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Empresa

Conselho da Petrobras elege Joaquim Silva e Luna para presidência; ações penalizadas com intervenção

O Conselho de Administração da Petrobras elegeu nesta sexta-feira, 16, a nova diretoria da empresa. Além do general do Exército Joaquim Silva e Luna, que assumiu…

Data de publicação:16/04/2021 às 16:29 -
Atualizado 3 anos atrás
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O Conselho de Administração da Petrobras elegeu nesta sexta-feira, 16, a nova diretoria da empresa. Além do general do Exército Joaquim Silva e Luna, que assumiu a presidência, tomaram posse quatro diretores. Eles vão substituir os executivos que deixaram a empresa junto com o ex-presidente Roberto Castello Branco.

Foram eleitos: Rodrigo Araujo Alves, para a diretoria Financeira e de Relações com Investidores; Cláudio Rogério Linassi Mastella, para Comercialização e Logística; Fernando Assumpção Borges, para Exploração e Produção; e João Henrique Rittershaussen, para Desenvolvimento da Produção.

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O general Joaquim Silva e Luna é o novo presidente da estatal - Foto (Agência Brasil)

Todos são funcionários de carreira da Petrobras.

Além deles, foram reconduzidos Nicolás Simone, como diretor de Transformação Digital e Inovação; Roberto Furian Ardenghy, como diretor de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade; e Rodrigo Costa Lima e Silva como diretor de Refino e Gás Natural.

Intervenção do governo penalizou os papeis da Petrobras

O risco político relacionado a interferências do governo em empresas estatais tem interferido e prejudicado o desempenho das estatais. Escolha de nomes para a direção das companhias movido por interesses políticos e possibilidade de gestão de tarifas sem obediência a critérios técnicos têm levado a uma deterioração de expectativas de investidores.

Para ter uma ideia dos estragos da intervenção do governo na Petrobras que resultou na mudança de comando da empresa, basta dizer que papeis de Petrobrás ON, caíram 18,27% no primeiro trimestre do ano, e PN, 15,91%. Já o Ibovespa (Índice Bovespa), principal índice da B3, recuou 1,82% no mesmo período.

A interferência política é uma questão que impacta a bolsa e afeta negativamente o investidor, afirma José Luiz Rossi, economista da Investmind. Principalmente o estrangeiro, que vê o risco de investir no País aumentar a cada intervenção.

“O investidor quer retorno e a ingerência do governo cria um conflito de interesses entre a empresa e o investidor.” Com a agravante de que o investidor sócio minoritário se torna refém, já que não tem o poder de barganha do controlador, no caso, o governo, destaca.

A intervenção é vista por especialistas como nociva às regras que definem relações sadias de funcionamento do mercado. “Veja-se o caso de Petrobrás”, diz o economista. “A política de preços para o combustível em vigor transfere os riscos para o consumidor. Uma interferência nessa política, se houver, leva a empresa a assumir esse risco.”

Para o head de Renda Variável da Valor Investimentos, Romero Oliveira, a ameaça de intervenção governamental gera insegurança em todas as esferas. “A mensagem para o investidor estrangeiro, por exemplo, é de que o grau de incerteza aumenta e tomar o risco no País fica mais difícil.” Ela contamina a bolsa de valores e todas as estatais, prossegue Oliveira, já que todas podem ser alvo de alguma mudança arbitrária de regra.

“O investidor não gosta de incertezas”, reforça Jennie Li, estrategista de ações da XP. “Até agora, foram sinais de intervenção, mas não se sabe o que pode acontecer (na política de preços das estatais)”. A incerteza, de acordo com ela, pode aumentar à medida que se aproximam as eleições.

Uma das formas de se blindar dos efeitos negativos do intervencionismo político nas estatais, que acaba contaminando todo o mercado de ações, é a diversificação, sugere a estrategista da XP. “Não só com ações de empresas privadas, mas também com as do exterior.” De preferência também, com carteira que mescle papeis de várias empresas e setores.

Quem é Joaquim Silva e Luna

O atual presidente de Petrobras foi diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, general da reserva do Exército e primeiro militar a exercer o cargo de ministro da Defesa, no governo do ex-presidente Michel Temer. Tem pós-graduação em Política, Estratégia e Alta Administração do Exército pela Escola de Comando e Estado-Maior do Exército.

Também é pós-graduado, pela Universidade de Brasília, em Projetos e Análise de Sistemas. Durante a carreira no Exército, Silva e Luna comandou o 6º Batalhão de Engenharia de Construção (1996-1998), em Boa Vista (RR), e a 16ª Brigada de Infantaria de Selva (2002-2004), em Tefé (AM).

Em Brasília, foi diretor de patrimônio (2004-2006), chefe do gabinete do comandante do Exército (2007-2011) e chefe do Estado-Maior do Exército (2011-2014). Também participou da Missão Militar Brasileira de Instrução no Paraguai e atuou como adido em Israel de 1999 a 2001./Agência Estado e FGVEnergia

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