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Fundos de Investimentos

Setor aeroespacial: vale ou não a pena investir?

Empresas do setor estão em franco crescimento, mas é difícil saber que prazo vão exigir para entregar os resultados esperados

Data de publicação:06/12/2021 às 05:00 -
Atualizado 2 anos atrás
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Ao longo dos últimos anos, o setor aeroespacial vem ganhando um destaque cada vez maior. Se a exploração do espaço já era uma tema relevante e que desperta curiosidade em muitas pessoas, agora essa vontade chegou até os empresários bilionários.

Todo esse ambiente também intriga os investidores. Afinal, se nomes como Jeff Bezos e Elon Musk vêm demonstrando tanto interesse no setor aeroespacial, será que não vale a pena se expor ao segmento também? Há alguma forma de fazê-lo? É o que vamos explicar no artigo de hoje.

Quais são as perspectivas para o setor aeroespacial?

Apesar de ter ficado mais badalado pelo envio de algumas aeronaves ao espaço, o setor aeroespacial vai além de satisfazer os bilionários. Ele é essencial para o desenvolvimento dos países até em termos de segurança nacional.

A verdade é que, com o aumento da tecnologia disponível, existe uma expectativa de forte crescimento nesse segmento. Os investimentos devem superar a casa de um trilhão de dólares até o ano de 2030, segundo um estudo do Bank of America.

Ainda que esses dados sejam otimistas, o montante de dinheiro investido no setor aeroespacial já é muito relevante — o que mostra que há uma forte observação dos investidores para explorar o espaço como forma de rentabilizar o próprio patrimônio.

Quais são as atividades do setor aeroespacial?

Outro ponto interessante sobre o crescimento do setor aeroespacial são as atividades que estão nele englobadas. E, acredite, elas vão muito além de apenas enviar aeronaves para fora da órbita terrestre.

Uma delas, mais conhecida nos dias atuais e que deve se destacar com maior força ao longo dos próximos anos, é representada pelos satélites para internet de banda larga. A própria evolução da tecnologia tende a trazer relevância para esse serviço na medida em que outras áreas (como automobilística e realidade virtual) vão exigir internet para funcionar.

Outro ponto para ficar de olho são os serviços de streaming. O volume de espectadores interessados em assistir o envio de aeronaves para o espaço em 2021 chamou a atenção. Há público interessado em acompanhar de perto o desenvolvimento do setor. As transmissões ao vivo, portanto, serão essenciais para promover outras atividades e até mesmo gerar receitas, com a venda de eventuais streamings pagas.

E isso sem falar em outros tipos de operações que vão surgir conforme a exploração espacial evolui e que ainda são desconhecidas. Há, afinal, um enorme potencial para o setor aeroespacial.

Quais são as principais empresas do setor aeroespacial?

O ano de 2021 ficou marcado pelo lançamento de uma nova corrida espacial, mas desta vez capitaneada pelos bilionários Elon Musk, Jeff Bezos e Richard Branson.

E não é apenas um acaso: os três possuem projetos com altos investimentos no setor aeroespacial. Abaixo, apresentamos brevemente cada uma delas.

Blue Origin

Criada em 2000 por Jeff Bezos, muito conhecido pela gigantesca varejista Amazon, a Blue Origin nasceu como uma empresa destinada a desenvolver a propulsão de foguetes.

No começo, era muito mais a realização de um desejo particular de Bezos, que sempre se declarou um fã da exploração do espaço. O grande destaque da companhia é o desenvolvimento da nave espacial New Shepard.

Space X

Outro empresário renomado que também é adepto do setor aeroespacial é Elon Musk, mais conhecido pela companhia Tesla e algumas declarações sobre o mercado de criptomoedas, entre outros projetos inovadores.

Musk também tem a sua empresa espacial que é chamada de Space X. O grande foco da companhia foi, desde a sua fundação, melhorar o transporte espacial e permitir a colonização em Marte. Isso, contudo, não significa que ele não esteja interessado em participar da corrida espacial junto aos seus concorrentes.

Virgin Galactic

A terceira grande companhia do setor aeroespacial é a Virgin Galactic, fundada por Richard Branson que, inclusive, foi ao espaço alguns dias antes de Jeff Bezos em 2021.

A empresa se destaca em relação aos concorrentes por ter capital aberto, permitindo aos investidores que se tornem sócios da companhia e invistam no setor espacial — uma possibilidade que vamos aprofundar na sequência deste artigo.

