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Bolsa
Mercado Financeiro

Mercado: investidores estão de olho na divulgação de balanços; Assaí atrai atenção

Expectativa é de resultados robustos da empresa que atua no atacarejo

Data de publicação:27/07/2021 às 05:00 -
Atualizado 3 anos atrás
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O mercado financeiro continua tocando os negócios em marcha lenta e reagindo a fatores pontuais do cenário internacional, na falta de fatos domésticos que possam afetar as decisões do dia a dia de investidores e gestores de mercado.

A temporada de balanços, no entanto, atrai a atenção dos investidores. Segundo especialistas, os números só devem influenciar os negócios do mercado de ações se os resultados das empresas vierem muito acima ou muito abaixo das expectativas.

Assaí Atacadista não ingressa no e-commerce por decisão consciente do grupo
Assaí Atacadista divulga seu balanço, que deve exibir resultados robustos - Foto: Divulgação

Quatro empresas divulgam seus balanços nesta terça-feira. A que mais atrai interesse é o Assaí, cujo balanço deve vir com resultados robustos, segundo analistas, como resultado de negócios ancorados no atacarejo – modelo de atividade que combina vendas ao consumidor no varejo com vendas para empresas, em maior volume, no atacado.

O Congresso continua em recesso até o fim do mês, período que a CPI da Covid, do Senado, também permanece sem colher novos depoimentos, esvaziando o noticiário político.

Especialistas esperam, contudo, um mercado mais cauteloso nesta terça-feira, 27, véspera da decisão de política monetária nos Estados Unidos.

A reunião do Fed (Federal Reserve, o banco central americano) na quarta-feira, 28,  para deliberar sobre atividade econômica, inflação e juros deixa os mercados sem grandes iniciativas, à espera das decisões que podem mexer com o rumo de diversos segmentos do mercado financeiro.

Juros entram no radar do mercado

O sentimento de cautela que cerca a reunião do Fed deve estender-se até a próxima semana, quando a decisão de política monetária ocorre por aqui. Na virada de agosto, nos dias 3 e 4, o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne para deliberar sobre a taxa básica de juros, a Selic.

A expectativa corrente, adiantada até pelo Banco Central, é de novo aumento de 0,75 ponto porcentual, que elevaria a Selic de 4,25% para 5% ao ano. A deterioração da expectativa de inflação, principalmente para 2022, poderia levar o Copom a endurecer a política monetária e calibrar um aumento maior, de até um ponto porcentual, na Selic.

À medida que sobem, os juros afetam outros mercados, como o de ações e o de dólar. Juros altos pioram as condições financeiras de empresas, sobretudo as endividadas, impactando seus resultados.

O investidor que está na Bolsa também vê oportunidade não propriamente na elevação da Selic, mas no movimento de subida dos juros futuros, que geram chances de ganho em aplicações de renda fixa pouco mais longas.

Wall Street: futuros em queda

Nos Estados Unidos, os contratos futuros negociados nas bolsas de Nova York operam em queda, com os investidores em compasso de espera sobre a reunião do Fomc (Copom americano) que acontece na próxima quarta-feira, 28, além do olhar voltado para os balanços trimestrais.

Na véspera, apesar de um pregão morno, três índices renovaram seus recordes históricos de fechamento. O Dow Jones fechou em alta de 0,24%, em 35.144,31 pontos, o S&P 500 avançou 0,24%, aos 4.422,30 pontos, e o Nasdaq subiu 0,03%, aos 14.840,71 pontos.

Em relação aos balanços, hoje o mercado conhece os números do 2º trimestre das chamadas big techs – Apple, Microsoft e Alphabet, dona do Google.

De acordo com Jennie Li, da XP, os resultados dessas empresas surpreenderam no 1º trimestre deste ano e devem trazer uma nova onda de números expressivos novamente.

“Mesmo com o avanço da vacinação e a volta das pessoas para a rotina normal, com ida presencial ao trabalho, os resultados devem vir fortes, pois são empresas muito sólidas que estão aproveitando esse momento da digitalização”, analisa Jennie.

