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Mercado Financeiro

Mercado: investidores digerem ‘cheque em branco’ do governo para o Orçamento de 2021

Os agentes do mercado financeiro digerem nesta terça-feira, 20, o acordo sacramentado entre o governo e o Congresso Nacional em torno do Orçamento para 2021, novela…

Data de publicação:20/04/2021 às 09:02 -
Atualizado 3 anos atrás
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Os agentes do mercado financeiro digerem nesta terça-feira, 20, o acordo sacramentado entre o governo e o Congresso Nacional em torno do Orçamento para 2021, novela que vinha se arrastando desde o final do ano passado.

A solução encontrada pode elevar a mais de R$ 125 bilhões os gastos de combate à pandemia de covid-19 fora da meta fiscal e do teto de gastos, a regra que limita o avanço das despesas à inflação. Ao mesmo tempo, o governo cedeu aos parlamentares, mantendo R$ 16,5 bilhões em emendas.

Mercado: investidores digerem 'cheque em branco' do governo para Orçamento de 2021
Acordo entre o governo e o Congresso sobre o Orçamento 2021 segue sendo digerido pelos investidores nesta terça-feira

O resultado acabou em direção oposta ao buscado pela equipe econômica do governo, que buscava reduzir os gastos públicos com o enfrentamento da pandemia em 2021. No fim das contas, a coalização do Centrão, bloco de partidos que formam hoje a base de apoio do governo no Congresso, conseguiram o que buscavam: um cheque em branco para gastar na segunda onda do Covid-19.

De certa forma, a solução considerada ruim para as contas públicas já vinha sendo precificada no valor dos ativos, que sofreram ajustes nas últimas semanas. Com isso, e a CPI da pandemia ainda em banho-maria, o mercado financeiro pode experimentar um dia de calmaria na véspera do feriado de Tiradentes.

Ontem, após uma manhã agitada pelo vencimento de exercício de opções na B3, o mercado de ações ocupou-se do rescaldo desse evento, com ajustes aos novos preços das ações.

A Bolsa, que vinha em alta consistente, passou a cair na última hora, quando entendeu o rombo que seria deixado pelo acordo do governo e o dólar, que vinha caindo, começou a se valorizar frente ao real.

Para as ações, o pregão de ontem encerrou um ciclo de cinco dias consecutivos de alta, com queda de 0,15%, aos 120.933,78. No câmbio, apesar da recuperação da moeda americana, o relógio encerrou a festa antes da hora e o dia terminou com nova queda do dólar frente o real, com variação negativa de 0,03%.

Fechou a R$ 5,5505, mas chegou a tocar a mínima de R$ 5,5287, após o abrir valendo R$ 5,5717.

Discurso de Silva e Luna

O destaque do dia de ontem foi a valorização da Petrobras, que subiu animada com as declarações do novo presidente da estatal, Silva e Luna, de que seguirá critérios técnicos para o reajuste dos combustíveis.

“O novo presidente da Petrobrás reforçou a política de preços livres, um aceno positivo ao mercado”, avalia Rodrigo Moliterno, head de Renda Variável da Veedha Investimentos, A alta de 5,8% no dia adicionou cerca de R$ 16 bilhões ao valor de mercado da estatal de petróleo.

Nem todos os analistas, contudo, se convenceram do aceno positivo de Silva e Luna.

O argumento é que não haveria motivo para a substituição do ex-presidente Roberto Castello Branco, para manter a mesma política de preços da gestão anterior, criticada pelo presidente Bolsonaro, que levou à queda de Castello Branco.

Para essa corrente de especialistas, faltou consistência à vistosa valorização da Petrobras na véspera.

Covid-19: Brasil em destaque no volume de mortes

Na véspera, o Brasil contabilizou mais um dia com um grande volume de óbitos em virtude do coronavírus. Ao todo, foram 1.607 mortes.

Segundo o site Our World in Data, da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, o Brasil se tornou o país das Américas com maior taxa de mortes causadas pela covid-19 por milhão de habitantes.

Com transmissão descontrolada do vírus, o País tem visto o colapso de várias redes hospitalares, com morte de pacientes na fila por leito e falta de remédios para intubação.

Futuros de Wall Street seguem em baixa

Os contratos futuros negociados nas bolsas de Nova York operam em baixa nesta terça-feira, com os investidores de olho nos lucros corporativos da temporada de balanços e os recentes picos de novos casos de covid-19 no mundo.

Segundo a LPL Markets, a atenção do mercado está voltada para os resultados de mais de 80 empresas do S&P 500 que divulgam seus resultados nos próximos dias.

Nos balanços, a LPL Markets aponta que os números até agora sugerem resultados acima do esperado, em especial no setor financeiro, que teve 94% das empresas superando as estimativas.

Por lá, os investidores também acompanham notícias sobre a vacinação nos EUA. Anthony Fauci, referência nas questões da pandemia de covid-19, destacou no domingo em entrevista à CBS que acredita que as autoridades devem liberar o imunizante da Johnson & Johnson até a próxima sexta-feira.

O uso da vacina está suspenso no país após relatos de casos de trombose. Nesta segunda, as ações da J&J tiveram alta de 0,25%.

Apesar de um cenário em que 50% dos adultos já receberam ao menos uma dose de imunizante, o número de novas infecções nos Estados Unidos voltou a crescer na última semana, em meio uma tendência global de piora no quadro pandêmico.

Bolsas asiáticas fecham sem direção única

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta terça-feira, após um dia de perdas em Wall Street e o banco central chinês manter seus juros principais nos atuais níveis por mais um mês.

Em Tóquio, o Nikkei teve expressiva queda de 1,97% hoje, aos 29.100,38 pontos, em meio a temores de que o Japão seja obrigado a declarar um novo estado de emergência para conter a disseminação da covid-19.

Na China continental, o dia foi de leves perdas nos mercados acionários. O Xangai Composto caiu 0,13%, aos 3.472,94 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,07%, aos 2.272,68 pontos.

Já em outras partes da Ásia, o sul-coreano Kospi avançou 0,68% em Seul, aos 3.220,70 pontos, o Hang Seng teve modesta alta de 0,10% em Hong Kong, aos 29.135,73 pontos, e o Taiex registrou ganho de 0,35% em Taiwan, aos 17.323.87 pontos.

O PBoC, como é conhecido o BC chinês, decidiu nesta terça deixar inalteradas suas taxas de juros de referência para empréstimos de curto e longo prazos pelo 12º mês consecutivo. A chamada LPR de um ano segue em 3,85% e a LPR para empréstimos de cinco anos ou mais longos continua em 4,65%.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho, com perdas em quase todos os setores. O S&P/ASX 200 caiu 0,68% em Sydney, aos 7.017,80 pontos. / com Agência Estado

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