Sem disputa, campo de Atapu sai para Petrobras/Shell/TotalEnergies
Petrobras vai operar os campos de Atapu e Sépia, ambos no pré-sal da bacia de Santos
Um único consórcio, formado por Petrobras, Shell e TotalEnergies apresentou proposta para o campo de Atapu, no pré-sal da bacia de Santos. A proposta foi de um ágio de 437,86% sobre o porcentual mínimo de lucro-óleo de 5,89% para a União, estipulado no edital do leilão.
O bônus de assinatura do campo é de R$ 4 bilhões. O consórcio será composto por Petrobras, com 52,50%, a Shell com 25% e a TotalEnergies com 22,5%. A Petrobras continuará operadora do campo, que já está em produção.
Petrobras exerce preferência no campo Sépia
O consórcio formado pela TotalEnergies (28%), Petronas (21%) e QP (21%) venceu a disputa pelo campo Sépia, no pré-sal da bacia de Santos, que tem a Petrobras como participante por ter exercido o seu direito de preferência para a operação do campo, com participação mínima de 30%.
O consórcio ofereceu um lucro-óleo para a União de 37,43%, contra os 15,02% estipulados inicialmente e ágio de 149,2%. O bônus de assinatura do campo é de R$ 7,1 bilhões.
O lucro-óleo é o resultado obtido após retirada dos custos de produção, e que é vendido pela Pré-Sal Petróleo (PPSA) para a União nos consórcios vencedores sob o sistema de Partilha de Produção.
A Petrobras concordou em integrar o consórcio vencedor. A empresa havia participado sozinha da disputa, mas ofereceu um lucro-óleo de 30,30%, abaixo do consórcio liderado pela TotalEnergies.
A estatal já havia manifestado o seu direito de preferência para uma participação mínima de 30%.
Desembolso será de R$ 4,2 bilhões
O analista da Ativa Investimentos, Ilan Arbetman, explica que o mercado já esperava que a Petrobras exercesse o seu direito de preferência de operar os campos de Atapu e Sépia. Ele explica que a empresa adquiriu 30% de Sépia em consórcio que reunia ainda a Total, que ficou com 28% do campo, Petronas (21%) e QP Brasil, que ficaram com 21%, e 52,5%, respectivamente, em Atapu, cujo consórcio vencedor foi formado ainda por Shell Brasil (25%) e Total (22,5%).
A companhia desembolsará aproximadamente R$ 4,2 bilhões pelos ativos, que aumentarão a relevância das áreas de pré-sal em seu portfolio, o que é convergente com sua atual alocação de capital. O valor ainda é menor que o montante a ser recebido de compensação pela companhia em função dos trabalhos já efetuados no campo.
Ilan Arbetman, Ativa Investimentos
Segundo Arbetman, a Petrobras apontou que a diferença entre a compensação e o pagamento entrará em seu caixa em 2022 e pode até mesmo gerar dividendos. Além disso, a companhia também comentou que pretende relicitar Refap e Repar ainda antes do término do 1T22. /Com Agência Estado