Logo Mais Retorno

Siga nossas redes

  • Instagram Mais Retorno
  • Youtube Mais Retorno
  • Twitter Mais Retorno
  • Facebook Mais Retorno
  • Tiktok Mais Retorno
  • Linkedin Mais Retorno
bolsa
Mercado Financeiro

Mesmo com IPCA alto, Selic deve ir para 4,25%, mas projeção de juros sobe mais para 2021

Copom deve manter decisão de alta de 0,75 ponto porcentual na Selic, mas mercado ajusta suas estimativas

Data de publicação:10/06/2021 às 05:00 -
Atualizado 3 anos atrás
Compartilhe:

A aceleração da inflação, como indicou o IPCA de 0,83% em maio, não deve mudar, na opinião de analistas, a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa básica de juros, a Selic, na reunião da próxima semana. A previsão é que a Selic suba mais 0,75 ponto porcentual, para 4,25% ao ano, como adiantou o comunicado do Copom após o último encontro do colegiado, em maio.

O mercado financeiro, contudo, já reagiu, por iniciativa própria, ao IPCA acima do previsto pelos analistas. A Rio Bravo Investimentos elevou a estimativa de Selic para o fim de 2021. “Revisamos de 6,25% para 6,50%”, comunicou João Leal, economista-chefe da gestora. A Reag Investimentos seguiu o mesmo caminho, subiu de 5,50% para 6% ao ano a Selic projetada para o fim de 2021.

Bolsa de olho na PEC emergencial
Juros futuros foram ajustados para cima com a inflação acima do esperado

Nem a Bolsa nem o dólar deram atenção a uma inflação mais alta e fecharam em relativa estabilidade nesta quarta-feira. Um segmento do mercado financeiro que destoou dos demais ao IPCA acima do esperado foi o de futuro de juros, que passaram por forte ajuste. Os juros dos contratos negociados na B3 subiram em todos os vencimentos.

As taxas de juro embutidas em contratos para vencimento em 2023 tiveram elevação de 1,41%, para o patamar de 6,8% ao ano; vencimento em 2025, avançaram 1,03%, para 7,84%; em 2027, considerados a principal referência para o mercado, tiveram reajuste de 0,36%, para 8,33% ao ano, e para vencimento de 2030, alta de 0,7%, para 8,80%. Ajustes que refletem a expectativa de que a Selic continue em alta.

Especialistas comentam que, embora a inflação em 12 meses esteja em alta – a acumulada até maio chegou a 8,06% -, o Banco Central (BC) tem calibrado a Selic mirando a inflação de 2022 – e não mais a de 2021, que consideram dada. O boletim Focus, em sua última edição, projeta uma inflação pelo IPCA de 5,44% neste ano e de 3,70% para 2022.

Temor é que inflação siga em alta e juros subam mais

A economista-chefe da Reag Investimentos, Simone Pasianotto, prevê que que a inflação mensal continue pressionada até julho, quando, avalia, a acumulada de 12 meses deve chegar ao pico. “O temor aumenta se, após esse esperado pico, a inflação não recuar a partir de agosto.”

A equipe de analistas da XP estima uma desaceleração da inflação a partir deste mês, com a acomodação da bandeira tarifária de energia elétrica e a estabilização dos preços de combustíveis – em junho, prevê-se que o IPCA recue para 0,52% e em julho, para 0,49%. “O resultado de hoje (IPCA de 0,83%) é consistente com nossa projeção de inflação de 6,2% para 2021”, segundo a XP, que manteve a Selic projetada em 6,50% para 2021.

Embora boa parte das análises de mercado compartilhe da avaliação do BC de que a pressão inflacionária é temporária, existem especialistas que não baixam a guarda. “Nada mais duradoura do que uma inflação temporária”, afirma Davi Lelis, sócio da Valor Investimentos.

Outro ponto ao qual os investidores vão dispensar atenção, porque tem potencial de influenciar positiva ou negativamente o mercado financeiro, é o comunicado que o BC divulga após a reunião do Copom da próxima semana, à procura de algum sinal que indique que pode vir eventual aperto mais forte nos juros. Não passaria despercebido dos mercados, segundo especialistas, se o BC suprimir a expressão referente à “normalização parcial da taxa básica”, repetida nos últimos comunicados.

Sobre o autor
Tom Morooka
Colaborador do Portal Mais Retorno.

® Mais Retorno. Todos os direitos reservados.

O portal maisretorno.com (o "Portal") é de propriedade da MR Educação & Tecnologia Ltda. (CNPJ/MF nº 28.373.825/0001-70) ("Mais Retorno"). As informações disponibilizadas na ferramenta de fundos da Mais Retorno não configuram um relatório de análise ou qualquer tipo de recomendação e foram obtidas a partir de fontes públicas como a CVM. Rentabilidade passada não representa garantia de resultados futuros e apesar do cuidado na coleta e manuseio das informações, elas não foram conferidas individualmente. As informações são enviadas pelos próprios gestores aos órgãos reguladores e podem haver divergências pontuais e atraso em determinadas atualizações. Alguns cálculos e bases de dados podem não ser perfeitamente aplicáveis a cenários reais, seja por simplificações, arredondamentos ou aproximações, seja por não aplicação de todas as variáveis envolvidas no investimento real como todos os custos, timming e disponibilidade do investimento em diferentes janelas temporais. A Mais Retorno, seus sócios, administradores, representantes legais e funcionários não garantem sua exatidão, atualização, precisão, adequação, integridade ou veracidade, tampouco se responsabilizam pela publicação acidental de dados incorretos.
É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos, ilustrações ou qualquer outro conteúdo deste site por qualquer meio sem a prévia autorização de seu autor/criador ou do administrador, conforme LEI Nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.
® Mais Retorno / Todos os direitos reservados