Para César Crivelli, analista da Nord Investimentos, a expectativa é de um crescimento médio de 32% no lucro dessas companhias americanas, impulsionado principalmente pelo aquecimento dos serviços digitais.

A Casa Branca demonstrou otimismo em relação às negociações entre democratas e republicanos por um pacote de investimentos em infraestrutura.

Um grupo de senadores dos dois partidos lidera as discussões, que tentam superar divergências sobre o montante dos gastos em setores como trânsito público, projetos de fornecimento de água e banda larga, entre outros.

Em entrevista coletiva, a secretária de imprensa do governo americano, Jen Psaki, disse que a gestão do presidente Joe Biden continua vendo progressos no processo e está "confiante" de que um acordo final será firmado.

Sobre o coronavírus, a porta-voz ressaltou que a disseminação da variante delta pelo mundo levou os Estados Unidos a continuarem com as restrições à entrada de viajantes vindo de vários países.

De acordo com Psaki, 97% das internações pela doença no país têm ocorrido entre pacientes não vacinadas. "Pessoas vacinadas estão amplamente protegidas", comentou.

Bolsas asiáticas fecham mistas

As bolsas da Ásia fecharam o pregão desta terça-feira sem direção única, com os índices acionários na China e em Hong Kong ainda fortemente impactados pela ofensiva regulatória do governo de Pequim sobre os setores de tecnologia e educação privada.

Além disso, há cautela com a disseminação da variante delta do coronavírus e seus possíveis efeitos para a retomada econômica no mundo.

Na China continental, o índice Xangai Composto recuou 2,5%, aos 3.381,18 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto caiu 3,3%, aos 2.331,43 pontos.

Em Hong Kong, o Hang Seng teve baixa de 4,2%, aos 25.086,43 pontos, no menor nível desde novembro de 2020. O subíndice de tecnologia, por sua vez, cedeu 8,0%, aos 6.249,65 pontos.

"A repressão a vários setores da economia chinesa que dependem de investimento estrangeiro resultou em uma fuga de capital das empresas chinesas, especialmente aquelas com ações listadas no exterior, levantando preocupações sobre quais outros setores podem vir a seguir", afirma o analista-chefe de mercados da CMC Markets, Michael Hewson.

Na véspera, Pequim anunciou novas regras para as empresas de tutoria escolar. A partir de agora, esses serviços terão de ser administrados como operações sem fins lucrativos. Além disso, não poderão fazer levantamento de capital e nem oferecer aulas nos fins de semana.

O principal órgão regulador do setor de tecnologia da China também ordenou ontem que empresas de tecnologia do país corrigissem certas práticas anticompetitivas, em um avanço do cerco regulatório.

Em relatório enviado a clientes, o Danske Bank frisa que o mercado acompanha, ainda, as conversas entre autoridades de Pequim e de Washington. "Mas há poucos sinais de movimento em qualquer lado quando se trata de acomodar quaisquer pedidos do outro lado", avaliam analistas do banco dinamarquês.

Divulgado na noite de ontem, o lucro industrial chinês registrou alta anual de 20% em junho, uma desaceleração quando comparado com o avanço de 36,4% em maio ante igual período de 2020.

Em outras partes da Ásia, o Kospi encerrou a sessão com alta de 0,2% em Seul, aos 3.232,53 pontos. No segundo trimestre do ano, o Produto Interno Bruto (PIB) da Coreia do Sul subiu 0,7% em reação aos três meses anteriores e 5,9% na comparação anual. O Nikkei, por sua vez, subiu 0,5% no Japão, a 27.970,22 pontos.

Também no radar dos investidores estão as preocupações com a pandemia de covid-19. Nesta terça-feira, Tóquio teve um novo recorde diário de casos, 2.848, no quinto dia dos Jogos Olímpicos, que ocorrem na capital japonesa.

Na Oceania, a bolsa da Austrália renovou mais uma vez o recorde histórico de fechamento. O índice acionário S&P/ASX 200 encerrou a sessão em Sydney com ganho de 0,5%, aos 7.431,4 pontos, impulsionado por ações do setor financeiro e ligadas a commodities. / com Júlia Zillig e Agência Estado

Sobre o autor
Tom Morooka
Colaborador do Portal Mais Retorno.

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