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Mercado Financeiro

Número de investidores caiu no Brasil em 2020, aponta pesquisa

Pela primeira vez, em quatro edições, levantamento aponta queda no número de pessoas que fazem investimentos

Data de publicação:10/08/2021 às 05:00 -
Atualizado um ano atrás
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O número de investidores caiu no Brasil. Segundo a quarta edição da pesquisa Raio X do investidor brasileiro, divulgada pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), em 2019 eles representavam 49% dos entrevistados. Hoje respondem por 39,5%, sendo a primeira baixa do estudo há quatro anos.

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Número de investidores caiu em 2020, segundo Anbima, por conta da pandemia - Foto: Envato

De acordo com o levantamento, o recuo foi puxado pela classe C e influenciado pela pandemia, que afetou os negócios, a dinâmica de consumo e a renda, levando boa parte da população a gastar menos. Cerca de 55% dela teve perda de rendimento ao longo do ano passado.

Para fazer a análise, a Anbima ouviu 3.408 pessoas em todo o País, das classes A,B e C.

Pandemia

A pesquisa da Anbima mostrou que 20% da população brasileira precisou se descapitalizar, endividar ou vender algum bem durante a pandemia para honrar seus compromissos financeiros. Segundo a associação, tais movimentos foram medidos apenas entre aqueles que não guardaram nenhum dinheiro em 2020.

Nessa amostragem, boa parte das pessoas recorreu à reserva de emergência para ajudar a pagar as contas. O levantamento apontou ainda que 12% da população – o equivalente a 12,5 milhões de pessoas – retiraram dinheiro de aplicações financeiras ou outras reservas para conseguir fechar as contas.

Outros 11% pediram empréstimo, usaram o cheque especial ou o rotativo do cartão em momentos de emergência, enquanto 5% venderam algum bem para fazer caixa no ano passado. As classes A e B foram as menos atingidas pela crise, enquanto a classe C foi a que mais precisou recorrer a venda de bens ou a pedidos de empréstimo

O estudo da Anbima destacou que a perda de emprego e renda foi maior entre as pessoas classificadas como não investidoras. Entre os investidores, 50% deles conseguiram manter a renda, contra 41% dos não investidores. A perda de emprego no domicílio afetou 36% dos não investidores ante 24% daqueles que tinham investimentos.

Produtos financeiros

Outro aspecto apontado pela associação é que, pela primeira, a poupança perdeu adeptos, enquanto todos os outros produtos financeiros foram mais utilizados – queda de 8% em relação a 2019. No entanto, ela ainda é o investimento preferido dos brasileiros, sendo utilizada por 29% dos investidores.

Segundo o raio-x da Anbima, os demais produtos financeiros tiveram alta em 2020, com destaque para os títulos privados, que subiram 3% em relação ao ano anterior, passando a ser utilizados por 5% dos investidores.

Os fundos também conquistaram mais adeptos em 2020: 5% dos investidores indicaram o produto como destino para suas economias, frente a 3% no ano anterior.

O maior uso dos produtos financeiros foi liderado pelas classes A e B no ano passado, segundo a Anbima. Cerca de 48% dos brasileiros da classe A escolheram produtos financeiros como destino para suas economias, aumento de 20% em relação ao resultado de 2019.

Entre os brasileiros da classe B, o crescimento foi de 8 pontos porcentuais, passando de 21% para 29%. Na classe C, a preferência por produtos financeiros manteve-se em 13%.

Motivações

De acordo com a pesquisa, entre os motivos que levam à escolha do produto financeiro para alocar as economias, o retorno lidera a preferência, com 38%, seguido de segurança e confiança, com 28%. A facilidade e a comodidade foram citadas como motivação por 21% dos entrevistados que investem ou pretendem investir.

Na visão dos entrevistados, entre os produtos de maior retorno estão as moedas estrangeiras (78%), ações e planos de previdência privada (ambos com 71%), moedas digitais (58%), títulos públicos (51%) e privados (50%).

A poupança perde nas menções quanto ao retorno, mas é mais bem avaliada nos quesitos facilidade, comodidade e segurança/confiança.

Conhecimento

Pela primeira vez, de acordo com o levantamento da Anbima, o conhecimento geral em relação a ações rompeu os 80%, ficando em 82%, sete pontos porcentuais abaixo da poupança.

Na sequência, o produto financeiro mais conhecido dos brasileiros é a previdência privada (73%), acompanhada de ouro (71%) e de moedas estrangeiras (70%). Os fundos de investimentos tornaram-se mais conhecidos, com um índice de conhecimento geral de 64%, o maior nos quatro anos da pesquisa.

Orientações

A pesquisa da associação mostrou também que muitas pessoas ainda querem consultar um profissional de finanças – gerente, corretor ou consultor – para decidir onde investir. Cerca de 53% apontam querer falar com alguém na hora de fazer seus investimentos.

Porém, por outro lado, cresceu significativamente a menção por procura de informações em sites e aplicativos, principalmente na geração Z, na qual esses canais de informação se tornam a principal opção para a busca de dados.

Sobre o autor
Julia Zillig
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