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Palácio do Planalto
Mercado Financeiro

É hora de entrar ou aguardar o resultado da eleição para investir na Bolsa?

Carteira de longo prazo pode se defender melhor de volatilidade do mercado

Data de publicação:26/10/2022 às 05:00 -
Atualizado um ano atrás
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A quatro dias do 2º turno das eleições presidenciais, vale a pena se antecipar aos resultados e assumir posições na Bolsa? Ou é melhor aguardar porque a volatilidade está alta no mercado? Especialistas opinam.

No próximo domingo, 30, os brasileiros vão às urnas decidir por uma reeleição do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) ou uma vitória do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT). E o mercado tem reagido com muita instabilidade. Na última sexta-feira, 21, o Ibovespa registrou alta de 2,35%, na casa dos 119 mil pontos. Já nesta segunda-feira, 24, o índice despencou 3,27%, e no dia seguinte, terça, recuou mais 1,20%, aos 114 mil pontos.

eleições
| Foto: José Cruz/Agência Brasil

Essa queda foi puxada principalmente pelas estatais Petrobras e Banco do Brasil, com os investidores precificando uma possível vitória do ex-candidato Lula (PT) e nível de intervenção maior nessas empresas. "A possível vitória de Lula [candidato do PT] não está nos preços", explica o sócio e estrategista-chefe da Inv, Rodrigo Natali. Por isso, o curto prazo exige cuidados.

"O mercado brasileiro descolou demais do exterior, um otimismo exagerado, com a ideia de que Bolsonaro iria virar o cenário. Se acontecer uma vitória do Lula, a Bolsa pode cair mais 10% ou subir mais 10%, então o momento é de cautela".

Rodrigo Natali, sócio e estrategista-chefe da Inv

Em termos práticos, Natali está orientando todos os seus clientes a saírem da Bolsa e esperar passar o segundo turno para ver quem ganhou e a partir daí tomar decisões. "Esse movimento de alta ou queda muito forte não é saudável, não recomendamos operar neste evento para tomar esse nível de risco", afirma ele.

Na semana antes do 1º turno das eleições, o Ibovespa fechou nos 110 mil pontos. Desde a semana pós 1º turno, o índice oscila entre 113 e 120 mil pontos. E, segundo o estrategista, no preço atual do índice, é arriscado tomar grandes posições, porque existe uma assimetria negativa, com mais chance de queda. "Caso a Bolsa estivesse num patamar de 102 mil pontos, por exemplo, o risco seria menor".

Barulho institucional

Leonardo Morales, sócio e diretor da SVN Gestão de Recursos, explicou que o Brasil recebeu um fluxo de investimento estrangeiro muito forte em 2022, por conta de uma migração de recursos, que saíram da Europa e da China.

Só na Bolsa doméstica entraram mais de R$ 60 bilhões em aplicação. Mas, neste momento, de acordo com Morales, existe um receio entre investidores estrangeiros de que uma eleição do candidato do PT com uma margem pequena de votos pode causar algum tipo de 'barulho institucional' e contestação do resultado.

Este receio leva a uma movimentação de investidores e depreciação dos ativos, segundo o sócio da SVN. Ele reconhece, no entanto, que as últimas correções foram positivas para o índice.

Cenário fiscal será preocupação após as eleições

O especialista de investimentos da Mais Retorno, Luís Felipe Vieira, analisa que independente do que aconteça no curto prazo, o longo prazo é que deve ser considerado. Quando se fala em ações, a construção de fatos funciona em prazos mais dilatados, segundo ele.

Vieira explica que nos dois cenários de governo, uma possível problemática em relação às contas públicas estará no radar do mercado. Mas é preciso entender que será difícil aprovar projetos que impactem o fiscal deliberadamente uma vez que foi construído um Congresso mais à direita no primeiro turno das eleições.

"É muito dificil a gente montar uma posição de investimento na expectativa de eleição de um dos dois. Em termos de alocação de porfólio e investimentos, passada a eleição, o mercado estará de olho no cenário fiscal do Brasil, que é preocupante, porque os dois candidatos se mostram favoráveis a extensão de auxílio, exonerações fiscais e redução de impostos".

Leonardo Morales, sócio e diretor da SVN Gestão de Recursos

A diversificação como defesa

Morales destacou que a SVN se defende destes cenários com um portfólio diversificado. Dentro de renda variável, a carteira conta com um percentual em estatais, que podem se beneficiar com uma possível reeleição do atual presidente Jair Bolsonaro.

Já pensando em papéis que podem performar bem em qualquer que seja o governo, ele cita empresas do setor de energia elétrica, como a Eletrobras. Em renda fixa, Morales também reitera uma porcentagem da carteira com papéis indexados a CDI+ e um pouco de alocação em papéis atrelados à inflação, citando que as deflações foram pontuais com os cortes de impostos e que naturalmente o índice deve voltar a subir.

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Sobre o autor
Mari Galvão
Repórter de economia na Mais Retorno

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