Taxa de desemprego cai a 9,1% no trimestre encerrado em julho, diz o IBGE
No trimestre encerrado em junho, a taxa era de 9,3%
A taxa de desocupação (popularmente conhecida como taxa de desemprego) no Brasil ficou em 9,1% no trimestre encerrado em julho, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados na manhã desta quarta-feira, 31, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado veio levemente acima das expectativas de mercado, de 9,0%. Em relação ao trimestre encerrado em junho, no entanto, a taxa de desocupação recuou. Naquele período, a porcentagem de população desempregada era de 9,3%. Em igual período de 2021, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 13,7%.
A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.693 no trimestre encerrado em julho. O resultado representa queda de 2,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 260,699 bilhões no trimestre até julho, alta de 6,1% ante igual período do ano anterior.
Expectativas para a taxa de desemprego
De acordo com analistas do BTG Pactual, nas últimas duas leituras da Pnad Contínua, o mercado deixou de observar surpresas positivas na taxa de desemprego - ou seja, os números vieram em linha ou abaixo das projeções. Isso indica que o mercado de trabalho pode estar chegando a um ponto de estabilização das taxas.
Em contrapartida, os especialistas destacam que a "manutenção dos indicadores de confiança em patamar bastante positivo, com melhora do sentimento (dos consumidores e empresários) em meio ao arrefecimento da inflação, ainda indica a possibilidade de novos dados positivos de criação de vagas". Dessa forma, é possível que a taxa de desemprego recue um pouco mais nos próximos trimestres, mas de forma mais lenta.
Simone Pasianotto, economista-chefe da Reag Investimentos, pontua que as expectativas da casa são de que a taxa de desemprego tenha um recuo marginal até o fim do ano e deve encerrar 2022 em 9,0%.
"No mercado já se discute qual seria o impacto da queda no desemprego na inflação. Em outras palavras, quanto menor o desemprego maior a pressão dos trabalhadores por maiores salários, o que poderia impactar em alta nos preços. O que se observa, contudo, que a recuperação no mercado de trabalho se deve majoritariamente por uma acomodação da massa de trabalhadores desocupadas dentro do mercado informal, que tem repercutido pouco sobre um possível aumento do salário real. Ou seja, os trabalhadores alocados no mercado informal aceitam trabalhar por salário menores aos praticados no mercado formal."
Simone Pasianotto, economista-chefe da Reag Investimentos
Com Agência Estado
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