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Tesla
Empresa

Michael Burry, que inspirou o filme ‘A Grande Aposta’, investe US$ 534 mi contra ações da Tesla

Michael Burry, famoso por ter feito fortuna ao investir contra o mercado imobiliário dos Estados Unidos, prevendo a crise do subprime de hipotecas, voltou a ser…

Data de publicação:18/05/2021 às 10:25 -
Atualizado um ano atrás
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Michael Burry, famoso por ter feito fortuna ao investir contra o mercado imobiliário dos Estados Unidos, prevendo a crise do subprime de hipotecas, voltou a ser destaque no noticiário financeiro internacional. Desta vez, seu alvo é a montadora Tesla. Burry passou a operar vendido em meio bilhão de dólares contra a empresa, em uma operação conhecida como 'short'.

O gestor da Scion Asset Managment adquiriu derivativos na bolsa dos Estados Unidos que dão o direito de vender os papéis da empresa quando eles estiverem em queda.

Foto: Arquivo
Tesla vive um momento delicado no mercado, com atraso na produção e queda nas vendas - Foto: Arquivo

Segundo informações de documentos da Comissão de Valores dos Estados Unidos, Burry teria comprado derivativos contra 800.100 ações da Tesla até o final do 1º trimestre, o que representa US$ 534 milhões.

Anteriormente, Burry chegou a mencionar no Twitter que os papéis da companhia estão “ridiculamente” caros e que a confiança da Tesla em créditos regulatórios para gerar lucros é um impedimento para as perspectivas de longo prazo da empresa.

Na última segunda-feira, as ações da Tesla caíram mais de 4%, elevando as perdas acumuladas no mês para quase 20%, após um aumento colossal de 740%.

Fama de 'matador'

Burry, cuja empresa é a Scion Asset Management, alcançou a fama ao apostar contra títulos hipotecários antes da crise de 2008. A sua estratégia foi bem-sucedida e foi descrita no livro The Big Short, que foi para as telas de cinema, com o ator Christian Bale interpretando o investidor, e que levou um Oscar no bolso.

Além de seu “big short” no subprime, Burry fez outra jogada ousada durante a pandemia do coronavírus. Anunciou a compra de 5,3% do varejista de videogames GameStop, entre US$2 a US$ 4,2 por ação, aportando o total de cerca de US% 15 milhões.

Em uma carta redigida ao conselho de administração da GameStop, Burry pediu que a empresa esgotasse sua autorização para recompra de ações de US$ 300 milhões – na época, esse era o valor da capitalização de mercado total da companhia.

A estratégia de Burry contribuiu para desencadear uma das negociações mais descontroladas da história de Wall Street, que gerou mais de US$ 30 bilhões em lucros no papel para vários investidores e causou perdas em bilhões para vários fundos de hedge mais sofisticados.

Maré baixa para a Tesla

A empresa está vivendo um ano turbulento em meio aos desafios como a queda de venda de veículos contabilizada em abril na China e a escassez de peças que impediram uma boa performance da produção, tanto lá quanto nos Estados Unidos.

Com isso, a Tesla atrasou a produção e entrega das versões atualizadas dos modelos S e X, sedan e SUV top de linha. O problema também se estende para a fabricação das células de bateria 4680, projetadas sob medida para uso em veículos como Cybertruck e o Tesla Semi.

À medida que mais fabricantes de automóveis passaram a investir na produção de seus próprios veículos elétricos, aparentemente ficarão menos dependentes dos créditos regulatórios da Tesla, tornando sua produção compatível com a regulação ambiental.

Além disso, o empreendimento de veículos elétricos de Elon Musk está enfrentando um escrutínio regulatório na China, que sinalizou querer limitar o uso de carros da companhia devido à suspeita de que eles são usados na espionagem dos Estados Unidos.

Após revisão de segurança nos veículos da montadora, o governo chinês concluiu que eles podem ser utilizados para vazar informações que colocam em risco a segurança nacional, o que tem gerado uma publicidade negativa para a marca e investigações pelas autoridades de ambos os países.

Créditos regulatórios

No primeiro trimestre de 2021, a Tesla relatou US$ 518 milhões em vendas de créditos regulatórios, que a empresa de Elon Musk geralmente recebe de programas governamentais de apoio à energia renovável.

A empresa os vendeu para outras montadoras, principalmente para FCA (agora Stellantis), quando precisaram de créditos para compensar sua própria pegada de carbono.

No quarto trimestre de 2020, o lucro líquido de US$ 270 milhões da Tesla foi possibilitado pela venda de US $ 401 milhões em créditos regulatórios para outras montadoras.

Historicamente, a companhia acumulou cerca de US$ 1,6 bilhão em créditos regulatórios de energia, principalmente créditos de veículos com emissão zero, o que ajudou a empresa a reportar mais de quatro trimestres consecutivos de lucratividade, qualificando a montadora para ser adicionada ao índice S&P 500.

Bitcoins

Vários analistas acreditam que os tweets publicados por Elon Musk sobre bitcoin e dogecoin também contribuíram para a volatilidade das ações da Tesla, já que o diretor-presidente da montadora tem dezenas de milhões de seguidores na plataforma.

Defensor da criptomoeda em geral, Musk anunciou na semana passada que a Tesla estava suspendendo por tempo indeterminado a aceitação do bitcoin para pagamento de carros, alegando que estava preocupado com o “uso cada vez maior de combustíveis fósseis para a mineração e transações de Bitcoin”. No início de 2021, a empresa comprou US$ 1,5 bilhão em bitcoins.

Sobre o autor
Julia Zillig
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