Outras companhias

Apesar de as três empresas citadas anteriormente dominarem os noticiários (até por conta dos seus líderes mais conhecidos), essas não são as únicas companhias que atuam no setor aeroespacial.

Existem diversos empresários em busca de oportunidades na exploração espacial e, em breve, outros projetos podem ganhar destaque devido ao crescimento do segmento. Veja abaixo alguns exemplos:

  • Astra Space;
  • Genesis Park Acquisition;
  • Lockheed Martin;
  • Osprey Technology;
  • Raytheon Technologies;
  • Rocket Lab;
  • Transdigm Group.

Como investir no setor aeroespacial?

Se o setor espacial vem ganhando espaço no noticiário e até mesmo no interesse geral da população, naturalmente que o mercado financeiro está de olho na mesma proporção. E, neste ponto, surge a dúvida: como podemos investir no setor aeroespacial?

Mercado de ações

A primeira oportunidade está em comprar ações de empresas do segmento. No entanto, existem alguns desafios nesse objetivo.

Para começar, como é normal no ramo de tecnologia, as principais companhias aeroespaciais estão listadas em bolsas americanas. Isso significa que não temos acesso direto a maior parte dos papéis pela B3, que é a bolsa de valores do Brasil.

A exceção são algumas empresas que possuem BDRs (Brazilian Depositary Receipts), que são certificados de depósito responsáveis por replicar o desempenho das ações originais as quais estão atrelados. É o caso, por exemplo, da Raytheon (RYTT34) e da Lockheed Martin (LMTB34).

Além disso, das três maiores companhias que atuam na exploração do espaço, apenas a Virgin Galactic tem capital aberto. Isso ocorre por um motivo justo: esse tipo de operação costuma demorar para gerar lucro. Ou seja, há muito mais investimento do que geração de caixa — cenário que aumenta significativamente o risco para o investidor.

ETFs

Ao mesmo tempo, isso não significa que não seja possível expor o seu capital a esse mercado. A melhor alternativa para esse objetivo, contudo, é trabalhar com os ETFs (Exchange Traded Funds).

A sigla — que, em tradução livre para o português representa "fundos negociados em bolsa" — representa o que chamamos de fundo de índice. Isto é, ele visa replicar a carteira de algum indicador.

Um exemplo disso é o Procure Space ETF (UFO). Ele investe em empresas do segmento aeroespacial visando replicar o desempenho de um índice do segmento: o S-Network Space Index. Com isso, você conta com uma diversificação de empresas com um único investimento, além de contar com a exposição a outras economias globais (Estados Unidos, Japão e Itália, por exemplo).

Novamente, ainda não há uma grande facilidade para acessar os ativos diretamente pela B3. Ou seja, você precisa de uma conta em uma corretora internacional. No entanto, dado o crescimento do setor, em breve podemos ter ETFs aeroespaciais por aqui também.

Vale a pena investir no setor aeroespacial?

É inegável que o setor aeroespacial vem em franco crescimento há alguns anos, assim como a expectativa de que isso se mantenha para o futuro. Ao mesmo tempo, ainda há bastante incerteza sobre os resultados das companhias no segmento.

Além do alto risco envolvido nesse tipo de negócio (problemas com as aeronaves podem trazer perdas significativas), é difícil cravar quais serão as empresas vencedoras nessa nova corrida espacial de modo que escolher apenas uma delas eleva a chance de erro.

Diante desse cenário, o melhor caminho parece ser trabalhar com ETFs. Esse ativo permite a exposição ao setor aeroespacial de uma forma diversificada, além de contar com várias atividades como fabricação de foguetes, satélites, serviços de inteligência e, claro, a própria exploração do espaço.

Lembrando ainda que, no Brasil, ainda há uma baixa oferta de ativos aos investidores. Portanto, caso queira investir no setor aeroespacial, por enquanto é necessário buscar uma corretora internacional.

De qualquer forma, mantemos a nossa recomendação de diversificação dos seus investimentos. Mesmo que você seja um entusiasta da exploração do espaço, aloque uma pequena parcela do seu capital nas empresas do segmento. Por mais que as perspectivas sejam positivas, afinal, ainda é muito difícil cravar o prazo que elas vão exigir para entregar os resultados esperados.

Sobre o autor
Stéfano Bozza
Formado em Administração pela PUC-SP. Trabalhou em empresas do segmento financeiro (Itaú BBA) e varejo (BRMALLS) até 2016, quando iniciou a jornada de produção de conteúdo para a internet com foco em finanças.

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