Papéis do Carrefour Brasil disparam com a compra do Grupo Big
Após o anúncio da compra do Grupo Big por R$ 7,5 bilhões, as ações do Carrefour Brasil dispararam na manhã desta quarta-feira, 24. Às 11h17, os…
Após o anúncio da compra do Grupo Big por R$ 7,5 bilhões, as ações do Carrefour Brasil dispararam na manhã desta quarta-feira, 24. Às 11h17, os papeis da empresa estavam sendo negociados com alta de 12,66%, a R$ 21,73. Às 10h42, as ações da varejista valorizaram 14,12%, a maior alta do Ibovespa.
Durante coletiva de imprensa, realizada na manhã desta quarta-feira, 24, o CEO do Carrefour Noël Prioux, destacou que o Carrefour não pretende fazer a cisão entre seus negócios de multivarejo e atacarejo, pelo menos no momento. Para a empresa, segundo ele, um ecossistema global faz mais sentido.
"Nós consideramos que temos muitas sinergias, não obrigatoriamente de compra. Consideramos que ter um ecossistema global é melhor que ter um ecossistema separado", afirmou Prioux.
Os executivos do grupo lembraram que quando compraram o Atacadão, em 2007, havia pouca aposta no mercado no sucesso do chamado "cash and carry", que hoje é o formato que mais cresce no setor.
"É difícil dizer o formato de sucesso em 15 anos, por isso é importante termos uma carteira ampla", afirmou Stephane Engelhard, diretor de Relações Institucionais.
Como funcionará o pagamento da compra do Big
Sebastien Durchon, vice-presidente de Finanças e Diretor de Relações com Investidores do Carrefour, afirmou que o adiantamento de R$ 900 milhões que o Grupo Carrefour fará aos acionistas da varejista será 100% financiado pela operação brasileira.
Segundo ele, a sede na França não financiará a transação, porque a filial brasileira tem situação financeira confortável o suficiente para arcar com os custos.
"Lá na frente, no fechamento, temos que pagar 70% do preço, em caixa, e vamos tomar linhas de dívida no futuro", afirmou o executivo na entrevista coletiva.
De acordo com Durchon, o pagamento de R$ 5,5 bilhões em dinheiro no âmbito da transação não será um grande desafio para a empresa. "Isso representa uma vez o nosso Ebitda. Vamos alcançar uma alavancagem baixa", afirmou.
A estrutura da transação prevê que parte da compra será financiada com a emissão de ações do Carrefour Brasil, que serão entregues aos acionistas do BIG. Com isso, Walmart e Advent entrarão na base acionária da companhia. / com Agência Estado