vida da população, ele precisa de um ingrediente crucial: informação. O IBGE é um dos principais órgãos dedicados a obter informação, e uma de suas estratégias era a PNAD - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.
A pesquisa começou a ser realizada no segundo trimestre de 1967, durante o regime militar. Na época, ela tinha periodicidade trimestral, e continuou assim até o primeiro trimestre de 1970. A partir de então, passou a adotar periodicidade anual.
O levantamento era realizado no último trimestre de cada ano e os resultados, divulgados no ano seguinte. Nos anos de censo demográfico, a pesquisa era suspensa.
Essa dinâmica prosseguiu até 2015, último ano em que a pesquisa foi realizada, com resultados divulgados no começo de 2016. A partir de então, ela foi substituída por outro modelo, a PNAD Contínua.
Conforme o próprio nome indica, a PNAD (e, agora, a PNAD Contínua) trabalha com um modelo de amostragem e consiste em questionários aplicados nos domicílios, em diferentes regiões do país. Esse é um fato importante, pois significa que a pesquisa não oferece informações absolutas sobre as questões que ela aborda, mas apenas representações estatísticas. /Com Agência Estado